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Ilhas, Veredas e Buritis

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"Fui um daqueles jovens que nos anos 50 se apaixonaram por ela, 'uma beleza meio selvagem, de maçãs de rosto salientes e olhos orientais. Diziam brincando, que quando era criança, tinha sido achada na rua em Vladivostok'.
Sou mais ainda hoje, quanto, passados os seus 70 anos, ela escreveu este livro admirável e pungente. Estrela de cinema, mãe, dona de antiquário, professora, fazendeira. Quantos caminhos ela percorreu. Quando se termina a leitura deste livro, que tem atmosfera de romance, nos vemos diante de uma mulher que foi avançada e moderna em sua época, uma época que não a compreendia, não a podia alcançar. Esta é uma autobiografia que se insere dentro daquele gênero particular de life in progress. História de uma mulher que soube se renovar a cada ciclo, Eliane sempre olhou para seu tempo com uma visão crítica, aguda, muitas vezes distanciada, percebendo valores que não eram reais, entendendo a mistificação, a representação, o supérfluo, a vaidade."
Ignácio de Loyola Brandão

351 pages, Paperback

First published January 1, 2005

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Eliane Lage

3 books

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Profile Image for Filipe Conde.
13 reviews32 followers
April 19, 2019
Eliane transborda sensibilidade, e nos permite entrar um pouco em sua vida. Com relatos detalhados das casas onde viveu e das pessoas que conheceu, dá ao livro uma capacidade mística de trazer coincidência atrás de coincidência. Pelo menos para mim que, sem saber, já tive diversas vezes a vida cruzando os caminhos de Eliane.

Com muitas memórias de um Brasil passado, a autora trata o tempo com humildade e delicadeza. O tempo parece não pesar, o passado é a construção do presente, e o futuro é onde vivem os sonhos. Simples assim. Numa narrativa deliciosa, a leitura se estende tranquila, sem momentos de quebra.

Além de sua história ser cheia de vida, ela traz momentos de compreensão do ser humano e reflexão sobre o mundo que são atemporais.

Sendo europeia no Brasil e brasileira na Europa, "bicho do mato" no cinema e estrela de cinema na roça, sua falta de pertencimento tenha sido talvez o que a fez pertencer a tantos lugares, sempre atenta às pessoas e aos locais, foi se tornando um pouco de tudo.

Um livro de muita sensibilidade, Eliane Lage abre sua vida, escrevendo para seus netos e, com muita generosidade, nos permite conhecê-la também. Então depois de dias ao seu lado — através das páginas — só posso querer-lhe bem, seja na rua Nova, nos morros das Alfenas, por entre os Devaneios e Raizamas da vida, ou em qualquer lugar por onde tenha passado e com certeza deixado um pouco de si.

Obrigado Eliane Lage, por essa incrível história.
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