Entre os economistas franceses, Fredéric Bastiat merece ocupar um lugar de destaque. Sua obra completa se compõe de sete volumes. Reunimos aqui alguns textos que, às vezes com humor, às vezes com rigor, desenvolvem as ideias às quais Bastiat consagrou toda a sua existência.
Um princípio domina toda sua obra: A lei deve proteger a personalidade, a liberdade e a propriedade de cada um. Infelizmente, ela pode ser pervertida e posta a serviço de interesses particulares, tornando-se, então, um instrumento de espoliação. É desta forma que Fredéric Bastiat analisa o funcionamento do estado, esta "grande ficção através da qual todo mundo se esforça para viver às custas de todo mundo".
Para ele, protecionismo, intervencionismo e socialismo são as três forças de perversão da lei. A leitura destes textos mostra que as ideias de um dos defensores mais contundentes do liberalismo clássico guardaram até hoje sua atualidade e sua pertinência.
Claude Frédéric Bastiat (29 June 1801 – 24 December 1850) was a French classical liberal theorist, political economist, and member of the French assembly.
ALGUNS DOS ENSAIOS mais importantes de Bastiat sobre economia política — escritos em estilo bem humorado e didático — que impressionam por terem sido produzidos há mais de 160 anos.
No clássico "O Que Se Vê E O Que Não Se Vê", o autor revela os efeitos negativos e nocivos de ações governamentais aparentemente positivas. Em "O Estado", Bastiat busca por uma definição para o termo título e acaba por encontrar aquela que acabou se tornando uma de suas citações mais famosas. Em "Petição" ele simula uma divertida demanda de fabricantes de materiais de iluminação contra um concorrente desleal e poderoso: o sol.
O texto principal, que dá nome ao livro, é muito bom, embora o caráter quase panfletário torne-o às vezes um pouco pueril em suas repetições provavelmente intencionais, para fins talvez de promoção do seu pensamento. Os demais textos que compõem o livro oscilam entre o muito bom e o chatíssimo (como a petição dos fabricantes, interessante a priori, mas maçante demais).
O autor me pareceu obcecado com o estado e o protecionismo. Desconsidera que a riqueza não é gerada apenas com trabalho; desconsidera o papel da especulação e a primazia do autoaabastecimento. De toda forma, tem um bom enfoque no uso racional dos recursos no que riz respeito ao Estado.