Conversas que não tive com a minha mãe

by Felipe Brandão

"Conversas que não tive com minha mãe" não é um livro sobre melancolia, mas sobre lembranças e experiências de saudade e afeto. Mesmo quando a tristeza surge no livro, existe uma sutileza, como o sol tocando o nosso rosto ou um abraço apertado de mãe.

Página a página é possível emocionar-se, rir, chorar e amar dona Áurea, mãe do escritor e narrador, que generosamente divide com seus leitores uma a uma de suas memórias. Se nos habituamos a histórias de amor entre casais e com o chamado final feliz, "Conversas que não tive com a minha mãe" trata de outro tipo de relação, um amor de um filho pela sua mãe.

Em seu livro de estreia, Felipe Brandão, editor reconhecido por dezenas de livros publicados, debuta nas prateleiras como escritor falando da falta - e das esperanças que daí germinaram - quando ele enfrentou de frente o processo de luto pela perda da sua mãe, aos 4 anos de idade.

Quarenta anos depois, Felipe está pronto para abrir seu baú de memórias, refletir sobre o poder dessa ausência, seus medos e sonhos. É como se as palavras estivessem, enfim, dando contorno à sua mãe e às conversas que eles deveriam ter tido depois de longos almoços de domingo.

Sem um gênero literário definido, este é um livro para leitores ansiosos por histórias bem narradas e que mesmo em tempos de relações mecanizadas, têm o ímpeto de tomar uma xícara de café ou uma taça de vinho e ler sobre afetos derramados e desnudos.

Genres: Audiobook

96 pages, Paperback

Published May 6, 2023

Reviews

[Priscila Gomes · Rating 2 out of 5]

Um livro pequeno, de pequenas crônicas com a temática da dor e do amor que há na saudade. É bonitinho e tem algumas crônicas bem sensíveis, mas no geral, não achei o estilo cativador. Pode ser algo relacionado a estilo mesmo, e não ao livro em si, mas minha nota é 2,5.

[Danielle Gomes · Rating 3 out of 5]

esse audiobook foi interessante, pois nos faz refletir sobre a perda e a dor de deixar de viver o que poderíamos ter vivido com a pessoa que perdemos. Já passei por um luto e não é fácil conviver com ele e sobretudo a perda de momentos desejáveis. 3,5!

[João Araújo · Rating 4 out of 5]

ler isso hoje, quase um ano depois de perder minha mãe, é de certa forma um conforto
saber que não estou sozinho
ver pedaços meus estampados aqui por outra pessoa
dói e machuca
mas ajuda a curar, e a cura faz parte, é necessária

[Vicky Conde · Rating 3 out of 5]

3.5

O livro é curto e fala justamente sobre os sentimentos do autor com relação a perda de sua mãe quando ele ainda era criança, assim como as consequências disso.

Acredito que os textos (poemas, cartas etc) em si não sejam nada fora do comum, mas ao mesmo tempo falam muito sobre o buraco que fica quando perdemos alguém tão próximo e não sabemos lidar. De certa forma, pensei muito na minha avó, e pensei em como minha mãe deve sentir coisas parecidas (mesmo que minha avó tenha morrido com 95 e minha mãe já seja idosa também, diferente do caso do autor).

O luto, a dor de perder alguém (principalmente a mãe), as saudades... são todas coisas e sentimentos pessoais demais para queremos compartilhar e entender ou sentir de forma igual. O que podemos é achar a equivalência daquilo em nossas vidas, caso exista. Mas isso é muito difícil, mesmo com esforço, porque somos muito diferentes, e temos mães diferentes, e relações muito diferentes com elas. Perder uma mãe é algo tão único e específico, que imagino que a única outra pessoa que talvez entenda esses textos seja o irmão do autor.

Ainda assim, o café que ele tanto menciona, para minha mãe, talvez fosse um café com leite ou um bolo de laranja, ou um pudim de leite. Pensando na minha avó, não lembro de comida de primeira, eu lembro do cheirinho dela e do cabelo escuro que ela tinha até os 95 anos. Lembro da risada. Mesmo depois de quase 3 anos, lembro da voz dela falando coisas bem específicas (meu nome, o nome de todo mundo, o nome da cachorra dela, "come mais um pouquinho, minha filha" etc).

É tudo muito individual. Por isso também é difícil se identificar com os textos. Mas são bonitos porque dá pra sentir o que Felipe quis dizer, a sua sensação de dúvida, suas ansiedades e tristezas (entre outros sentimentos) com o espaço que deveria ser preenchido pela mãe, mas não era.

[Ana Luiza Ambrozin · Rating 5 out of 5]

“Você me ensinou de tudo, menos a viver sem você”

Poucas coisas me tocam tanto quanto a perda de uma mãe. Me senti bastante orgulhosa de ler esse título e ao invés de uma onda de medo me tocar, mandei mensagem pra mim mãe, e falei o quanto a amo.

Sabe…quanta coragem é necessária para revelar os mais profundos pensamentos referentes a uma perda? Quanta saudade cada em nós? Quão justo e possível é um filho viver sem a mãe? Gostaria de nunca saber.

[Catarine Calijuri · Rating 5 out of 5]

Chorei copiosamente porque era como se recebesse um abraço. Quanta coisa me identifiquei… quantas conversas dentro desse livro, gostaria de ter tido com a minha mãe.
É um livro lindo, curto, profundo.

[Rodrigo Ramos · Rating 2 out of 5]

Criei uma grande expectativa sobre o conteúdo do livro mas, infelizmente, não me tocou em nenhum momento.

Além disso, a edição Kindle é bem esquisita e desconfortável para ler seja pelo tamanho das letras ou seja pela disposição dos capítulos.

[Victor Sena · Rating 1 out of 5]

Não gostei kkkk acho que por não me identificar

[Tata, la Bruja · Rating 3 out of 5]

Intenso.

[Anne Rachel · Rating 4 out of 5]

Não vou elaborar muito, mas esse livro me deu muitos gatilhos e, ao mesmo tempo, gostei de como o autor colocou em palavras tudo o que senti e ainda sinto.

[Cayo Silva · Rating 3 out of 5]

Um livro curtinho, que em alguns momentos parece até um diário ou um caderninho de confissões, tamanho o tom íntimo e confessional com que Felipe Brandão compartilha sua história.

O autor nos convida a mergulhar em memórias profundamente pessoais, explorando os laços familiares, os desajustes no relacionamento com o pai e, principalmente, a dor da perda precoce da mãe. Com uma escrita sensível, ele nos conduz por lembranças que revelam tanto ausências quanto afetos silenciosos.

É impossível não se comover . O livro nos faz refletir sobre a importância de valorizar as pessoas queridas enquanto ainda estão por perto.

[Eduardo Jackson · Rating 3 out of 5]

Quase uma autobiografia pautada praticamente no luto da mãe. Leitura rápida e me serviu para contemplar memórias com a minha mãe.