Nos primeiros dias de junho de 1940, a população de Paris entra em pânico, pois os exércitos de Hitler aproximam-se. De carro, de camioneta, de carroça ou a pé, mais de cinco milhões de pessoas fogem da capital francesa.
Entre a multidão apavorada encontra-se Carol, uma portuguesa estudante na Sorbonne, que deixa Paris contrariada e ao volante da sua bicicleta Hirondelle.
Sempre em fuga e receosos da Gestapo, alguns deles conseguirão vistos de entrada em Portugal, passados por Aristides Sousa Mendes e chegarão a Vilar Formoso, onde a fronteira fechou por ordem de Salazar.
Uma história de amizade, sexo, solidariedade e amor, de uma rapariga portuguesa cujos sonhos eram apenas estudar literatura, namorar e pedalar feliz pelos boulevards de Paris.
Domingos Freitas do Amaral nasceu a 12 de Outubro de 1967, em Lisboa. Depois de se ter formado em Economia, pela Universidade Católica Portuguesa, e de ter feito um mestrado em Relações Internacionais, na Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, decidiu seguir a sua carreira como jornalista. Actualmente, é o director da revista Maxmen, desde o seu lançamento, em Março de 2001. Colabora também com o Diário Económico e a revista Grazia. Antes, trabalhou no jornal O Independente durante 11 anos, além de ter colaborado com outras publicações, como o Diário de Notícias, Grande Reportagem, City, Invista e Fortuna. Colaborou também com a Rádio Comercial e com a SIC. É casado, tem dois filhos - uma rapariga e um rapaz - e vive em Lisboa. Enquanto Salazar dormia...(2006) é o seu quarto livro de ficção publicado pela Casa das Letras, depois de Amor à Primeira Vista (1998), O Fanático do Sushi (2000) e Os Cavaleiros de São João Baptista (2004). Fonte:Webboom
“Era o que faltava em Paris, um mínimo de esperança. As pessoas pareciam ter desistido, ninguém lutava. Como se enfrenta um mar de lava que desce velozmente na nossa direção?”
Ofereceram-me este livro na certeza que era um tema que me interessava muito. Passado na Paris da invasão germânica, “A bicicleta que fugiu dos alemães” percorre a histórica de Carol, uma estudante portuguesa da Sorbonne, dona de Hirondelle, uma bicicleta peculiar de que não podia departar-se, aquando do regresso a Portugal. 🚴♀️
Hirondelle significa andorinha em francês. Tal como a sua dona, esta bicicleta migrou desta caótica cidade que era Paris em 1940, plena de habitantes a fugir com tudo o que tinham nas mãos até atingir as fronteiras, sujeitando- se aos massacres aéreos das Stukas, miséria coletiva e fome generalizada. ⛰️
Apesar de Carol ser portuguesa e se dirigir para um país com política de neutralidade, sujeita-se a enormes perigos devido à sua amizade com uma família judaica e ainda com um piloto inglês que perdeu a mão, Rover.
Intrigas amorosas, aventuras e desventuras, amigos, inimigos e aliados percorrem esta história que, embora não acrescento nada de novo ao conhecimento que tinha sobre a Segunda Guerra Mundial, apresentou-se de uma leitura fluida, ideal para um fim de semana sossegado no campo a ler.🌻
Uma viagem improvável que promete todo o tipo de personagens, desde oficiais da Gestapo, um capitão da PVDE, até um gato cego a bordo de Hirondelle e Aristides de Sousa Mendes, “ A bicicleta que fugiu dos alemães” foi algo inesperado. 🐱
Uma escrita fluida como é habitual ao autor e uma temática que gosto bastante mas este não foi dos livros que mais me agradou, achei repetitivo e pouco emocionante a não ser na parte final
The book is well written, although in the style of the Author, which is now getting repetitive. The historical research is interesting, the story is poignant, but there is something in the model (always) the same) always with the same type of characters and lots of sex throughout, that gets really boring. I have nothing against sex in a book, but if one has read as many books by this Author as I have already done, you will see what I mean!. Anyway, I guess he will have a lot of readers who precisely enjoy those details, therefore I musdt grant that he will probably have a lot of success.
Domingos Amaral está no top 5 dos meus escritores favoritos! Mais um livro sobre a II Guerra Mundial, mas com um pouco da nossa história. Descreve como os refugiados de França (não só franceses, mas de várias nacionalidades) fugiam, como era tratados e como muitos entraram no nosso país. Uma mistura de história real com história romanceada, mas que aprendemos de como foram estes tempo difíceis. Um ponto negativo, as frases em francês sem tradução, que me deixaram um pouco "à nora", mas não estraga de todo a descrição do livro. História narrada por Jack, primo de Carol, a nossa protagonista. Portuguesa que está a estudar em Paris. Romântica incurável, admiradora de Churchill quando ouve os seus discursos na rádio. Não queria voltar para Lisboa, não se dava com o pai e a mãe já tinha falecido. Ao mesmo tempo é uma jovem corajosa, defende os seus amigos e o seu amor, nunca largando a sua bicicleta Hirondelle. O livro passa-se apenas em 1 ano (Junho/1940 - Abril 1941), com descrições aflitivas das pessoas que fogem dos Nazis a todo o custo. Conhecemos Polly, que é o oposto total da Carol, uma mulher que só pensa nela; Marcel, François e Sara, família amiga de Carol; Madre Mary, segunda mãe de Carol que morre durante a fuga com descrição total; Rover, o jovem soldado inglês, sem mão e que se apaixona por Carol. Os dois fogem nas suas bicicletas, juntamente com o gato cego, e todo o livro é uma fantástica e triste história. Onde todos fazem planos para conseguirem os vistos para entrarem em Portugal. Vistos esses que são passados por Aristides de Sousa Mendes. Os meandros negros da PIDE também aqui são descritos e nem sonhamos o que estas pessoas passaram... Cenas de amor muito bem descritas e românticas q.b., mas tão lindas! No meio da guerra também há amor! Vamos andando pelo livro sempre com muito ansiedade para saber mais! O fim do livro... É um final aberto! E só vos deixo com esta palavra: andorinhas!
Gostei muito do livro, pelo tema que aborda (II Guerra Mundial) e pela fluidez da escrita. Mais ou menos a meio achei a história um pouco lenta e não gostei do final, idealizei algo completamente diferente, no entanto adorei acompanhar a história de Carol e Rover.
Neste livro, passado na Segunda Guerra Mundial, acompanhamos Carol, uma estudante portuguesa a estudar em Paris, na sua fuga após a chegada dos alemães à capital francesa. Como nos indica o título, esta é feita com o auxílo de uma bicicleta Hirondelle, veículo predileto da protagonista.
Conhece várias personagens caricatas na sua jornada, inclusive chega mesmo a cruzar-se com o conhecido histórico cônsul português Aristides de Souza Mendes.
Romance histórico é uma boa classificação para esta história, tendo como tema principal a relação entre Carol e um piloto inglês ferido chamado Rover, que aquela conhece num hospital em Paris, quando o inglês estás prestes a acabar com a sua própria vida. Uma coisa que não estava à espera, era a quantidade absurda de menções e cenas eróticas, bastante explícitas até, que o livro contém.
Admito que o livro tem uma premissa bastante interessante, porém, peca ao ficar com bastantes perguntas por responder e havendo uma grande dicotomia entre o início e o fim do livro. No início da história, o ritmo é consistente, sem muitos saltos temporais, sem contar com aqueles estritamente necessários. Diferentemente, no fim a história é outra, havendo cenas bastante importantes para a história que são simplesmente resumidas em duas frases. Por exemplo, ao ver o pai de Sara morrer à sua frente, Carol tem uma tarefa bastante difícil a fazer, que é contar à sua melhor amiga que o pai está morto. Mas não chegamos a saber como é que ela contou e de que forma é que Sara reagiu, o autor apenas nos dá a entender que ela contou.
Com isto dito, não é de todo um mau livro, entretém, que penso que seja um dos objetivos de uma obra literária.
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Gostei da escrita do Domingos Amaral, é fluida e cuidada. O facto de o português ser a língua original do livro contribui imenso para o prazer da leitura.
O que talvez me desconcertou é o facto de a maior parte da história, vivida por uma mulher, ser contada por um homem (seu primo) o que, em certas passagens é... estranho. Senti sempre a dissonância entre a vivência da história e a “boca” que a conta.
Isto não foi impeditivo de apreciar devidamente o livro. Gostei bastante.
Interessante abordagem à invasão alemã e à fuga dos parisienses que se seguiu. Conseguimos também perceber as cumplicidades da Gestapo com a polícia portuguesa num país que se dizia neutral. De escrita leve, temos algumas personagens mais trabalhadas. Atendendo à época e à situação vivida pelas personagens, o final foi surpreendente mas lógico, uma vez que esta era uma fuga impossível. A escolha pertenceu, assim, ao Rover e à Carol.
Um livro que desapontou me muito. Há sempre muitas coincidências ao ponto de pensar que no mundo só havia aquelas personagens. A história não é nada de especial em comparaç��o com os livros que já li com a temática 2°guerra mundial. Não recomendo
"A bicicleta que fugiu dos alemães" tem Carol como figura central e relata-nos, às vezes, na voz do seu primo Jack Gil - figura que, mais tarde, veio a colaborar com a Resistência e com os Serviços Secretos Ingleses a partir de Lisboa - a sua reação à invasão e tomada de Paris pelos alemães, em 1940, e como foi a sua vida desde então. Carol viveu várias (des)venturas até chegar a Portugal: conheceu o grande amor da sua vida - um piloto inglês em convalescência num hospital francês -, conheceu figuras importantes nos relacionamentos com a Gestapo mas também com o MI6, assistiu à morte de milhares de pessoas pelos aviões alemães durante a fuga para o sul de França, viu as pessoas que mais amava morrer, viveu um jogo muito perigoso de espionagem, chegou a Portugal na sua bicicleta por rotas contrabandistas, regressou a França, voltou a fugir e nunca se afastou da sua bicicleta, Hirondelle. Há um plottwist que nos obriga a parar a leitura por uns momentos, como que para interiorizar. Por muita ficção que se possa incluir em livros, há sempre realidades atroz e dolorosas e que se repetem de livro para livro porque aconteceram - naqueles lugares, naquelas datas, com aquelas pessoas. E isso não pode ser esquecido. É uma outra forma de saber mais sobre a luta e fuga ao avanço nazi, com vislumbres de uma Espanha dilacerada e de um Portugal supostamente neutro mas já a fechar-se sobre si mesmo. Gostei e recomendo.
Um livro que me cativou do início ao fim por vários motivos. Deu-me a conhecer a situação de Portugal durante a Segunda Guerra Mundial, retratando a vida dos portugueses emigrados em França que fugiram à guerra. É uma linda história de amor, apesar de tudo, com alusões a vários locais e cidades que me lembram a minha infância, quando viajava todos os anos de França a Portugal durante as férias.
A book that captivated me from beginning to end for many reasons. It introduced me to Portugal’s situation during World War II, portraying the life of Portuguese emigrants in France who fled the war. It is a beautiful love story despite everything, with references to various places and cities that remind me of my childhood, when I traveled every year from France to Portugal during the holidays.
A Bicicleta que Fugiu dos Alemães surpreendeu-me pela delicadeza com que cruza vidas improváveis num dos períodos mais traumáticos da história europeia — a Segunda Guerra Mundial. É uma história de amor incondicional, mas não apenas romântico: há amor pela liberdade, pela amizade, pela dignidade humana.
Um romance fora do vulgar, que nos faz lembrar que mesmo em tempos de escuridão, há sempre espaço para a coragem, a compaixão e os encontros que mudam tudo.
Este foi o 5º livro de Domingos Amaral que li. Não desilude. Gostei imenso, da história, da forma como é feita a narrativa, simplesmente adorei. Escusado será dizer que sendo passado durante a Segunda Guerra se torna logo num favorito. A Carolina foi uma personagem persistente e resistente desde o princípio ao fim. Aconselho a leitura.
Narrativa pouco emocionante, escrita repetitiva e pobre desenvolvimento das personagens. O facto de a história ser narrada na primeira pessoa, mas não pela personagem principal, adiciona uma camada de complexidade que não tenho a certeza de ser benéfica. Ponto positivo são o contexto e os relatos históricos. Dou 3 por isso, e também pelo desfecho da narrativa, que acabou por ser surpreendente.
Eu li o fim na diagonal, mas acredito que este fim era suposto ter-me feito chorar e sentir alguma coisa, mas na verdade, não consigo sentir nada pelas personagens de um livro que me obrigou a ler a frase "olha o picha-mole" saída da boca de uma mulher chamada Edite. A pior parte é saber que nem é traduzido, e os editores realmente deixaram passar frases assim aaaaaa
Adorei toda a história,fiquei completamente agarrada ao livro. Tive pena do final e desejava no fundo do meu eterno romântico coração, que tivesse acabado de outra forma mas acredito que apesar da maneira como acabou assim teria de ser,tanto na perspetiva realista como na romântica. Excelente.
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Gosto sempre de histórias que se passaram nesta altura e percebe como as pessoas faziam de tudo para continuarem a viver felizes. Este livro foi uma inspiração, com uma leitura fácil e rápida, que nos transporta aquelas tempos de forma leve mas com sabedoria.