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Hainish Cycle

Os Despojados, Vol. 1

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No seu romance mais ambicioso e profético, Ursula K. Le Guin realizou um espantoso tour de force: a arrebatadora história de Shevek, um físico brilhante que tenta reunir sozinho dois planetas, separados um do outro por séculos de desconfiança.

Anarres, a pátria de Shevek, é uma lua árida, colonizada por uma civilização anarquista utópica: Urras, o planeta-mãe, é um mundo muito semelhante à Terra, com as suas nações beligerantes, grande pobreza e imensa riqueza. Shevek arrisca tudo numa corajosa visita a Urras - para aprender, para ensinar, para partilhar. Mas a sua dádiva transforma-se em ameaça... e no conflito profundo que daí resulta, Shevek é forçado a reexaminar a sua filosofia de vida.

156 pages, Livro de bolso

First published January 1, 1974

2 people are currently reading
80 people want to read

About the author

Ursula K. Le Guin

976 books29.6k followers
Ursula K. Le Guin published twenty-two novels, eleven volumes of short stories, four collections of essays, twelve books for children, six volumes of poetry and four of translation, and has received many awards: Hugo, Nebula, National Book Award, PEN-Malamud, etc. Her recent publications include the novel Lavinia, an essay collection, Cheek by Jowl, and The Wild Girls. She lived in Portland, Oregon.

She was known for her treatment of gender (The Left Hand of Darkness, The Matter of Seggri), political systems (The Telling, The Dispossessed) and difference/otherness in any other form. Her interest in non-Western philosophies was reflected in works such as "Solitude" and The Telling but even more interesting are her imagined societies, often mixing traits extracted from her profound knowledge of anthropology acquired from growing up with her father, the famous anthropologist, Alfred Kroeber. The Hainish Cycle reflects the anthropologist's experience of immersing themselves in new strange cultures since most of their main characters and narrators (Le Guin favoured the first-person narration) are envoys from a humanitarian organization, the Ekumen, sent to investigate or ally themselves with the people of a different world and learn their ways.

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Community Reviews

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39 (50%)
4 stars
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2 stars
3 (3%)
1 star
1 (1%)
Displaying 1 - 10 of 10 reviews
Profile Image for Ana.
743 reviews113 followers
January 7, 2022
Uma vez que este é o primeiro volume de uma série de dois, guardo a review para o segundo. Para já, a única coisa que me ocorre dizer é: o que é que andei a fazer estes anos todos, que só depois dos 50 é que descobri a Ursula Le Guin?! Obrigada pelos empréstimos, Susana, se não fosses tu, o mais provável era ainda não ter conhecido esta grande senhora.
Profile Image for Pedro Ferreira.
Author 2 books8 followers
August 16, 2020
Se procuram um bom livro de Ficção Científica, estão diante de um deles. Nada de batalhas com lasers e extra-terrestres esquisitos.
Talvez a melhor ficção política que já. É mesmo um livro a não perder!!!
Profile Image for Nuno Ribeiro.
Author 5 books27 followers
October 5, 2011
Adorei a primeira parte deste livro filosófico de Ursula K. LeGuin! Deveras interessante: ficção científica com uma pitada de filosofia: a anarquia versus o capitalismo. Este livro é absolutamente espantoso. Mais uma grande e incontornável referência da FC da grande UKLG!
Profile Image for Encruzilhadas Literárias.
342 reviews33 followers
December 4, 2012
Resolvi comentar estes livros juntos pois a versão original em inglês conta com apenas um volume.

Numa altura em que os universos distópicos estão na moda com livros como Os Jogos da Fome, Divergente, União e Delirium é bom falarmos também dos universos distópicos que além de serem mais antigos tem uma estrutura anormal ao típico romance distópico.
No típico mundo distópico as sociedades consideram-se perfeitas e um modo de vida para o bem estar comum foi criado. Em Panem as pessoas estão divididas em distritos, em Chicago em facções, em União e Delirium as pessoas estão separadas do mundo exterior por o mesmo ser sujo e imperfeito.
Em Os Despojados damos por nós em dois planetas com meios de vida opostos mas que afirmam ambos ser a "utopia". Em Anarres não há nada, quando Urras desistiu de colonizar esta sua "lua" deixou as pessoas para morrerem, numa utopia em que ninguém tem nada mas onde os bens e as pessoas circulam para o bem de todos. Em Urras o dinheiro é rei e senhor, sendo um planeta capitalista o poder está nas mãos daqueles que têm dinheiro. No meio destes dois Shebek tenta sobreviver e perceber a diferença entre ambos e como duas "utopias" podem ser tão diferentes uma da outra.
Ursula Le Guin é das minhas autoras favoritas, a sua escrita não é particularmente fácil e os seus livros não são muito conhecidos em Portugal. Creio que escreve melhor para adolescentes do que para adultos mas a verdade é que já ganhou inúmeros prémios com vários dos seus livros, logo trata-se apenas de uma questão de gosto pessoal.
No entanto, devo admitir que as suas ideias tendem a ser bastante originais e a maneira como ela lida com as situações e personagens não é das mais comuns. Esta história acaba por ser um bom exemplo daquilo que falo.
Recomendo Ursula Le Guin para todos os amantes de ficção cientifica e para quem esteja interessado em ler sobre realidades distópicas. - Catarina
Profile Image for Célia | Estante de Livros.
1,183 reviews273 followers
August 23, 2012
(opinião sobre os 2 volumes)

"Os Despojados" é uma das obras mais emblemáticas de Ursula K. Le Guin: escrita em 1974, venceu vários prémios (entre eles o Hugo e o Nebula, dos mais importantes dentro da ficção especulativa), mas obteve igualmente reconhecimento fora do âmbito da chamada genre fiction.

A história deste livro decorre em dois planetas fictícios: Urras e Anarres. O primeiro, bastante semelhante à Terra, é um planeta rico em termos de recursos naturais, mas também marcado pelos constantes conflitos entre os seus povos; Anarres é a lua de Urras, um planeta inóspito, que uma facção dissidente de urrasti decidiu colonizar a fim de lá implementar uma sociedade igualitária, baseada no anarquismo e na partilha de bens. Neste contexto, o leitor toma contacto com a personagem central, o físico anarresti Shevek, que no início do livro ruma a Urras, tornando-se assim o primeiro anarresti a fazê-lo.

O livro alterna entre capítulos onde a ação decorre num e noutro planeta, mas não de forma linear. Em Anarres, acompanhamos os acontecimentos da vida de Shevek antes de rumar a Urras; nos capítulos deste último, percebemos como decorre a chegada a este novo planeta, as dificuldades que sentiu, e todas as ilusões e desilusões que experienciou.

O que mais me agradou neste livro foi a riqueza em termos de temas para reflexão. Através da construção de dois mundos fictícios (ou nem tanto assim, pelo menos no que respeita a Urras) que se posicionam praticamente em extremos opostos, a autora faz com que reflitamos na imperfeição de ambos e que nos questionemos sobre o que realmente é a liberdade e o livre-arbítrio do indivíduo inserido numa sociedade. Dentro da temática social, o livro foca também o tema da inevitabilidade da existência de estruturas de poder. Mas os temas tratados vão muito para além disto: reflete-se sobre a importância dos recursos naturais e sobre a natureza das relações humanas, já para não falar da importante teorias físicas sobre o tempo (tema sobre o qual pouco percebo e que me fez compreender um pouco pior certas secções do livro).

Durante praticamente toda a leitura, senti que as personagens e a forma como estes mundos foram construídos eram bastante reais e achei a escrita de Ursula K. Le Guin muito acima da média. Talvez não o tenha lido na fase mais propícia da minha vida, mas ainda assim foi um livro que me fez pensar e que penso estar mais atual do que nunca, tendo em conta o contexto presente.

E, dia a dia, a vida é uma tarefa difícil, cansas-te, perdes o padrão. Precisas da distância, do intervalo. A maneira de ver como a Terra é bela é vê-la da Lua. A maneira de ver como a vida é bela é vê-la do melhor miradouro, a morte.


Um livro que brilha pela forma intemporal como retrata os dilemas de encontrar a sociedade ideal, com o equilíbrio na distruibuição de recursos. A acompanhar isto, uma escrita notável e um rol de personagens marcantes. Recomendado.
Profile Image for Lili(ana).
111 reviews40 followers
March 24, 2025
(Review 2 volumes)

É um livro de planetas e indivíduos alienígenas, mas não esperem batalhas intergalácticas e efeitos especiais.
É, acima de tudo, uma discussão política, social, científica, filosófica e, em certo ponto, também ecológica.
É um livro para reflectir nos ideais de uma utopia e de como isso será realmente compatível com a natureza humana, principalmente quando elementos externos e impossíveis de controlar visam a sobrevivência de cada indivíduo e da sociedade no geral.
Bastante slow pace é certo, mas também interessante.
Profile Image for Marta Clemente.
741 reviews19 followers
March 12, 2023
Comecei a ler este livro por sugestão do @confissoesdumlivreiro. Requisitei na biblioteca e não me apercebi que era um primeiro volume de dois.
Comecei a medo, já que ficção cientifica não é a minha praia. Mas as sugestões do Zé Livreiro têm sido excelentes e uma vez que o livro estava disponível na biblioteca também não perdia nada em experimentar esta leitura.
Digamos que este livro é daqueles que primeiro se estranham e depois se entranham. Passa-se em dois espaços físicos e temporais distintos. Os capítulos alternam entre Urras e Anarres, dois planetas gémeos com sociedades e modos de vida totalmente diferentes e que vivem um conflito latente. Nos capítulos passados em Urras conhecemos o presente da personagem principal, Shevek. Em Anarres conhecemos o seu passado e a sua construção enquanto personagem.
Este não é um livro de leitura fácil. Mas é tão rico! Tão reflexivo!
Fiquei muito desiludida quando percebi que não tinha o livro inteiro! Vou ter que arranjar a segunda parte, obrigatoriamente!

Deixo algumas frases que guardei:

"Não influenciado pelos outros, nunca se apercebeu de que os influenciava ; não fazia ideia de que gostavam dele. "

"É da natureza da ideia ser comunicada:escrita, falada, feita. A ideia é como a relva, implora luz, gosta de multidões, próspera com os cruzamentos, cresce melhor quando é pisada."

" - Se conseguires ver uma coisa no conjunto-disse ele -, parece sempre bela. Planetas, vidas... Mas de perto, um mundo é todo terra e pedras. E, dia a dia, a vida é uma tarefa difícil, cansas-te, perdes o padrão. Precisas de distância, do intervalo. A maneira de ver como a Terra é bela é vê-la da Lua. A maneira de ver como a vida é bela é vê-la do melhor miradouro, a morte. "
Profile Image for Nightmare  Reading Books.
144 reviews14 followers
October 29, 2019
Política, entidade de género, ética profissional, relações pessoais, este livro nem parece ter sido escrito em 1974!! Num outro sistema solar e após uma revolução no planeta a resistência foi enviada para a lua, passados 170 anos sem comunicarem um físico vota ao planeta com esperança de que a proximidade da relação científica também haja uma aproximação dos povos, mas as diferenças são abismais
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