Jump to ratings and reviews
Rate this book

Guerra em Surdina

Rate this book
Em 1944, mais de 20 mil brasileiros foram convocados pelo governo Vargas para lutar ao lado dos Aliados na Segunda Guerra Mundial.

Entre os escolhidos estava Boris Schnaiderman, o grande intérprete da literatura russa no Brasil, que realiza, a partir desta experiência como "pracinha" na campanha italiana, uma tradução de outra ordem.

Em seu único livro de ficção, Schnaiderman constrói a trajetória dos combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB), desde a convocação repentina até a volta para o Brasil. O percurso é trabalhado a partir de perspectivas individuais frente às catástrofes da guerra, compondo uma prosa em surdina e intimista, ainda que em múltiplas vozes.

256 pages, Paperback

First published January 1, 1985

41 people want to read

About the author

Boris Schnaiderman

51 books5 followers
Nascido em Uman, na Ucrânia, em 1917 (o ano da Revolução Russa), mudou-se depois para Odessa, onde viveu até os oito anos quando veio para o Brasil. Foi o primeiro professor do curso de letras russas na Universidade de São Paulo, em 1960, apesar de não ser formado em letras (formou-se em agronomia). Traduziu os grandes escritores russos, como Dostoiévski, Tolstói, Tchekhov, Máximo Gorki, Isaac Babel, Boris Pasternak e poetas como Alexandre S. Pushkin e Vladimir Maiakovski.

Aos oito anos de idade, chegou a presenciar as filmagens da clássica cena da escadaria de Odessa do lendário filme O Encouraçado Potemkin, de Sergey Eisenstein. Mas só foi compreender o que se passava ao ver o filme no cinema.

Conseguiu naturalizar-se em 1941, tendo lutado na Segunda Guerra Mundial na Força Expedicionária Brasileira, experiência que rendeu o romance Guerra em surdina. Devido ao modo como a cultura russa era vista no período da ditadura militar no Brasil, suas posições frente à repressão, além de ter passaporte soviético, Schnaiderman teve confrontos com a ditadura e chegou a ser preso em sala de aula.

Em 1983, recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura. Em 2003, recebeu o Prêmio de Tradução da Academia Brasileira de Letras. Foi o primeiro a traduzir as grandes obras russas diretamente do russo; antes dele, traduções indiretas (principalmente através do francês) que descaracterizavam o conteúdo original eram bastante comuns. Em 2007, foi agraciado pelo governo da Rússia com a Medalha Púchkin, em reconhecimento por sua contribuição na divulgação da cultura russa no exterior.

Morreu em São Paulo, um dia depois de completar 99 anos, devido a uma pneumonia decorrente de uma internação hospitalar para colocação de uma prótese de fêmur. Seu corpo foi cremado


++++++++++++++++++++++++
Boris Solomonovitch Schnaiderman (Russian Борис Соломонович Шнайдерман) was a Brazilian translator, writer and essayist.

Born in Uman, in 1917 (the year of the Russian Revolution), he went to Odessa where he lived until he was 8, when he came to Brazil. He was the first teacher of Russian literature of University of São Paulo, in 1960, despite being graduated in agronomy. He translated the great Russian writers and poets, like Dostoevsky, Tolstoy, Chekhov, Gorky, Babel, Pasternak, Pushkin and Mayakovsky.

When he was eight years old, before leaving the USSR, Schnaiderman witnessed the filming of the Odessa Steps sequence in Sergey Eisenstein's film The Battleship Potemkin. Schnaiderman only later realised what he had seen when he saw the film in the cinema.

He became a naturalized citizen of Brazil in 1941 and fought in World War II with the Brazilian Expeditionary Force, an experience that inspired him to write the romance Guerra em Surdina ("Muted War"). Due to the way that the Russian culture was seen in the period of military dictatorship in Brazil, his positions against the repression and his Soviet passport, he was later arrested while he was lecturing.

In 2003 he received the Prize of Translation by the Academia Brasileira de Letras. He was the first person who translated to Portuguese classical Russian books directly from the Russian language; before this, indirect translations which decharacterized them were very common. In 2007 he also received the Medal of Pushkin from the Russian government.

Schnaiderman said of Dostoevsky that he was "...the kind of writer who drags us; while we have to agree with him, we have to turn against him. I mean, sometimes I translate something that contradicts my deepest convictions. Dostoevsky was a great writer, he had that understanding, that extraordinary humanity, while he was racist, chauvinistic, sexist."[

Schaiderman was regarded as the greatest expert on Russian culture in Brazil and one of its most noted translators.

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
5 (19%)
4 stars
15 (57%)
3 stars
6 (23%)
2 stars
0 (0%)
1 star
0 (0%)
Displaying 1 of 1 review
Displaying 1 of 1 review

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.