Um exercício muito elementar de psicologia, que não deve ser honrado com o nome de psicanálise, mostrou-me, ao examinar meu caderno de notas, que o esboço do professor zangado fora feito com raiva. A raiva se apossara de meu lápis, enquanto eu sonhava. Mas o que estaria a raiva fazendo ali? Interesse, confusão, divertimento, tédio — todas essas emoções eu conseguia rastrear e nomear à medida que se sucederam por toda a manhã. Teria a raiva, a serpente escura, estado emboscada entre elas? Sim, dizia o esboço, tinha.

