O momento em que perdemos é para mim muito claro

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Imagino que os jornais de hoje estejam cheios de manifestações de enfado. “Que chato foi o Portugal-Espanha…”, sugerirão. Totalmente em desacordo. A bola pode não chegar uma só vez à baliza e, ainda assim, tratar-se de um grande jogo. Pois foi isso, precisamente, o que a meia-final de ontem foi. Arriscámos menos do que poderíamos ter arriscado? Talvez. Poderíamos ter tido outro movimento no ataque se, perante a ausência de Postiga, tivesse jogado Nelson Oliveira (ou pelo menos entrado mais cedo)? É provável. Facto: a Espanha temeu Portugal. Corrijo: Portugal fez-se temer perante o campeão europeu e mundial. O jogo foi entre iguais, sem uma equipa por cima da outra (para usar uma expressão da moda). Teria de ser decidido num instante, ou num pormenor (para usar outra). E foi: foi decidido no instante em que a moeda caiu no chão e ficou definido que a Espanha seria a primeira a marcar no desempate dos penáltis. Pois perdemos. O que até pode fazer quase toda a diferença, sim. Mas não toda. E o espaço entre uma coisa e outra é o espaço onde reside o meu orgulho. Viva Portugal./O JOGO

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Published on June 28, 2012 00:47
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