A Cabeça do Santo
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Read between February 12 - March 5, 2025
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Madeinusa acreditou mesmo no recado, porque segundos antes daquele doido aparecer, ela estava justamente procurando o que iria dizer quando entrasse no consultório, já que não tinha dor nenhuma além da paixão consumindo sua vida. Isso tudo foi tão rápido, tão agoniado, tudo falado assim às pressas, enquanto os dois andavam, que não deu tempo de pensar. Francisco chegou cedo ao posto de saúde e pegou o primeiro lugar na fila. Madeinusa demorou, logo umas oito pessoas já estavam no posto e ela ficou no final da fila, coberta de visível angústia. Era bonita, Madeinusa, sempre foi. Seu pai falava ...more
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Era tudo tão lindo que nem coube nos seus pequenos sonhos. Ela precisou aprender a sonhar mais.
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A Voz falava de saudade e ele pensava em Mariinha — mas sem tristeza, porque nem toda saudade é triste.
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— História de antigamente é assim que já foram há muito tempo? — Sim, filho. — Então antigamente é um tempo, avó? — Antigamente é um lugar. — Um lugar assim longe? — Um lugar assim dentro.
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A consciência da solidão doía mais que qualquer outra dor.
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Final, final mesmo, Samuel, é só quando eu baixar teu caixão na cova. Ainda dá tempo. — Tu sonha muito, Chico. — Foi a morte que me ensinou. O tempo de sonhar é em cima da terra.
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