Jump to ratings and reviews
Rate this book

La intuicion de leer, la intencion de narrar / The Intuition to Read The Intention of Telling

Rate this book
La lectura trasciende los libros. Es más una actitud ante el mundo que una aptitud ante los signos del lenguaje escrito. En esta obra, el maestro, actor y cuentacuentos Rodolfo Castro sostiene una animada plática acerca del aprendizaje, la lectura y la narración oral. Dirigida a quienes busquen entablar una relación menos s

124 pages, Paperback

First published November 1, 2002

1 person is currently reading
11 people want to read

About the author

Rodolfo Castro

17 books9 followers

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
1 (10%)
4 stars
4 (40%)
3 stars
2 (20%)
2 stars
3 (30%)
1 star
0 (0%)
Displaying 1 of 1 review
Profile Image for Sandra Ferreira.
22 reviews5 followers
February 12, 2017
O livro contém uma reflexão sobre questões relativas à promoção da leitura, sobretudo junto de públicos mais jovens. A segunda parte inclui algumas dicas para ajudar a aperfeiçoar a narração oral:
1. Como promover a leitura?
«As actividades de sensibilização para a leitura ou promoção do prazer leitor não existem. A leitura não se promove com actividades extra leitoras. A leitura promove-se lendo. Apenas assim.» (p.30)

2. Avaliar a leitura?
«Lamentavelmente, a leitura e a escrita escolar concentram-se, maioritariamente, na produção e leitura de textos de carácter utilitário: redacção de cartas, avaliações, formulários e redacções nas quais se valorizam os seus aspectos formais. Leitura de manuais, relatórios e textos literários em função de um objectivo pedagógico. A leitura é uma actividade submetida a uma vigilância apertada. Quando é que se lêem contos na escola com o simples objectivo de ler e de passar um momento agradável? Fazendo uma rigorosa generalização, poderia dizer que na escola este tipo de leitura só se realiza nos dez ou quinze minutos que às vezes sobram de uma actividade, cujo buraco o professor preenche com uma leitura.
Creio que se deveria diferenciar o trabalho que se faz em torno da leitura da leitura propriamente dita. A leitura de literatura não está associada a planos, nem a avaliações, nem a rumos pré-estabelecidos. Se se lê com o objectivo de estimular o gosto pela literatura, não se podem esperar resultados passíveis de avaliação, a não ser os que se referem a aspectos formais. O único caminho em direcção à leitura é ler. O único resultado tangível depois da leitura de um texto literário é que alguém se relacionou com um livro. Os resultados são incomensuráveis. Nem sempre é possível saber quanto, quando e como é que esses resultados se tornarão presentes na nossa vida.» p. 30

3. Por que fracassa a leitura em voz alta?
«Creio que o fracasso de muitas leituras em voz alta está, em alguma medida, relacionado com este facto: para que um texto literário possa ser lido em voz alta em frente a um grupo de pessoas que o escutam pela primeira vez é necessário que o leitor emissor já o tenha lido e embarcado na tarefa de mudar a linguagem escrita para a linguagem oral, o que requer um trabalho de reelaboração consciente ou inconsciente que, nos factos, constitui toda uma tradução. Há que ir dos olhos e das mãos aos ouvidos e à voz.» (p. 37)

4. A Intenção do autor
«A busca do que o autor quis dizer é, na essência, uma
perda de tempo. Nunca o saberemos, é provável que nem o próprio autor o saiba. O que na verdade estaremos a procurar é o que o texto diz a cada um de nós. O que nos faz pensar e sentir.» (p.40)

5. Os interesses de crianças e adolescentes são os mesmos dos adultos
«A amizade, os medos, as relações afectivas, os preconceitos, a marginalização, a solidariedade, a pobreza, o futuro, a morte, a liberdade, a solidão, o amor, a fome, o fastio, a sexualidade... Por mais que me esforce, não consigo encontrar diferenças significativas entre os interesses das crianças e os do resto da humanidade. Os interesses de crianças e adolescentes são os de todo o mundo.» (p.100)

6. A importância de preparar a leitura em voz alta
«No que se refere ao carácter técnico de uma leitura em voz alta, quando esta se realiza pela primeira vez, desconhecendo o que se vai ler para os outros, fracassa na maioria dos casos. Quando tivermos encontrado um texto que «nos peça» que o apresentemos ou narremos a outros, teremos de mergulhar nele.
Antes de pretender fazer uma leitura para os outros será necessário realizar várias leituras pessoais, a fim de descobrir ou imaginar o significado de todas as palavras e frases; esforçar a nossa imaginação para conseguir visualizar cada lugar e cada personagem, as características assinaladas no texto e também as que não se especificam: a forma de caminhar, o gesto, as posturas características, a inflexão da voz, os estados de alma.» (p.11)

7. Ler em voz alta para os filhos
«O som pode ser uma massagem, uma carícia. Antes de nascer é possível tocar os nossos filhos com o som da nossa voz. Quando lhes contamos contos antes de nascer estamos a fazer-lhes massagens especiais. A nossa voz não vibra da mesma maneira quando falamos coloquialmente ou quando lemos em voz alta. Há uma notável mudança, uma melodia especial apodera-se da nossa voz ao ler e a nossa boca pronuncia vocábulos não habituais. Se lemos para os nossos filhos estamos a acostumá-los a uma forma especial de som. Estamos a introduzi-los na voz da literatura, prazenteiramente.» (p. 54)

«Quando lemos em voz alta para os nossos filhos antes de nascerem, aumentamos potencialmente a sua capacidade linguística, para que assim nomeiem um mundo muito mais generoso e complexo. Quanto mais vasto for esse mundo mais oportunidades de vida e desenvolvimento terão. Serão mais livres, poderão ir mais longe e sobretudo... terão memória.» (p. 55)
Displaying 1 of 1 review

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.