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Daqui a Nada

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Daqui a Nada organiza-se numa estrutura complexa mas nada rigida, que o autor, com seguranca incomum num estreante, maneja a vontade (...) Alguem disse que toda a existencia e apenas um processo de demolicao; Rodrigo Guedes de Carvalho mexe-se bem no meio dos escombros.

156 pages, Capa Mole

First published January 1, 1992

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About the author

Rodrigo Guedes de Carvalho

12 books251 followers
RODRIGO GUEDES DE CARVALHO nasceu no Porto, a 14 de Novembro de 1963.
Licenciado em Comunicação Social, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, profissionalizou-se na RTP. Actualmente é subdirector de Informação da SIC. Em 1997 recebeu o Prémio Especial do Júri do Festival FIGRA, em França, pela reportagem A condição humana, sobre as urgências hospitalares.
Em 1992 estreou-se na escrita, com o romance Daqui a Nada, vencedor do Prémio Jovens Talentos da ONU, conhecendo uma reedição pela Publicações Dom Quixote, em 2005. Nesse ano lançou o best-seller A Casa Quieta e assinou o argumento da longa-metragem Coisa Ruim, co-realizada pelo seu irmão Tiago Guedes. É ainda autor de A Mulher em Branco (2006), Canário (2007), O Pianista de Hotel (2017), Jogos de Raiva (2018) e Margarida Espantada (2020).

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5 stars
41 (14%)
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100 (35%)
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102 (35%)
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28 (9%)
1 star
13 (4%)
Displaying 1 - 30 of 36 reviews
Profile Image for Filipe Miguel.
101 reviews12 followers
June 25, 2013
Primeiro romance de Rodrigo Guedes de Carvalho, escrito com 20 anos de idade, assumido como inocente pelo próprio. Primeiro romance e inocente, mas não leve. Longe, muito longe disso.

Lemos solidão, desespero, incompreensão, falta de comunicação e muito mais de vida real. Seguimos Pedro, o médico, o soldado, o morto, o ressuscitado, o pai, o filho, o marido, mas também Marta, a mãe de Rita. Rita. Paula. Alberto. Angola. Portugal. Guerra colonial.

Com escrita envolvente, mas irrequieta, fruto de tanta correria em personagens cruzadas, damos por nós a tentar perceber quem são elas, quem diz o quê no momento em que diz, porque o diz e quando o diz. Muitas vezes esperamos mais, aguardamos por um outro arco de narrativa, mas ele não chega. Noutras esperamos que tudo decorra com (a nossa) normalidade e terminamos com uma pomposa onomatopeia.

Rodrigo Guedes de Carvalho, o escritor, é isto... Agarra em nós, coloca-nos no centro do seu tabuleiro, dispõe as peças e, antes que possam fazer sentido, baralha-as connosco.

"...à medida que o barco se afastava e se perdia na preguiça do horizonte, ocorre-me que talvez sejamos só uma mulher, que talvez só um homem tenha partido, sou igual àquela velha que chora dentro do xaile, além, sou igual a esta criança que acena porque lhe disseram para acenar, para que a mãe se sinta um pouco acompanhada na sua dor. Só partiu um homem, penso eu, desconheço-lhe o nome, o rosto, as expressões, no cais só uma mulher chora baixinho, um homem foi-se quem saberá dizer para onde, quando voltará e com que histórias para contar, que aventuras impensáveis, voltará, não voltará, choremos entretanto, somos Portuguesas, habituadas a estas coisas, choremos que o homem foi ao mar, choremos e pode ser que ele volte, sorridente, bronzeado, com a rede cheia do peixe da saudade."

Nota: 4.0/5.0
Profile Image for Maluquinha dos livros.
320 reviews135 followers
May 29, 2022
Rodrigo Guedes de Carvalho escreveu este livro aos 20 anos, e escrever assim nem todos conseguem… muito menos aos 20 anos. Escrever com esta profundidade e com esta sensibilidade, escrever e deixar-nos a pensar e a “digerir”, é algo que só mesmo alguém com muito talento consegue.
Gostei bastante deste livro que, embora pequeno, não é uma leitura fácil, já que a escrita do autor requer atenção pelo constante cruzamento entre personagens e situações, entre passado e presente. É um livro cheio de pessoas, cheio de solidão e de desencontros. Cheio de relações que se quebram, de incompreensão, de sonhos que falham, de vida e de morte.

É um livro que fala de crescer com um pai ausente, de ter sonhos mas ter de deixar a vida em suspenso e ir para Angola, de regressar e nunca mais ser o mesmo, de ser pai e também ser ausente. Tantas relações falhadas, vidas desfeitas.
Senti este livro como uma história sobre aquilo que fica por dizer, mas às vezes não há oportunidade ou não vale a pena… deixou-me a pensar nisto.
Profile Image for Beatriz.
313 reviews98 followers
August 23, 2020
O melhor primeiro livro de um autor português, escrito com 20 anos, que poderemos alguma vez ler.

No entanto, como o próprio esclarece na nota de autor (edição de bolso da colecção Bis da Leya), há muito a limar num primeiro livro. Concordo que há exageros metafóricos, e eu diria ainda que há partes do raciocínio dos três protagonistas maravilhosas e outras absolutamente desnecessárias e aborrecidas.

Seja como for, este livro faz-me lembrar "Os Meus Sentimentos", de Dulce Maria Cardoso. Imagino que seja algo em comum aos autores portugueses herdeiros de Saramago.

No caso de "Daqui a Nada", acho que nem sempre a manobra do "stream of consciousness" foi bem conseguido; mas, com 20 anos e uma carreira longa e bem-sucedida pela frente, RGD teve mais talento e mister que muita gente crescida que por aí anda. Daqui a nada, vou ler outros livros seus que se tenham seguido a este e confirmar que um escritor se faz, até pelo seu primeiro livro - aliás, ainda o é, como o próprio reconhece.
Profile Image for Marisa Martins.
329 reviews9 followers
January 5, 2012
Solidão. Personagens que embora acompanhados, sentem-se sempre sós porque, entre outras coisas, falha a comunicação e consequentemente, o amor ou a amizade.
Marta, mãe de Rita, é casada com Pedro que é dado como morto, em Angola, durante a guerra colonial. Ao julgar o marido morto, Marta envolve-se com um amigo deste. Quando menos se espera, Pedro "ressuscita", regressa, afasta-se da mulher e filha e conhece Paula.
As marcas de guerra colonial e a traição da mulher, empurram Pedro para um poço solitário e sem fim à vista.

"Não percebeste nada, continuas a não perceber nada, não é do hotel que me vou embora, não é deste quarto excessivamente luxuoso, excessivamente impessoal como tu me pareces nesta manhã, como tu finalmente pareces, vou-me embora de mim, repara, olha para mim, não acredito que não mo leias nos olhos, na transpiração aflita das mãos, não acredito que não notes, (...)"

Sempre que preciso desanuviar da leitura dita mais simples, romanceada e de história corrida, pego, invariavelmente, num livro do Gabriel García Márquez ou do Rodrigo Guedes de Carvalho. A minha adoração pelo primeiro é mais que conhecida, mas Guedes de Carvalho tem vindo a crescer em mim e não há como ficar indiferente ao saber que ele escreveu este livro com apenas 20 anos de idade.

O enredo tecido pelo autor expõe as dificultades e desafios que personagens como Marta, Pedro, Rita, Paula, etc. enfrentam para tentar manter e preservar as relações que vão construindo durante a vida e que estão constantemente a passar por provações mais ou menos complicadas ou difíceis de perdoar e esquecer.

A presente obra é um livro pequeno, tendo em conta o número de páginas, e de leitura fácil principalmente para os leitores já estão familiarizados com a escrita do autor.
Para ler e pensar.
Profile Image for Rosa Ramôa.
1,570 reviews85 followers
August 30, 2014
Um gajo desaparece e a mulher arranja logo outro...
Pedro foi para a guerra colonial...
Bem bom!!!
O primeiro de Rodrigo Guedes de Carvalho, o escritor...
Sobre a falha ou falta de comunicação existente em todas as relações humanas...

RGC tinha 20 anos quando escreveu este romance!

Profile Image for João Duarte.
140 reviews4 followers
November 19, 2017
"O quê, Os porquês, Nem os vivos às vezes os sabem (...)" (página 55)

"Daqui a nada" foi o primeiro romance de Rodrigo Guedes de Carvalho, e conta a história de Pedro, que viveu uma infância marcada por um pai ausente e que, ao regressar da guerra colonial, descobre que a sua mulher, Marta, o traiu uma noite com o seu amigo João Maria.

Desenganemo-nos: este livro é tudo menos um enredo banal com uma estrutura clássica. Este é um livro sobre os fantasmas da alma, sobre amor e morte, sobre a vida e os seus porquês.

"Ocorre-me que talvez sejamos só uma mulher, que talvez só um homem tenha partido (...)" (página 118)

E, além de tudo isto, é um livro marcado pela guerra colonial, que tantas vidas ceifou, e que tantas vidas deixou presas por arames.

A escrita de Rodrigo Guedes de Carvalho, nesta sua primeira obra, é elegante e por vezes excessiva, mas sem dúvida cola o leitor às páginas. É um livro que, a partir de certa altura, como que nos esmurra a cada cena em África, a cada emoção das personagens.

Pensar que Rodrigo escreveu um livro assim aos vinte anos... Se usasse chapéu, tirava-o!

Profile Image for Teresa.
1 review1 follower
August 24, 2020
RGC coloca em palavras a dor, os medos, os sonhos e os desejos que fazem parte da condição humana. Escreve-nos sobre a forma como vivemos em passo apressado, numa tentativa de atingirmos o futuro idealizado, sonhado, que por vezes se revela difícil de alcançar. É mais uma história sobre aquilo que fica por dizer, sobre a areia da praia que deixamos escapar por entre os dedos - às vezes, pelo prazer de a vermos fugir; outras, pelo medo que temos de a agarrar. Apesar do tema ser banal, a sua escrita vem colocar o peso no prato oposto da balança. Rodrigo demonstra-nos que não estamos sozinhos e que a compreensão entre duas mentes diferentes (mas simultaneamente tão iguais) é possível. E fico-lhe grata pelo abraço que veio de dentro.
Profile Image for cdpc44.
217 reviews
February 2, 2015
20 anos? Ele tinha 20 anos quando escreveu este livro?
Porra, sou uma analfabeta.

Registo semelhante ao "Casa quieta".
Ok, ambos me causaram uma certa repulsa. São histórias fortes contadas de uma forma que nos atinge.
Melhores páginas para mim: 34, 66, 136, 142

Retrato de uma amizade de uma rapariga que não têm irmãos: pág.63-67 Lindo!

No entanto, a voz carismática do apresentador pairou sobre o livro. Conforme ia lendo ouvia a voz dele, mesmo quando eram mulheres :)
Profile Image for Ana Paulino.
83 reviews11 followers
May 25, 2020

Como sempre, Rodrigo Guedes de Carvalho não desilude! Mesmo com a sua primeira obra, ainda que, como ele próprio diz, repleta de ingenuidade, mas já representativa de muitos dos traços do autor!

A escrita dele encaixa perfeitamente na minha leitura e o que mais me agrada, é a forma como nos confunde, envoltos na sua leitura, ao trocar de narrador, de tempos verbais, de memórias e de foco! Não, não dificulta a leitura, muito pelo contrário, torna-a dinâmica, fresca, surpreendente! Atinge-nos com o que não estávamos à espera, ataca-nos, quando menos esperamos, com a franqueza das suas personagens, que é também a de cada um de nós, e a do próprio autor!

Rodrigo Guedes de Carvalho será, muito provavelmente, o melhor autor masculino a falar no feminino. Não se limita a revelar o que poderiam pensar, como poderiam agir, muito pelo contrário, navega nas profundezas de um feminismo assumido, de tal forma que nos faz questionar o género de quem escreve (digo eu enquanto penso se, em pleno séc. XXI, esta questão ainda faz sentido colocar!). Mas do que fala este livro? Podem perguntar-me agora! Pois, fala da vida, da vida destas personagens que, mais uma vez, é também a nossa e é também a de quem as escreve! A mim, nunca me importam os enredos, as “sinopses”, um livro que se sustente pelo enredo não me alimenta. O que eu gosto de ler tem mais que ver com a inevitabilidade da vida, o âmago do ser humano nu, independentemente da situação em que se coloca. E o que RGC faz nos seus livros é essa exposição de uma forma que é tão ou mais poética que muitos poetas que já li!

Daqui a Nada é mesmo isso; daqui a nada! Sobre o nosso questionar sobre o futuro, dando-o por garantido, porque o Daqui a Nada vai estar sempre lá: Até não estar! Daqui a Nada discorre sobre o que acontece com o agora quando o adiamos constantemente!

E, depois depois de o ler Rodrigo Guedes de Carvalho pela terceira vez, só tenho um conselho para vos dar: não esperem por Daqui a Nada para o conhecer.
Profile Image for Ana Marinho.
602 reviews31 followers
July 22, 2022
O meu primeiro livro de Rodrigo Guedes de Carvalho é também o seu primeiro livro. Se o adorei? Não, mas como o autor refere na nota final, este não seria o livro "que escreveria hoje". De facto, existem excessos metafóricos e identificam-se as fragilidades próprias da idade em que foi escrito. No geral, é um livro melancólico, triste, nostálgico. Uma coletânea de pensamentos de três protagonistas, cujas vidas estão ligadas. Se, em alguns momentos, fiquei encantada quando as suas vozes recorriam a palavras com muito sentimento, noutras simplesmente me aborreceram pelo excesso. Sinto que é um livro com falta de equilíbrio, mas que é extremamente justificado pela nota do autor e, como o compreendo, sei que este não será o último livro que irei ler do mesmo, mas sim o início de uma boa descoberta literária.
Profile Image for Catarina Camilo.
15 reviews3 followers
May 10, 2020
"Não sei como é que descobriste que eu escrevia, sempre tive isso como um segredo íntimo, sempre me julguei sozinho nessa tortura íntima, nunca to disse, não me lembro sequer de to dar a suspeitar, então como, talvez o soubesses porque também escrevias, às tantas por também te fechares tardes ou noites a fio no teu quarto, em frente a um caderno de linhas, num estranho monólogo em que as palavras se levantavam a custo, como o Bambi a escorregar na neve, o mesmo desequilíbrio incerto, palavras que patinavam na aridez do papel até se encontrarem umas com as outras e timidamente se entrelaçarem. Soubeste que escrevia porque era raro falar contigo, adivinhaste-o pela minha permanente ausência de diálogo, pela minha relutância em te olhar nos olhos."
Profile Image for Guerra dos Livros.
196 reviews5 followers
November 14, 2021
https://guerradoslivrosblog.blogspot....

Este é o primeiro romance do autor e é um livro pequeno e fácil de ler. A história é um bocado triste e melancólica. O que mais me marcou foi a relação entre o pai Pedro e a filha Rita. A vida de Pedro é alterada quando regressa de Angola e descobre que a mulher achava que ele estava morto, e por isso, refez a sua vida.

Confesso que não é o meu género de livros e que por isso senti a tristeza e magoa de toda a narrativa. Acho que estes livros são importantes para mostrar laços familiares e antigos regressos de Angola.
Profile Image for Rui Torres.
141 reviews37 followers
February 16, 2024
Esta é a estreia do jornalista na literatura. O êxito da mesma está no facto desta obra ter arrecadado o Prémio Jovens Talentos da ONU, no ano do seu lançamento.

Este livro aborda uma época e viaja na memória de outras. Existem inúmeras referências a momentos coloniais e, nesse aspeto, percebe-se que o autor é fã de Lobo Antunes. É uma referência muito presente e óbvia.

Uma escrita nem sempre fácil, mas com fases e frases positivas. Em alguns momentos, registamos alguma monotonia que vai colocando água na fervura.
Profile Image for Janeka.
198 reviews87 followers
July 13, 2015
Um casal cuja história é alterada com a chegada da guerra do Ultramar. Mas não se trata de um relato de guerra - é a descrição destas personagens, de quem eram antes da relação, como se conheceram e como se transformaram ao longo dos tempos.

Custou-me um pouco a iniciar a leitura, pelo discurso direto e confuso, pelas personagens que (não) são apresentadas da forma normal. No entanto, após ultrapassada essa 'dificuldade' inicial, tornou-se um estilo que acabei por gostar, pela proximidade que permite ao leitor criar com as personagens.
Profile Image for Ana.
17 reviews
March 4, 2012
Livros assim fazem-me lembrar porque gosto tanto de literatura portuguesa.
Profile Image for Dina.
46 reviews
June 1, 2025
RGC, "não escreve assim", parecia estar a ler outro autor. Foi o seu primeiro romance ficcional (como o dá a conhecer ao público em geral). Na sua nota final refere que corrigia "«imperfeições»" e que tem "excessos metafóricos". Ora as imperfeições e metáforas, em 1992, premiou-o. O romance Daqui a Nada, tornou-o vencedor do Prémio Jovens Talentos da ONU.
Se gostei, claro que sim. Mas se o RGC alterou a sua escrita ou enveredou por um caminho onde os sentidos são o que são: o que os olhos, os ouvidos, a pele, a língua, o nariz nos permitem vivenciar. Dependente, indubitavelmente, da nossa sensibilidade, mostra-nos as sensações nuas e cruas.
A vida como tantos a sentem e reveem (eu), contínua presente. RGC, escritor, mostra-nos sempre que não somos únicos, ou podemos ser uns afortunados, na simplicidade da vida que temos. Somos e sentimos como todos. E apesar da época a que se refere o livro mantém-se atual. Os paradigmas permanecem, os estímulos vão-se alterando.
"A sua raiva era contra si própria, contra as suas mãos invadidas a pouco e pouco pelo traçado de mapa de veias salientes, a sua raiva, quem sabe, talvez não fosse contra si nem contra ninguém, talvez fosse apenas uma, maneira de permanecer viva pela negativa, odiando-nos e fazendo-nos odiados, de tal forma que ainda hoje, se estou só na cozinha a passar vagarosamente a louça por água quente, sinto esse caminhar penoso que empreende contra o tempo e o espaço que lhe faltou para nos amar, como às tantas gostaria de ter amado."
Repleto de "Daqui a nada"... e a vida passa...
Nota: Não gosto de ler livros de bolso, são mais baratos, é certo, mas de tal forma condensados em espaçamentos, difíceis de manobrar, páginas que não desprendem umas das outras... Este foi comprado por engano, como sendo um livro normal 🙂. Não foi fisicamente. Já estava por cá algum tempo...
Profile Image for Carolina.
401 reviews9 followers
November 24, 2022
Quem diria que o nosso pivot de televisão teria escrito um romance nos anos 90? Aqui está ele.

Rodrigo Guedes de Carvalho conta-nos com mestria um drama familiar, tendo por base um casal e a sua filha, cada um narrando a sua versão dos acontecimentos que, devido ao trauma da guerra, devido ao trauma da ausência, se tornam trágicos e contundentes.

Numa realidade da cidade do Porto, vista pelos olhos tanto do jovem como do maduro, este casal irá contemplar as suas opções passadas e tentar tomar decisões para que a sua vida futura seja o mais feliz possível. Mas talvez não o seja.

O livro está bem escrito e as visões da guerra são perturbadoras. No entanto, o drama familiar propriamente dito é tão vulgar que talvez o interesse por esta história não seja aquele que se pretendia.

De todos os modos foi uma leitura rápida e fluída.
Profile Image for João Correia.
33 reviews3 followers
April 29, 2020
é de destacar o trabalho deste subvalorizado escritor. depois de tanto alarido e fama que recebeu com mérito pelo seu profissionalismo e caráter dei-lhe uma hipótese com este primeiro romance que escreveu.
fiquei deliciado com o desenrolar duma história misteriosa em que necessitamos de um bom olhar para descontruí-la na nossa mente, tão subtil e agradável. nunca entediante, esta obra deixa-nos a sentir como se fossemos transportados para aquela época dos anos 70 e sentimos dentro de nós os o sofrimento das personagens como se fosse nosso. a história contada sempre em primeira pessoa mas de diferentes perspetivas é uma técnica que nunca tinha antes visto e que fiquei surpreendido como o RGC fe-lo tão bem aos apenas 20 anos.
Profile Image for Cláudia.
433 reviews38 followers
February 22, 2022
Este foi o primeiro livro escrito pelo Rodrigo Guedes de Carvalho, quando tinha apenas 20 anos. Não consigo acreditar na capacidade de escrever assim em tão tenra idade, parece impossível ter tanta sabedoria e conhecimento nessa época em que os nossos pensamentos se distraem facilmente, ofuscados pela rapidez com que a vida pode mudar e trazer-nos aventuras inesperadas.
Não gostei da história em si. A escrita é soberba, foi um prazer ler estas páginas, mas não me senti tocada pela história, talvez por estar tão cheia de pessoas e dos seus sentimentos. Um pensamento egoísta, eu sei, mas é o que sinto.
Foi a minha primeira leitura e, apesar da review negativa, vou com certeza voltar aos seus livros.
Profile Image for T Garrido.
1 review
August 18, 2025
Um livro introspectivo, quase sem história, mas com muita profundidade nas personagens. Passamos de uma para a outra, dentro da mesma família. Falam-nos de memórias, sentimentos, arrependimentos, expectativas. Apesar de ser um livro pequenino, custou-me um pouco a ler, mas no final fiquei contente de o ter terminado. Foi a primeira vez que li este autor (primeiro livro dele) - e a autocrítica que o mesmo faz do livro é interessante.
Profile Image for unlibrotodolocura .
283 reviews46 followers
September 22, 2021
Como no podía ser de otra forma.
Me uno al septiembre portugués.
De mi querida Stela.

Y lo hago.
Con la primerísima obra del autor.
Y qué buena obra.
A mi parecer.

Destila tristeza.
Todo es gris y melancólico.
Todo es soledad.
Miedos.
Desprotección.
Tan portugués.
Adorei.

Y es que.
Explora y ahonda.
Teje y entreteje.
De presente a pasado.
La vida de Pedro.
Y la de sus satélites.
Marta, Rita y Paula.
Mujer.
Hija.
Y novia.

La guerra de Angola como marco.
Nos define a Pedro como hombre.
Ese que cuando regresa.
Es una sombra.
Es trauma.
Es presa.

Y mientras tanto.
Ellas.
Cómo los hilos invisibles de Pedro.
Marcan su devenir.
La añoranza de una.
El amor de otra.
También un olvido.
Y una nueva ilusión.

Daqui a nada.
Me ha dejado un regusto amargo.
Por la sensación de vacío.
Por el constante sufrimiento de sus líneas.
De su final.

Pero también.
La madurez de su narración.
La sencillez aparente.
La composición de cada personaje.
Es magnífico.

Pena que no lo hayan traducido.
Mucha.
Profile Image for Liliana Oliveira.
13 reviews1 follower
August 18, 2019
Maravilhoso como sempre esta escrita que inspira e nos faz olhar para nós ponderarmo-nos!
Profile Image for Patricia Caetano.
198 reviews1 follower
August 7, 2020
“És afinal tão igual a mim, tão igual a toda a gente, que me dói sem que o saibas suspeitar-te assim indefesa, assim humana, que me magoa sem que te apercebas descobrir-te tão à minha medida (...)”
Profile Image for Emanuel.
Author 4 books7 followers
November 13, 2021
uma descrição que toma rumo perto do fim, mas que arrebata e justifica qualquer demora na escrita; tempo e ação se nisturando como nascente um do outro como as personagens.
11 reviews
July 5, 2022
“O maior mistério da morte é que só o podemos saber quando já não o podemos saber.”
Vergílio Ferreira
Profile Image for Mireille Amaral.
135 reviews1 follower
August 26, 2022
Um romance passado no norte, nostálgico e amargo sobre os encontros e desencontros de um homem, a sua vida, a família, a guerra. retrato de uma época.
6 reviews
June 15, 2023
Primeiro livro que li do autor, não foi uma escrita muito cativante para mim. Mas conto ler outros livros por forma a verificar evolução do autor.
Profile Image for Renatita_dama.
59 reviews1 follower
Read
July 7, 2023
Leitura que saiu da minha zona de conforto. Sem dúvida uma escrita interessante e diferenciada.
Não é uma leitura leve, toca na sensível temática da Guerra colonial em Angola (onde também esteve o meu pai). Pode-se resumir este livro com a máxima: "a falta de comunicação é a raíz de todos os males".
Displaying 1 - 30 of 36 reviews

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