O Meu Chapéu Cinzento, de Olivier Rolin, transporta-nos, numa extraordinária viagem, da Alexandria de Cavafy e Durrell à Lisboa de Fernando Pessoa, à Atenas de Melina Mercouri, à Goa de Tabucchi, aos Açores de Antero e dos pescadores de baleias... Recusando embora a classificação de escritor de viagens, Rolin demonstra aqui, porém, a velha e frutuosa ligação que a viagem e a literatura estabeleceram desde que Homero fez Ulisses voltar a Ítaca... A presente edição de O Meu Chapéu Cinzento - título inspirado num verso de Blaise Cendrars - reproduz nove das viagens da edição original francesa, seleccionadas pelo autor e pelo editor português. Como diz Olivier Rolin, a coerência que podemos esperar deste conjunto de relatos é a que resulta do facto de "em cada uma das escalas desta peregrinação nos termos esforçado por exigir alguma exactidão das palavras, de modo a que elas constituíssem como que os fragmentos de uma geografia, isto é, de uma escrita escrupulosa de terra".
Olivier Rolin spent his childhood in Senegal. He then studied at the Louis-le-Grand high school and the Ecole Normale Superieure. He graduated in philosophy and literature.
He works as a freelancer of the French paper Libération and Le Nouvel Observateur. He was the companion of the singer Jane Birkin.
His work is inspired by May 68 and the proletarian Left, romantic adventures in Arabia, the writers Rimbaud and Conrad and his travels.
He received the "Prix Femina" for Port Sudan in 1994, the "Prix France Culture" for Tiger Paper in 2003 and the "price of Style" for The Meteorologist just now in 2014.