O início da história me pareceu promissor mesmo que eu já suspeitasse de um desenvolvimento anêmico dada a quantidade de páginas, porém, tive a confirmação de minhas suspeitas conforme lia os curtíssimos capítulos, é notável como são pouco desenvolvidos seus personagens e arcos narrativos, mal discorre-se um ocorrido e o autor já corre para contar o próximo, o livro visivelmente tem foco num público jovem e acostumado com o dinamismo e velocidade das redes sociais, cada capítulo tem conteúdo e duração dignos de um storie.
Há também certos erros gramaticais, utilizando-se palavras em contextos nas quais elas não se encaixam, por exemplo, quando o autor se refere à "conjectura atual" da cidade onde se passa a história como se 'conjectura' significasse "estado, condição" quando, na verdade, significa "adivinhação, dedução", e uma enorme quantidade de referências à cultura pop estadunidense apesar de a história ser ~supostamente~ nacional.
A influência da cultura estrangeira se dá não só nas obras citadas pelo protagonista, mas nos nomes dos personagens (que não soam comuns como nomes, ou até apelidos, brasileiros... JP, Ed, Lola), nos nomes dos capítulos cujo alguns contém referências a obras como American Horror Story e Forrest Gump e na narrativa em si, a história é completamente derivativa de filmes de zumbi estadunidenses, não há nada idiossincraticamente brasileiro, se o livro fosse em francês e se passasse em alguma cidade pequena de Paris, não faria diferença alguma.
Voltando ao desenvolvimento dos personagens, é notável que para alguns personagens foi decidido como relevante descrever a cor de pele, como os de pele morena e negra, enquanto para outros tal característica foi deixada em aberto para que subentendêssemos que estes são brancos (ainda mais considerando a capa do livro), como se pele branca não fosse uma característica de distinção assim como outros tons de pele. A questão intrigou-me ainda mais considerando que Victor, o único descrito como negro, algo trazido à tona duas vezes na história (outros personagens ou só tem a cor da pele citada uma vez ou não tem esta descrita), possui um comportamento sadístico, violento e hostil (principalmente em relação ao protagonista, Ed, este branco) sem maiores explicações narrativas para tal comportamento. Além de , ser negro e hostil são as únicas características que o personagem possui, é como ler um livro escrito no início do século XX onde teorias racistas que pregavam supremacia branca reforçavam que povos não europeus eram extremamente violentos, hostis e irracionais, e por isso eram inferiores aos europeus e deveriam ser subjugados, estereótipos que vivem até hoje na mídia, embora de maneira menos explícita. Não haveria problemas em ter um vilão negro desde que o antagonismo e vilania fossem justificados por ocorridos na história e o personagem não fosse resumido ser negro e hostil ao protagonista branco, no formato atual, parece-me mais como um reforçamento de estereótipos seculares e racistas.
Livro curto e leve apesar de ter zumbis e se passar num cenário caótico. Não diz como os zumbis surgiram e até entendo porque a família estava isolada em casa, mas mesmo assim senti falta de uma explicação. Tudo foi resolvido de forma muito rápida e como tem poucas páginas isso não me incomodou muito. O final me deixou querendo mais. Mais uma daqueles livros que se você ler sem expectativas pode se divertir.
Não funcionou pra mim, infelizmente. Quem gosta de temas de super heróis, coisas da Marvel e é fã de The Walking dead provavelmente vai adorar, mas como eu não gosto de nada dessas coisas, não funcionou. Fiquei bem empolgado pra ler porque o título me deixou imaginando mil situações de uma mãe e filho juntos numa realidade apocalíptica, mas não é bem isso que acontece. Do segundo ato em diante, a mãe passa a ser uma coadjuvante qualquer e, ainda que seja a única personagem com quem nos importamos, se resume em participar da história com a já batida piada de não pronunciar a palavra "zumbi" direito. Comentei sobre a Marvel no começo porque a Marvel adora fazer piadinhas fora de hora e isso acontece tanto aqui, que fica impossível ficar tenso ou temer pelos personagens. Outro ponto negativo é que tem tantas referências, mas tantas, tantas TANTAS que o livro tem uma grande dificuldade de encontrar a própria identidade e se encaixa bem mais numa fanfic de The Walking dead do que um livro que funcione sozinho. E isso é uma pena porque ter a mãe ao lado do protagonista era o maior ponto original que esse livro poderia trazer (ao lado do touro zumbi, provavelmente). Infelizmente, o autor optou por reciclar situações bem semelhantes que acontecem na série. Por outro lado, ainda tem alguns pontos positivos de destaque, além de terminar com gostinho de quero-mais. Quem sabe, os pontos que me incomodaram nesse livro, não poderiam ser corrigidos e evitados numa sequência?
Este livro foi muito divertido de ler e acho que as pessoas estavam esperando demais dele. O próprio autor escreve "Este é um livro comum, feito para arrancar algumas risadas aqui e ali, divertir por algumas horas e fazer você pensar: como é fácil ser escritor hoje em dia (spoiler: não é) [...] Se nem o autor está se levando a sério, por que você deveria? Aproveite a jornada!", além de ser importante levar em consideração que esse livro foi publicado primeiramente no Wattpad... Eu concordo que os personagens secundários não foram muito desenvolvidos e que a história toda foi corrida.
Por último, as referências pop estadunidenses. Sério? Se acontecesse um apocalipse zumbi agora no Brasil, você não ia pensar em todas as séries e filmes americanos? É apenas um fato que nós brasileiros somos expostos mais aos conteúdos americanos e o Ed como um adolescente não seria diferente. Poderia ter mais referência a cultura pop brasileira?
Mas tudo isso não tira a diversão do livro. Se você quiser ler, nas palavras do autor, NÃO LEVE A SÉRIO!!!
2,5* Como Sobreviver ao Apocalipse Zumbi (com a sua MÃE) é um livro curto e super rápido de ler, cuja sinopse tinha me interessado bastante. Eu esperava por um livro com uma comédia ácida criticando os elementos clichês presentes em histórias de mortos-vivos, mas tudo o que eu recebi foi uma bomba extremamente previsível de tão clichê e com um senso de humor ridículo de sem graça. A história parece uma colcha de retalhos com coisas aleatórias empurrando o enredo pra lugar nenhum, sem desenvolvimento. E os personagens são muito mal-construídos, sem um arco de evolução, inconstantes e, em especial nas personagens femininas, me incomodou muito o quanto seguiam linhas de estereótipos tão rasas. Todo mundo é insuportável (e não foi uma decisão de narrativa proposital, são só mal-escritos mesmo), principalmente o protagonista e eu não aguentava mais todas as milhares de referências simplesmente jogadas no texto. Sem contar que o autor não poderia ter optado por um final mais anticlimático.
Ótimo livro, leitura rapidinha e divertida. Ed tenta sobreviver ao apocalipse zumbi com sua mãe (que sempre chama os mortos-vivos de zumir), e o tio (que tenta fazer um documentário para ganhar dinheiro quando tudo voltar ao normal). As comparações entre o apocalipse zumbi brasileiro e americano são bem divertidas, por exemplo, “Como a gente vive com medo de ser assaltado, todas as casas têm muros, cercas ou grades, o que facilita na hora de se esconder dos mortos. Já viu como são as casas nos Estados Unidos? A maioria não tem muros, é quase um buffet para zumbi, é só chegar e se servir.” O motivo do apocalipse não é dito, nem Ed sabe o porquê, e no final o grupo está maior, pois eles foram para a escola e tem adolescente exibicionista e professor tentando achar a cura, eles tentam permanecer vivos. Possivelmente terá a continuação.
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Essa foi uma leitura rápida (quem é ativo na leitura deve ler em 1 dia, como eu não sou demorei um pouquinho rs), existiram momentos engraçados e acho que esse foi o ponto que me fez gostar mais ainda da história, porque mesmo nos momentos mais tensos existe sempre aquela graça (a parte do tio Déco baleado foi o auge pra mim haha), além de que amei ter essa visão de como seria a realidade de um apocalipse zumbi, eu seria totalmente o Ed com essas referências de zumbi mas na prática a coisa mudaria de tom hahaha. Resumindo: ótima leitura para passar o tempo e super recomendo!
Quem disse que toda história de zumbi tem que ser só terror?
Curto demais ver filmes, séries e jogar RPG com a temática apocalipse zumbi, mas esse livro me pegou... Apesar do caos, ele é um livro leve e divertido. Foi escrito pra ser engraçado e atingiu seu propósito. Dona Ana, uma mãe amorosa e cuidadosa, não consegue pronunciar a palavra zumbi e daí veio a expressão marcante: "zumirs". Ed, aficccionado por zumbi, um especialista forjado nas expectativas de filmes e séries. Tio Déco, típico tiozão do pavê, quer ser cineasta... Essa mistura gerou uma história divertida e também reflexiva.
Pois é, não consegui seguir a LC, tive que ler por completo, é a vida, o livro é super divertido demais e te fisga fazendo não parar e ir até o final, ele tem um humor ácido juvenil bem divertido, personagens cativantes que você fica curioso em saber o que pode acontecer depois com eles, mas o melhor, o melhor de tudo, foi o Touro Zumbi! PS.: Vontade de dar um tapa no Ed por ele ficar morrendo de amores por quem não presta... Doido para chegar logo o debate para comentar sobre.
É um livro bem curto e fácil de ler, tem algumas partes engrassadas, capítulos curtos.
Serve muito como livro para destravar quando a gente entra em alguma ressaca de leituras, pq os capítulos são bem curtos e a história usa muitas referencias conhecidas.
Achei que faltou densidade nos conflitos que acontecem na segunda metade, mas valeu como leitura entre livros mais pesados e longos.
Divertido. Apesar de curtinho, constroi bem os personagens e nos faz torcer por eles. Queria que fosse mais longo, acaba muito cedo. Tem um tom de comédia agradável apesar do contexto de horror. Poderia ter mais sangue.
eu juro que quando li no auge dos meus 16 anos foi uma leitura maravilhosa... hoje achei divertida, mas confusa e corrida em muitas partes, e por isso não consegui me entregar tanto ao livro!
É mais ou menos. Tem muitas referências que podem ficar datada logos e eu particularmente não gosto muito. Achei o humor pouco efetivo e até um pouco forçado. Mas é isto.
Um livro muito facinho de ler. Tem vários clichês de zumbi mas se passa no Brasil. Então, fica interessante. Ótima leitura para os dias em que ler é difícil.
Apesar de o tema "apocalipse zumbi" e das homenagens do autor na história à obras de público mais adulto como the walking Dead e Madrugada dos mortos, esse livro tem uma narrativa direcionada para um público mais jovem.
Espere uma historia bem humorada de apocalipse zumbi na perspectiva de um adolescente. Um adolescente nerd que escreve em seu diário sobre cada dia naquela situação, que mora no brasil, e que apesar dos zumbis ainda tem que lidar com seus familiares e uma aparição inesperada da sua crush.
Pra mim a história deixou um pouco a desejar nos personagens mais periféricos e no que deveria ser o climax mas no geral consegui me divertir.
Se você tem curiosidade de saber como seria um apocalipse zumbi no seu bairro e topa ler uma historia mais leve, tem grandes chances de se divertir lendo esse aqui.
Muito engraçado e divertidíssimo. Gargalhei horrores com essa história e mesmo com a trama de apocalipse foi uma leitura tão leve, fluida e gostosa - e muitas vezes é apenas isso que queremos, um pouco de diversão e entretenimento. Já queria ler a continuação (apesar de nem saber se vai ter uma). Acho que umas das coisas que eu mais gostei nessa história foi sua capacidade de fazer com que eu me sentisse como se estivesse vendo um filme.
É uma comédia que entrega o que se propõe. Eu dou muita risada com Dona Ana por se parecer com qualquer mãe, fora que há personagens odiáveis e amáveis durante a trama. Ainda que seja uma comédia há cenas de ficamos aflitos e bem triste com a morte ou quase morte de personagens que nos apegamos MUITO. Essa é uma leitura muito rápida e fluída, super recomendo para você, mas esteja preparado para ODIAR o amor da vida de alguém rsrs.
A narração do Ed é bem engraçadinha e passa realmente a sensação de que é um adolescente contando tudo. Não sabemos o que aconteceu, como, onde, etc. Não tem nenhuma explicação ou aprofundamento sobre o apocalipse. É como se o foco não fosse esse, não tanto, pelo menos.
O que mais me incomodou na história foram as atitudes sem sentido de alguns personagens, totalmente sem pé nem cabeça. E o desenvolvimento da Lola foi bem pobre.
O kindle desse livro é horrível!! A história é legal, mas tem muito erro e uma explosão excessiva de referencia! Depois que descobri que é do Wattpad entendo os erros e as oscilações. Apesar dos problemas é um passatempo legal.