Vulnerável

Não acredito no que quero

mas sim no que me acontece

pois caminhei muito

e não cheguei a lugar algum

Agora, decidi parar

e contemplar a frustração


Tenho sentido tanta culpa

que minhas mãos chegam a tremer

elas não seguram nada

estão fracas e ásperas


Não sei quando falarei nomes

sem me emocionar

e se ainda estou dolorido

porque meus olhos recusam a luz


Querem de mim o que desaprendi

e a razão é indiscreta

torce meus pensamentos

exigindo espaço desocupado


Deixei de tentar

pois a insistência é ataque

pra quem precisa de defesa

e só se defende o que está vulnerável

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Published on February 29, 2020 06:21
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Igor Marcondes
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