O amor não tem idade, não tem hora, ele acontece quando você menos espera.
Victor é um garoto comum. Estudante de escola pública, ele adora jogar futebol, trabalha para ajudar nas despesas da casa e sonha em proporcionar um futuro melhor para a mãe e para a irmã. Tudo o que ele precisava era de uma oportunidade para que os seus sonhos, enfim, se tornassem realidade.
O empurrãozinho do destino chega quando Victor ganha uma bolsa de estudos no melhor colégio de São Paulo, graças ao seu talento no futebol.
Perdido em um ambiente completamente novo e muito distante da realidade de sua vida, ele encontra refúgio entre os novos amigos e nos olhos claros de uma garota chamada Sophia, capaz de fazê-lo se sentir parte daquele mundo.
Quando a dificuldade de conciliar estudo, trabalho e treinos de futebol começa a cobrar seu preço, quando as pessoas se revelam menos receptivas do que parecem e, para coroar, a mãe de Sophia decide dar um basta no relacionamento dos dois, Victor percebe que vai precisar de muita garra e perseverança para vencer o preconceito e a discriminação e provar que o valor de uma pessoa não é medido pela sua origem, mas por suas ações.
*** Com uma narrativa leve e personagens apaixonantes, Athos Briones nos conduz em seu romance de estreia por uma história em que os dramas e os conflitos da adolescência na fase de transição do último ano do ensino médio ganham a cena, mostrando que a vida é muito mais que o acaso.
4.5/5 Algumas razões me fizeram ler esse livro, mesmo ele sendo um jovem adulto, um tipo de livro que eu já me acho um tiquinho velha pra ler, porque não me atinge de nenhuma forma. Uma das principais razões é que o autor é filho da Bianca Briones, não que isso automaticamente faça dele um bom escritor, mas eu gosto de pensar que isso está no sangue. De qualquer forma, soube separar bem uma coisa da outra e peguei o livro dele como se estivesse pegando a obra de qualquer outro autor iniciante e me surpreendi positivamente.
A escrita do Athos é leve e gostosa, os personagens estão no último ano do Ensino Médio, então talvez por isso e por se passar no Brasil, eu me identifiquei muito com eles. Os diálogos me pareceram muito reais, por diversas vezes eu fiquei "cara, isso me lembra momento X da minha época de escola" ou "meu Deus, já vivi isso" e acabei criando uma ligação maior com o Victor e os amigos dele por causa disso.
As temáticas que o Athos escolheu abordar, preconceito, homofobia, classes sociais, etc, foram colocadas nessa linguagem bem jovial, mas acho que cumpre com o propósito para o público que esse livro pretende atingir. É uma história para ser lida despretensiosamente. É gostosinha, é fofinha, tem um romancezinho que deveria ser destaque, mas, particularmente, dei muito mais valor aos amigos e aos papos sobre o casalzinho do que para o relacionamento deles em si. Achei a Sophia muito menininha, meio bestinha, muito ingenuazinha mas ok.
Curti o livro, li em umas duas/três horas, ele é bem curtinho e eu estava lendo entre outros dois livros de um gênero beeeeem diferente e bem tensos, então "Muito mais que o acaso" foi como um frescor ali no meio. O final poderia ter sido melhor, achei que o momento com a Sophia foi bem superficial, poderia ter se estendido um pouco mais e não ter sido tão rápido e fácil pra ela. O mesmo com ela e a mãe. Talvez mais algumas explicações e não simplesmente jogar pro leitor ligar as pontas fosse melhor. Mas aqui já é o meu lado escritora falando mais alto.
Athos tem um futuro promissor na escrita se continuar no meio estiver nos planos dele e, mesmo estando longe do(s gêneros) que eu normalmente leio, com certeza continuarei acompanhando sua carreira. E é. Filho de peixe, peixinho é. :)
Sinopse: Victor é um estudante de escola pública que acaba de ganhar uma bolsa de estudos no melhor colégio de São Paulo para jogar futebol. Seu sonho de proporcionar uma vida melhor para sua mãe e irmã parece estar perto de se tornar realidade. Um ambiente novo e bem distante de sua realidade, a adaptação pro colégio novo acaba se complicando um pouco, porém com a ajuda de seus novos colegas de turma e de uma garota de olhos claros chamada Sophia esse processo vai tornar mais agradável. Estudar, trabalhar e jogar futebol parece estar tomando todo o tempo livre do garoto. Além de todos esses problemas enfrentar a discriminação e o preconceito de seus colegas de turma e a mãe da garota pela qual está apaixonado vai ser difícil.
Vitor acaba de entrar nessa escola nova, todos tem uma condição bem diferente da dele. O processo de adaptação dele nesse lugar vai ser complicado, mas com ajuda de seus colegas Leo e Matheus esse processo vai ser mais agradável. Sendo um excelente jogador pegar o ritmo de treinos da escola nova foi fácil. porém conciliar os treinos, o trabalho na oficina e a escola tem se tornado extremante difícil.
As notas do atela vão baixar e sua mãe não ficará nem um pouco alegre com isso. No meio disso tudo ele está se apaixonando pela sua nova colega de classe Sophia, porém ele não contava ter que enfrentar o preconceito para seguir a fundo com essa relação.
Da maneira pura e simples o autor relata a realidade de muitos jovens de escola pública quando conseguem uma bolsa na rede privada. O preconceito enfrentado por eles e as demais dificuldades que isso trás ao aluno no âmbito de convivência escolar. Além de tratar de um assunto extremamente importante a homofobia nas escolas, o que infelizmente é bastante frequente.
É uma excelente leitura lindo, muito cativante e bastante fluído. O Athos se revelou um escritor incrível, espero ter mais obras dele vindo por ai. Para um livro de estreia acredito que tenha siso a melhor forma de começar. Vai cativar um público jovem e as fãs de romances de plantão (assim como eu). Além de ser uma boa escolha para presente aquele primo mais novo que não gosta de ler, a linguem é bem simples e com certeza é uma ótima indicação para adentar nesse universo leitor.