Às vezes tinha uma gripe. Ficava contente, porque achava a gripe uma doença mais nobre do que suas costumeiras indigestões. Tirava a temperatura: estava com trinta e sete e quatro. — Sabe que estou doente? — dizia contente a meu pai. — Estou com trinta e sete e quatro! — Trinta e sete e quatro? É pouco! — dizia meu pai. — Eu vou ao laboratório até com trinta e nove! Minha mãe dizia: — Vamos esperar até a noite! — Mas não esperava a noite, tirava a temperatura a toda hora. — Sempre trinta e sete e quatro! No entanto, estou me sentindo mal!

