E, até que o Primeiro Dia chegue, atentem aos falsos profetas, pois muitos surgirão após o meu caminhar para as chamas. Mas eles errarão o meu nome…
Confundido com a reencarnação de um antigo profeta, Adapak é sequestrado por uma perigosa seita suicida. Enquanto ele se vê obrigado a conviver com seus fanáticos adoradores numa viagem insana, a capitã Sirara traça um plano desesperado para resgatá-lo, recorrendo a velhas alianças que ela preferia deixar no passado.
Mas uma força misteriosa está prestes a intervir no curso da ação – algo tão profundamente ligado à Kurgala quanto Adapak e capaz de responder a perguntas que ele pensou que jamais faria novamente.
Affonso Solano é curador do selo Fantasy/Casa da Palavra, colunista do site Tech Tudo e co-criador do site Matando Robôs Gigantes, hoje incorporado ao grupo Jovem Nerd. Ele também trabalha como ilustrador e storyboarder para empresas como TV Globo, TV Record e agências de publicidade.
Após uma longa espera, enfim retorno as terras de Kurgala. Foram seis anos desde As Pontes de Puzur e seu final mais que aberto quando ao destino de Adapak.
Anteriormente, havia trazido à tona a influência e semelhança com a literatura pulp, mas forte no segundo livro que no primeiro. A voz do guardião Cego funciona como um meio termo entre os dois, é denso no que condiz a história do primeiro e divertido como o segundo. Os novos personagens são carismáticos, embora uns não no início, e a trama em volta deles prende a atenção com facilidade. A escrita continua despretensiosa, embora tenha uma evolução se comparada com primeiro livro.
Um problema que entra em evidência, não é o único, mas o que se sobressai mais, é que apesar do hiato, em vários momentos, a história parece "feita às pressas". Não dinâmica ou minimalista, corrida e superficial. Toda a trama envolvendo um personagem na segunda metade do livro, da inserção a retirada, é potencialmente mais fraca que tudo o que já foi explorado ao longo dos três livros. E o final remete ao anterior, sendo um pouco menos dramático e igualmente aberto.
A saga do espadachim está longe de terminar, só esperemos que não demore tanto até o próximo capítulo e que seja escrito com um pouco mais de paciência.
O único defeito desse livro é que é curto demais. Iguais doses de WORLDBUILDING e DESENVOLVIMENTO DE PERSONAGEM, coisa que uns autores americanos não entenderam e me entendiam às vezes. Outro livro que me arrependi de ter enrolado tanto. Tinha me esquecido como o mundo do Espadachim de Carvão é único e cheio de bizarrices e coisas legais. Acho que o enrolei porque pensava que fantasia estrangeira estava melhor, mas o Espadachim de Carvão prova o contrário (inclusive, já estou procurando a sequência). Também gostei muito do Affonso Solano não ter nomeado como “Espadachim de Carvão - Livro 3” porque soaria pretencioso. A forma que ficou agora - só com o título do livro - ajuda a vender aquele negócio do Adapak admirar as histórias de Tamtul e Magano, que são tipo os heróis de infância dele. Enfim, adorei o livro!
O mundo de Kurgala é povoado de personagens interessantes e bem carismáticos, mesmo com pouco "tempo de tela" eles conseguem se destacar.
Os mistérios, as lendas, os cultos e todos os outros elementos de construção de mundo são muito bem feitos e "fechadinhos". Passa realmente a impressão de se tratar de um mundo diferente (embora, obviamente, seja possível traçar alguns paralelos).
O final do livro, assim como parece ser a regra nos anteriores, termina numa situação q te deixa com muita expectativa pra continuação muito bacana, ruim mesmo é só a demora pra escrever os livros, hahaha.
Finalmente deram tempo para o Adapak desenvolver uma personalidade. Um pacifista que tem toda a capacidade para matar. Mais tempo para os personagens secundários se desenvolverem, e a apresentação de novos muito interessantes. O personagem musculoso religioso eu jurava que seria apenas uma homenagem a amigo do autor, mas não, genuinamente um bom personagem. Aprofundando mais da cultura do mundo, dos vários povos e um pouco de como a feitiçaria funciona. Até mesmo o encaminhamento para o final é bem feito, com pistas dadas ao longo de toda a história. O único problema fica com o final propriamente dito, bastante abrupto. Até agora o melhor da série.
Muito me impressiona a capacidade do autor em conseguir descrever o mundo de uma forma simples mas que ao mesmo tempo te permite visualizar os espaços e os personagens. Esse livro "encerra" com maestria a trajetória de Adapak, que vai muito além da jornada do herói. Apresenta personagens cativantes, com personalidade e profundidade, passíveis de existirem. Eu leria, facilmente, mais umas três ou quatro histórias nessa pegada.
Affonso Solano é o nosso melhor escritor de ficção fantástica, dominando o estilo conhecido como espada e feitiçaria, claramente influenciado por Conan, Solomon Kane e semelhantes.
O grande ponto forte desse livro, que continua a história do primeiro volume, são as cenas de ação, que estão fora de série.
Por ser o terceiro livro de um série (não é o último) a história é muito travada. O livro fica bom nas últimas 100 páginas. Tem uns capítulos no meio que não tem necessidade alguma para a história, são contos e "cartas" de personagens nem tão importantes. Enfim, teremos mais um.
Melhor livro dos três até agora. Os personagens são mais profundos. O universo e as estórias se desenvolvem mais e a trama se encaixa melhor. A escrita ainda é leve mas um pouco mais rebuscada. Merece cinco estrelas se comparado com outras obras nacionais. Espero que o próximo venha logo.
de verdade, essa é uma das melhores séries q eu já li. a escrita do autor te prende bastante e eu espero muito que ainda tenha continuação pq depois desse final... PRECISO DE RESPOSTAS