Luís de Camões is world famous as the author of the great Renaissance epic The Lusíads , but his large and equally great body of lyric poetry is still almost completely unknown outside his native Portugal. In The Collected Lyric Poems of Luís de Camões , the award-winning translator of The Lusíads gives English readers the first comprehensive collection of Camões's sonnets, songs, elegies, hymns, odes, eclogues, and other poems--more than 280 lyrics altogether, all rendered in engaging verse.
Camões (1524-1580) was the first great European artist to cross into the Southern Hemisphere, and his poetry bears the marks of nearly two decades spent in north and east Africa, the Persian Gulf, India, and Macau. From an elegy set in Morocco, to a hymn written at Cape Guardafui on the northern tip of Somalia, to the first modern European love poems for a non-European woman, these lyrics reflect Camões's encounters with radically unfamiliar peoples and places. Translator Landeg White has arranged the poems to follow the order of Camões's travels, making the book read like a journey. The work of one of the first European cosmopolitans, these poems demonstrate that Camões would deserve his place among the great poets even if he had never written his epic.
Luís Vaz de Camões (Portuguese pronunciation: [luˈiʃ vaʃ dɨ kaˈmõȷ̃ʃ]; sometimes rendered in English as Camoens; c. 1524 – June 10, 1580) is considered Portugal's, and the Portuguese language's, greatest poet. His mastery of verse has been compared to that of Shakespeare, Vondel, Homer, Virgil, and Dante. He wrote a considerable amount of lyrical poetry (in Portuguese and in Spanish) and drama but is best remembered for his epic work Os Lusíadas (The Lusiads). His recollection of poetry The Parnasum of Luís de Camões was lost in his lifetime.
The poet's feelings of anguish and his continually dashed hopes, especially in matters of the heart, were in a certain way corrected by the poems - not through experiential revisionism (which might mean, for instance, the introduction of different, happier endings) but by their being such complexly elegant explorations of his anguished and bitter experience. In lamenting the defeat of his expectations, the poems were a renewal of those same expectations - in the banal sense, mourning's curative effect enables us to pick up and go on and, more to the point, on account of the endless resilience of the poetic imagination. Impossible loves, transferred to the poetic plane, become suddenly possible, and the very fact of writing a poem - even if its words are despairing - is a sign of life and hope.
Vós outros, que buscais repouso certo Na vida, com diversos exercícios; A quem vendo do mundo os benefícios, O regimento seu está encoberto;
Dedicai, se quereis, ao Desconcerto Novas honras e cegos sacrifícios; Que, por castigo igual de antigos vícios, Quer Deus que andem as cousas por acerto.
Não caiu neste modo de castigo Quem pôs culpa à Fortuna, quem somente Crê que acontecimentos há no Mundo.
A grande experiência é grão perigo; Mas o que a Deus é justo e evidente Parece injusto aos homens, e profundo.
Apesar de gostar de alguns poemas, muitas vezes as rimas usadas por Camões parecem-me forçadas, e o ritmo, muitas vezes, soa-me estranho e desconfortável para ler fluidamente.
É indiscutível que Camões é um dos maiores mestres da língua portuguesa, e sem dúvida que este livro contém alguns dos seus escritos mais icónicos; contudo, o problema de ler as Obras Completas de Camões é que este volume dedicado à poesia lírica contém não só o melhor de Camões, mas também o mediano e o medíocre, incluindo vinte mil variações do mesmo poema e vários poemas cuja atribuição a Camões é bastante dúbia, como o próprio editor admite.
Assim sendo, apesar de ter apreciado uma parte significativa deste livro, devo confessar que a leitura me pareceu interminável. Recomendo uma edição mais sintética da Poesia Lírica de Camões.
Com uma escrita rica em conteúdo, Luís de Camões exalta as ninfas, a beleza Campestre, e canta ao amor que sente pela pátria. Tomando por influências Dante e Petarca, o escritor cria uma literatura nova, que tornou-se marcante ao nível da história de Portugal. Apesar de uma estruturação que pode ser melhorada, Camões é Camões, é clássico, é português, não desilude.
"Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer; É um andar solitário entre a gente; É nunca contentar-se e contente; É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor? "
as duas estrelas não é pela poesia, obviamente, mas pela forma de organizar o livro. Por exemplo os sonetos não estão separados entre estrofes. O livro tem 32 redondilhas (40 páginas, 102 sonetos (41 páginas), 1 écloga à morte de D. António de Noronha (não se percebe se completa, devido ao número de reticências), 1 ode, 1 elegia, 1 canção.