Deana Barroqueiro's Blog: Author's Central Page, page 44

February 14, 2014

Crítica no Goodreads ao Corsário dos Sete Mares

Samuel Viana's review 
Feb 13, 14
4 of 5 stars
Read from October 12, 2013 to February 13, 2014Samuel Viana
Recomendo este livro a quem não tenha vontade de "enfrentar" o original quinhentista. O cuidado e a atenção da autora com o detalhe é notável, dada a preocupação em usar muitas palavras nativas, assim como muitos termos da gíria dos marinheiros. Dei por mim muitas vezes a ter de recorrer ao dicionário porque palavras como "fusta" não me são nada familiares.

Gostei particularmente do capítulo sobre o Japão, e que tem muito destaque na história daquele país, dado ter sido o primeiro contacto dos japoneses com os europeus.

Lamento é a autora não ter desenvolvido mais a relação entre o protagonista principal e Francisco Xavier, porque me parece que, daquilo que eu conheço do original, na qual o missionário espanhol teve uma grande influência na parte final da Peregrinação, relativamente à decisão de Fernão Mendes Pinto chegar a querer entrar para a ordem de Jesus.

Fiquei com vontade de experimentar os restantes livros da autora.
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Published on February 14, 2014 05:13

February 13, 2014

Escola Portuguesa recebeu 8,9 milhões de patacas

 Exif_JPEG_PICTUREO Governo de Macau, através da Fundação Macau (FM), contribuiu no corrente ano lectivo em 8,9 milhões de patacas para as despesas de funcionamento da Escola Portuguesa de Macau. O valor, ontem divulgado na lista de apoios da FM relativa ao quarto trimestre do ano passado, enquadra-se no acordo entre RAEM e Portugal mediante o qual a região garantiu financiamento do estabelecimento de ensino tutelado por Lisboa até 2017.Nos últimos quatro anos lectivos, e após a saída da Fundação Oriente (FO) do quadro dos comparticipantes da fundação responsável pela escola, a FM já despendeu 35,1 milhões de patacas com a Escola Portuguesa de Macau, numa média de financiamento anual de 8,77 milhões de patacas. A escola tem um orçamento anual de 30 milhões de patacas, garantido com o pagamento de propinas e contribuições dos governos português e de Macau.
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Published on February 13, 2014 10:56

“Febre” mostra 15 artistas locais em Lisboa

Abre hoje em Lisboa “Febre”. A exposição mostra no Museu Oriente a arte que se faz hoje em Macau.Cláudia Aranda, Ponto Final, Fevereiro 13, 2014 ann Hoi afa oriente







Quinze artistas de Macau e 66 obras vão estar em exposição a partir de hoje no Museu Oriente, em Lisboa, numa mostra intitulada “Febre”, co-organizada pela Art for All (AFA) e Fundação Oriente, com apoio da Fundação Macau, para celebrar os 15 anos da transferência de soberania de Macau.A arte em Macau vive hoje um “grande dinamismo”. “Diria que é uma fase em que há muito sangue novo, há mais exposições a acontecer, as próprias instituições estão a apostar mais, tanto em artistas locais como em arte contemporânea, há mais espaços expositivos, tudo isso em conjunto acaba por ser muito diferente da imagem de há 15 anos”, explica o comissário da exposição, José Drummond, da AFA.Esta vitalidade está muito relacionada com o boom económico que se vive em Macau, na opinião do artista e presidente da AFA, James Chu. “A nova geração tem os pais que a apoiam e há mais oportunidades de estudar fora”.Em vez de uma mostra retrospectiva sobre os 15 anos, José Drummond preferiu dar visibilidade aos artistas jovens, abaixo dos 45 anos, e “mostrar algo mais fresco”. “A ideia foi encontrar nomes revelados recentemente e que tivessem consistência no seu trabalho”, acrescenta.José Drummond destaca, entre os mais jovens, o trabalho de Ann Hoi, “que é um nome a seguir num futuro muito próximo”. Ann Hoi faz esculturas em papel. “Nós associamos sempre a escultura a matérias nobres como a pedra, a madeira e não se considera que o papel seja um material nobre. Nesse sentido há aqui um desafio em relação ao limite do que pode ser entendido por escultura e há também uma fragilidade que não é associada à prática escultórica, o que torna o trabalho muito interessante”, explica.Para Ann Hoi, estar em Lisboa é a segunda oportunidade, depois de Nova Iorque, de expor o seu trabalho. “Estou a aprender com a beleza da arquitectura portuguesa, o planeamento urbano, a música, as inspirações podem surgir de todos este estímulos”, diz a artista.Para Drummond, viajar, “é sempre importante, porque Macau é tão pequeno e vive sempre dentro da sua bolha, isso também acaba por se reflectir no meio artístico e no trabalho que se faz. É importante que se consiga criar a possibilidade dos artistas viajarem e que convivam com outras realidades. Essa é parte da razão dos artistas virem [a Lisboa], pela possibilidade de irem ao Centro Cultural de Belém, fazerem o percurso das galerias lisboetas e de estarem em contacto com uma realidade diferente da de Macau”.
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Published on February 13, 2014 10:52

February 12, 2014

Em mim ninguém manda (nem a protecção civil)

por Catarina Fonseca, em 10.02.14A mim o que mais me espanta nisto tudo da tempestade e das ondas e dos granizos é a quantidade de gente que se aproxima para ver de perto a morte.Eu se visse uma onda do tamanho de um prédio de 30 andares rolar na minha direção a gritar e a abanar os braços, podem crer que não ficava lá para registar o fenómeno para a posteridade.

Mas os bravos portugueses ficam. Ninguém arreda pé. A proteção civil manda ficar em casa e nós pimba. Mar. Praia. Se nos mandassem ir para a praia, ficávamos no Facebook embrulhados em mantas, pálidos que nem bonecos de neve, a protestar ‘olha agora querem que eu vá para a praia! Fazer exercício, dizem eles. Apanhar sol, dizem eles. Ver as ondas, dizem eles. Olha agora não vou. Em mim ninguém manda e daqui ninguém me tira’.
Bem, então todos os dias há um vídeo amador com o título ‘onda gigante’ filmada, obviamente, por um humano com qualquer tipo de câmara.
As ondas inglesas são filmadas de longe. Mesmo quando são mais ou menos ao perto, não se vê um ser humano na tempestade.

Nós não. Está lá tudo. Há ondas que devem ter mais participação que uma manif. Todos os dias, lá aparece mais uma foto ou um vídeo amador de ‘onda gigante’. E na dita foto costuma estar não apenas o dito humano autor da dita como um aglomerado de outros humanos, incluindo crianças, que vieram ver o fenómeno.
Dizem-me que depende do ângulo. Que não estão assim tão perto. Espero bem que não. Noutras, vê-se que estão mesmo em cima do acontecimento. 

Hoje em dia, a malta não se importa nada de morrer. Quer é morrer na glória de ter tido bués likes no Facebook ou de ter visto a sua foto/video nos sites dos jornais.Sei lá. Talvez seja isto que fez de nós Descobridores. Enquanto os outros bazavam barco fora, a malta agarrava-se ao mastro e gritava ‘Ó Manel Zé, aguenta-te à bronca que vem lá uma onda fantástica para postar no Instagram!’

Ou se calhar, ser estúpido também faz parte de ser humano. Se calhar precisamos de adrenalina para nos sentirmos vivos. O pior é quando morremos porque precisámos de nos sentir vivos. Mas pronto. Isso já é outra história.

De uma maneira ou de outra, cuidado com a adrenalina. Como todas as drogas, faz-vos mal. Quando for para ficar em casa, por favor fiquem em casa.
As pessoas que eu amo, pelo menos. As outras podem fazer o que quiserem. 
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Published on February 12, 2014 17:53

February 11, 2014

Descobertas pegadas humanas com 800 mil anos

por Diana Rebelo, com BBC07 fevereiro 2014
Descobertas pegadas humanas com 800 mil anosOs cientistas encontraram, pela primeira vez, pegadas humanas pré-históricas fora de África, na costa de Nortfolk, leste de Inglaterra. A descoberta é importante para identificar os primeiros seres humanos no Norte da Europa.

À BBC, Nick Ashton, do Museu Britânico, disse que as pegadas são "uma das descobertas mais importantes, se não a mais importante, feita nas praias da Grã-Bretanha", para além disso, irão "reescrever a nossa compreensão da ocupação humana no início da Grã-Bretanha e também da Europa".Em maio do ano passado, a maré baixa, depois de uma temporada de forte agitação marítima, acabou por revelar as saliências identificadas, após a análise dos investigadores, como pegadas humanas."No início, não tínhamos a certeza do que estavámos a ver, mas depois ficou claro que as cavidades se assemelhavam a pegadas", relatou Ashton à BBC.As pegadas foram lavadas e a equipa analisou-as em 3D. Ao ver as imagens, Isabelle De Groote, da Universidade John Moores de Liverpool, confirmou que as cavidades eram, de facto, pegadas humanas. Possivelmente, de acordo com a análise, serão de cinco pessoas, um adulto (que calçaria o número 42) e algumas crianças.Embora não se possa, pelo menos para já, confirmar-se a espécie exata destes seres, os investigadores acreditam tratar-se de um antecessor do Homo que, outros estudos, confirmam ter vivido no sul da Europa. A espécie deverá ter passado para o Reino Unido através de uma faixa de terra que há um milhão de anos o ligava ao resto da Europa.O processo de investigação foi filmado e o resultado será exibido numa exposição no Museu de História Natural de Londres, no final do presente mês.
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Published on February 11, 2014 04:59

February 10, 2014

O Mao do Atlético

atléticoÉ o primeiro chinês a comprar um clube profissional em Portugal. Quer valorizar os jogadores chineses.
João Paulo MenesesUm cidadão chinês comprou em meados do ano passado 70 por cento da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Atlético Clube de Portugal, um histórico do futebol português, que se encontrava em pré-falência. O negócio foi concretizado no final do ano.Eric Mao tem previsto deslocar-se a Lisboa por esta altura para reunir-se com o presidente da SAD, o seu amigo Nelo Vingada, e trazer mais dinheiro, para fazer face a despesas que vencem proximamente, já que o Atlético corria o risco de fechar.Com poucas ou nenhumas receitas, e muitas dívidas, Eric Mao gastará pelo menos um milhão de euros por ano na SAD do Atlético, enquanto não começar a obter dividendos do investimento.Eric Mao, ligado ao negócio do futebol na China, pretende fazer do Atlético uma montra para valorizar jogadores, muitos deles chineses. O plano passa por trazer para o clube jogadores chineses que se valorizem no futebol europeu e depois voltem à China com passes mais caros.Essa fase ainda está um pouco distante, porque os responsáveis estão mais preocupados em garantir a manutenção do clube na 2ª liga (profissional), o que não será fácil face ao lugar que ocupam nesta altura (última posição).Só depois de estabilizar desportiva e financeiramente a SAD é que Eric Mao poderá lançar o seu plano de dinamização do Atlético, o 12º clube com mais participações na primeira divisão, mas que nos últimos anos tem andado em profunda crise.Para isso conta, pelo menos parcialmente, com Nelo Vingada – um dos mais experientes treinadores portugueses.Vingada treinou o Dalian Shide, da primeira divisão chinesa, mas o presidente desse clube foi preso e o Shide extinto. Eric Mao está a ajudar Nelo Vingada, sobretudo a nível jurídico, a recuperar algum do dinheiro que não recebeu em Dalian e foi nessa altura que se estabeleceu a ponte para a compra dos 70 por cento da SAD do Atlético, um clube a que Vingada sempre esteve ligado, como jogador e treinador (na década de 1970).Em troca dessa ajuda na China, Vingada aceitou ser presidente da SAD, embora já tenha dito que quer continuar a ser treinador e que poderá abandonar funções em breve, para voltar a emigrar. Moreira, um jogador que esteve na China e foi internacional por Portugal, e também conhecido de Eric Mao, será o substituto. Entretanto, e para ajudar o Atlético a recuperar na tabela classificativa, Moreira (35 anos) voltou a jogar, depois de já ter anunciado o fim da carreira.Numa recente entrevista ao jornal Record, Nelo Vingada explicava que “qualquer jogador chinês que passe por um clube estrangeiro passa a ter mais valor e terá uma recepção melhor no mercado”. E é essa a aposta principal de Eric Mao.O que se sabe deste empresário é que está ligado ao negócio do futebol, tem 34 anos e “um grande poder financeiro”, segundo Vingada. Mao será proprietário de um clube na segunda divisão chinesa (o Beijing Glory Football Club, treinado pelo luso-guineense José Tavares) e, tal como aconteceu em Portugal, terá uma parceria com um clube na Letónia, através da sua empresa Anping Football Clube Limited, que será também a proprietária dos 70 por cento da SAD do Atlético. Do Beijing Glory FC não se conseguiu saber mais. A Anping tem sede em Hong Kong, mas a referência, que surgiu na imprensa portuguesa, a negócios em Macau não foi confirmada por este jornal.Licenciado em história pela Universidade Chinesa de Renmin, Mao (que aparece também como Mao Xiaodong) foi jornalista (trabalhou no canal Beijing News), sempre ligado ao futebol.Daí passou para agente FIFA e para várias áreas ligadas ao futebol.O PONTO FINAL dirigiu algumas perguntas ao empresário, mas sem sucesso.
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Published on February 10, 2014 10:08

February 9, 2014

Os Jogos Olímpicos de Inverno e os Jogos da Lusofonia em Goa

A propósito das insuficientes notícias e transmissões, por parte dos nossos Media, dos Jogos Olímpicos de Inverno na Rússia, recordo com tristeza a total ausência de interesse pela 3ª edição dos Jogos da Lusofonia, que decorreu entre 18 e 29 de Janeiro de 2014, em Goa, Índia.

Tanto os nossos governantes (que deveriam ser dos mais interessados em promover e fortalecer as relações  de Portugal com os restantes países da Lusofonia) como os  vários meios de comunicação (nomeadamente os jornais e as televisões) ignoraram quase por completo este extraordinário evento, ., que teve lugar num  país e numa particular região que fazem parte da nossa História há mais de cinco séculos.

Assim, em constante crise e, perante a intransigência dos mercados e inoperância da Comunidade Europeia, seria do maior interesse para Portugal e o seu futuro, procurar manter vivas essas relações comerciais, culturais e de entreajuda com os países da Lusofonia, uma colaboração assente sobretudo numa Língua comum, herança dos primeiros portugueses que os visitaram e neles criaram raízes e  deixaram marcas, afinidades e tradições.

Será talvez graças a esse subestrato, essa memória colectiva, que a mascote dos Jogos da Lusofonia 2014, o JOJO, se parece tanto com o nosso galo de Barcelos? Onde o nosso sucesso foi enorme e  pela primeira vez a União Indiana permitiu que o nosso Hino fosse ali tocado, pela primeira vez após a nossa partida, fazendo imensos Goeses chorar de emoção ao ouvi-lo.

 Participantes:

Angola, Brasil, Cabo Verde, Timor Leste, Guiné-Bissau, Macau (SAR China), Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, e membros associados Guiné Equatorial, Goa (Índia) e Sri Lanka.
 
No final dos Jogos da Lusofonia, a Índia terminou em primeiro lugar no quadro de medalhas, com 92 medalhas, das quais 38 de ouro. Em segundo lugar ficou a delegação de Portugal, com 50 medalhas.

Medalhas 
Country Gold Silver Bronze Total India 37 27 28 92 Portugal 18 20 12 50 Macau 15 9 14 38 Sri Lanka 7 11 13 31 Angola 5 8 14 27 Mozambique 4 4 5 13 Brazil 2 1 3 6 Guinea-Bissau 2 1 0 3 Cape Verde 1 6 5 12 Sao Tome and Principe 0 1 0 1 Timor-Leste 0 0 1 1 Total 91 88 95 274
Ver mais AQUI: http://www.lusofoniagames2014.gov.in/...
 
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Published on February 09, 2014 12:54

February 8, 2014

As ilegalidades de um Governo-contra-cultura



  Um alerta de Teresa Rita Lopes, professora universitária e poetisa85 obras de arte do pintor catalão Joan Miró vão a leilão na terça e quarta-feira em Londres
É importante continuarmos atentos ao desenrolar do caso dos quadros de Miró. Ouvi ontem à noite as declarações daquela estranha criatura que dá a cara como Secretário da Cultura (que fica mal representada! Não acho bem achincalhar alguém pelo rosto que Deus - ou o Diabo – lhe deu, mas a verdade é que há gente que merece mesmo a cara que tem, não sei se de pau se de que outro qualquer inexpressivo material.) 
Está provado e declarado (até pelo Ministério Público) que os quadros saíram clandestinamente de Portugal, em Mala Diplomática – sabe-se lá que outros valores assim saem do país! Honra seja feita às sentinelas vigilantes da Cultura que denunciaram a falcatrua: sobretudo a Gabriela Canavilhas  que deu, ontem à noite, a (bela!) cara , num debate televisivo com a representante do Governo, que usava o argumento que continuam a brandir, todos com o mesmo adjectivo: a cultura não é para eles, PRIORITÁRIA!  E os quadros do Miro também não! 
Hoje, na AR, repetiram-no à exaustão! Até comentadores da sua cor política comentaram ontem na TV a importância da incorporação desses quadros no nosso cabedal cultural – museológico e até turístico! Já que estamos destinados a viver do turismo ( desde a entrada para a U.E., em que nos destruíram a agricultura, pescas e outros meios de subsistência) , desenvolvamos o turismo cultural, associado ao do Sol! (É claro que se o Governo pudesse também  reduziria o Sol a patacos, como não “prioritário”!) Esses 85 quadros são o maior testemunho da arte de um importante pintor ibérico da Modernidade, cobrindo as sucessivas fases da sua criação artística.  Nem o museu que, em Barcelona, recolhe a sua obra dispõe de tal tesouro. O Secretário da Cultura e adjacentes passam a si próprios, por actos e palavras, um explícito atestado da sua escandalosa incultura.
Estas atitudes vêm de trás: também disseram os dessa cor política que as gravuras de Foz Côa eram rabiscos de caçadores, para levarem por diante os seus negócios. Uma historieta: no ano do centenário do nascimento de Pessoa, 1988,  bati-me, com o meu grupo pessoano, para que na casa em que nasceu fosse instalado um Museu Modernista (para pôr espólios vários, não só o de Pessoa mas também o que consegui que o Banco Totta adquirisse num leilão, o do companheiro de lides José Pacheco, director da revista CONTEMPORÂNEA – agora, inactivo, no Centro Nacional de Cultura). 
Assistimos, numa das nossas visitas a esse sítio, à abordagem de um casal estrangeiro ao polícia de giro, perguntando-lhe qual era a casa de Pessoa. O homem, que tinha a tal elementar instrução salazarista para que os actuais governantes nos querem fazer regressar, franziu a cara, puxou pelos seus escassos conhecimentos, e informou: “Mas olhe que eu acho que esse gajo já morreu há uma data de tempo…!”
A verdade é que o Pessoa é, hoje, fora de portas, quase tão conhecido, pelas criações da  sua cabeça como o Ronaldo, pela habilidade dos seus pés! ( e as criações dessa parte nobre do corpo são mais duráveis que os pontapés!) E que já há muita gente a vir conhecer Lisboa por ser a cidade de Pessoa – como outros, Praga, por ser a de Kafka!Até já há gente a ir a Tavira por ser a cidade natal de Álvaro de Campos! O que chamo turismo cultural é isto.
Teresa Rita Lopes
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Published on February 08, 2014 04:42

February 6, 2014

No jardim do bem e do mal

Apesar de se referir a Macau, este adivinho chinês do templo de Nwua parece estar a falar de Portugal.
O Governo vai galopar em confusão e lutas internas com o Cavalo. Há cinco flores a desabrochar. Sónia NunesHá vezes em que no mais recatado dos lugares ouvimos as mais agitadoras revelações. Esta é uma dessas vezes. O futuro chegou como se fosse um tiro, rápido, directo e com consequências ainda por estimar. “‘Wah! Ma fan’”, diz o adivinho em cantonense, quando deita o primeiro olhar ao ‘tsim man’, o papel que decifra o destino que nos calhou. Fizemos uma pergunta: que sorte reserva o Ano do Cavalo para o Executivo e os cinco secretários? ‘Ma fan’, repete o adivinho, que antecipa meses de grande confusão, diferenças irreconciliáveis e muita competição ou não fosse também este o ano em que será formado um novo Governo.Quem fica? Quem sai? Chan Kam Cheok, o adivinho que toma conta do templo de Nuwa, no arranque da Rua das Estalagens para quem vem da Rua de São Paulo, não quer responder. Pelo menos, não de forma directa. Fala através de alegorias. “Há cinco flores que desabrocham ao mesmo tempo”, diz. E lá confirma que podemos estar a falar das cinco secretarias do Governo. A imagem remete, no entanto, mais para um ambiente de concorrência do que para uma bem-aventurada Primavera. “Quando as flores nascem todas ao mesmo tempo é difícil ver o que é cada uma. Temos apenas uma ideia geral, do todo”, explica.Chan Kam Cheok está a interpretar o papel trazido pelo pauzinho da sorte, o primeiro a cair do cilindro de madeira, que agitamos de joelhos em frente à deusa Nuwa, que criou a humanidade e mantém a parede que separa o Céu da Terra. Antes de se avançar com as perguntas é preciso primeiro render três vénias com três pauzinhos de incenso na mão aos deuses e saber se estão disponíveis para responder. Nuwa estava.As cinco flores referidas no ‘tsim man’, prossegue o adivinho, não são da mesma espécie, nem da mesma época. Há duas que foram plantadas juntas e ao mesmo tempo, apesar de uma ser uma flor de damasco japonês e outra de pinheiro. São mais antigas e não se dão com as que aí vêm. A saber: flor de pêssego, de ameixa chinesa e de damasco. Há aqui um confronto. “Estas flores não podem ser plantadas ao mesmo tempo, mas vão florescer ao mesmo tempo”, avisa Chan Kam Cheok.O dinheiro resolveSerá exagerado presumir que as “três flores” semeadas mais tarde representam três novos secretários no Governo. O ambiente é de tensão, há rivalidades, conflitos e muita competição, mas mais na primeira parte do ano. Entre Julho e Agosto a situação deverá acalmar.“Será a melhor altura do ano”, diz o adivinho. Foi nesta época, esclarece, que os três guerreiros Liu Bei, Guan Yu e Zhang Fei, as figuras históricas presentes no nosso ‘tsim man’, se tornaram irmãos de sangue. São um símbolo da lealdade fraternal e de união. Será também por esta altura que o Chui Sai On deverá confirmar a reeleição como Chefe do Executivo.A solução para ultrapassar os conflitos dentro do Governo, indica-nos o oráculo, é já uma das marcas do actual mandato do Chefe do Executivo: “Gastar mais dinheiro”, aconselha o adivinho, que se queixa da falta de subsídios para manter o templo de Nuwa, que conta já com 126 anos. Foi construído durante o reinado do imperador Guangxu da dinastia Qing.A ideia de “gastar mais dinheiro” pode ser lido com um maior investimento na cidade, já que a segunda parte da solução é fazer com que toda a gente conheça Macau – pela prosperidade económica, no melhor sentido da expressão. A combinação das duas ideias fará com a Primavera volte a ser o melhor de todos os tempos e que “não haja outras flores a concorrer com as que já existem”. A alegoria pode também remeter para uma estratégia de afirmação de Macau como uma cidade única no mundo ou, pelo menos, “diferente das outras”. * Com Iris Lei, Ponto Final, 5 de Fevereiro
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Published on February 06, 2014 18:29

Parada de ano novo em Macau

Parada de ano novo repete-se sábado


Macau para celebrar Ano Novo   A entrada no Ano Novo Lunar foi celebrada em Macau com centenas de pessoas nas ruas. 

 Mais de mil artistas desfilaram no domingo para celebrar a chegada do Ano Lunar do Cavalo. Esta parada repete-se dia 8 de fevereiro, no nono dia do Ano Novo. Na segunda-feira a população saiu à rua para ver passar o dragão dourado de 238 metros de comprimento.

No domingo, entre o Centro de Ciência e a Torre de Macau, num percurso de cerca de um quilómetro, artistas dos grupos locais e do exterior, entre os quais 45 elementos da Marcha de Alfama, abrilhantaram a noite da cidade, inundada de turistas. 

A parada terminou na Torre de Macau com um espectáculo de fogo-de-artifício e um concerto de artistas locais, ao som dos panchões – cartuchos de pólvora semelhantes às bombas de carnaval, mas mais potentes e maiores – que eram queimados numa zona anexa pela população que cumpre rituais de ano novo.

A atracção da parada de 2014, intitulada “Celebrar a Alegria e Abundância do Ano do Cavalo”, prende-se também com cinco viagens a Portugal a sortear entre o público que votar no grupo vencedor e outras três a atribuir a fotógrafos profissionais e amadores que sejam escolhidos pela melhor fotografia. Os resultados das actuações serão conhecidos apenas na terça-feira, dado que a votação decorre até à meia-noite de Sexta-feira.

 Na segunda-feira, as celebrações ficaram marcadas pela passagem do dragão gigante e dos leões no percurso entre as Ruínas de São Paulo e o Largo do Senado. Aqui, decorreu a queima de panchões e o Deus da Fortuna, auxiliado por dirigentes do Turismo, distribuíram lai-sis, envelopes vermelhos com dinheiro, neste caso uma moeda de 10 avos (um cêntimo) como sinal de boa sorte.

Ponto Final, 5 de Fevereiro

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Published on February 06, 2014 18:09