Salazar: 50 anos depois da queda da cadeira, ainda há mistérios por desvendar.
Salazar caiu de uma cadeira, isso sabe-se. Mas não se tem a certeza, até hoje, meio século mais tarde, se o ditador chegou a ter consciência de que fora exonerado, ou se acreditou na farsa de que ainda era o presidente do Conselho. «Correram comigo brutalmente», terá dito à governanta poucos dias antes de morrer. Ou não? Tal como este, muitos outros episódios da vida de Salazar continuam envoltos em mistério, com versões contraditórias ou intencionalmente manipulados, herdeiros ainda do secretismo político do regime: — Que injecções tomava todas as semanas? — Um chefe de Estado pode só ter viajado uma vez de avião? — Afinal Marcello Caetano visitou-o no hospital antes do AVC?
Os jornalistas António Caeiro, José Pedro Castanheira e Natal Vaz reuniram centenas de testemunhos, encontraram documentação que permaneceu inédita, e apresentam-nos A Queda de Salazar — O princípio do fim da ditadura, com muitos episódios até agora desconhecidos da governação e da vida do ditador.
Os jornalistas António Caeiro, José Pedro Castanheira e Natal Vaz reuniram centenas de testemunhos, encontraram documentação que permaneceu inédita, e apresentam-nos A Queda de Salazar: o princípio do fim da ditadura, com muitos episódios até agora desconhecidos da governação e da vida do ditador.
JOSÉ PEDRO CASTANHEIRA nasceu em 1952. Jornalista profissional desde 1974. Estudou Economia e Jornalismo. Foi presidente do Sindicato dos Jornalistas. Foi chefe de redacção do vespertino A Luta e trabalhou durante dez anos no semanário O Jornal. Ingressou em 1989 no Expresso, onde é redactor principal. Tem-se dedicado ao jornalismo de investigação e é autor de uma dezena de livros. Ganhou alguns dos mais prestigiados galardões do jornalismo atribuídos em Portugal: o Prémio Nacional de Reportagem de Imprensa e o Prémio do Clube dos Jornalistas.
Escrito num estilo jornalístico, mas bem documentado e de uma forma bastante acessível e, longe de ser uma obra definitiva é, sem dúvida, um contributo essencial para a compreensão do fim inevitável de um dos mais importantes e controversos políticos portugueses, António de Oliveira Salazar.
Não muito curto, não muito longo. Leitura fácil mas cheia de conteúdo. Toda gente sabe o que se passou com Salazar e o regime, mas o bom deste livro é a descrição dos últimos anos do Estado Novo, a estrutura deste e algo que é muito pouco falado nos livros de história. A personalidade dos indivíduos do Estado Novo e até pequenos episódios "engraçados" sobre eles e suas opiniões em tópicos. E claro, uma bela explicação do princípio do fim da ditadura.
Sempre bom ler diferentes formas de ver a nossa História. Goste-se ou não de Salazar, a verdade é que é uma figura incontornável na nossa História mais recente. Gostei bastante!
Muito bom, cheio de detalhe do que levou da passagem de Salazar para Marcelo Caetano. Para quem não viveu a época nem a estuda tudo se resumia a Salazar caiu da cadeira e Marcelo Caetano assumiu a presidência do conselho (possível ignorância minha). Neste livro fica não só o que se passou como um óptimo retrato do processo e dos tempos.
Foi um dos livros que trouxe da viagem quando fui a Portugal em 2018. Achei que falaria mais sobre o período da ditadura, mas o livro foca mesmo nos dias um pouco antes do acidente de Salazar. Não tem o ritmo tão fluido mas valeu para dar um vislumbre de quem era Salazar e o que ele significou para o país.