Deana Barroqueiro's Blog: Author's Central Page, page 40
June 19, 2014
Last Week Tonight with John Oliver (HBO): FIFA and the World Cup
John Oliver explain sarcastically, to the Americans, by knowing information about FIFA, how this grey organization produces the World Cup, that helps to ruin a country, like Portugal or Brasil.
You MUST see this vídeo! No subtitles in Portuguese (sem legendas em Português).
You MUST see this vídeo! No subtitles in Portuguese (sem legendas em Português).
Published on June 19, 2014 03:47
June 18, 2014
Património em risco - Jornal de Angola
Os ministros da CPLP estiveram reunidos em Lisboa, na nova sede da organização, e em cima da mesa esteve de novo a questão do Acordo Ortográfico que Angola e Moçambique ainda não ratificaram. Peritos dos Estados membros vão continuar a discussão do tema na próxima reunião de Luanda. A Língua Portuguesa é património de todos os povos que a falam e neste ponto estamos todos de acordo. É pertença de angolanos, portugueses, macaenses, goeses ou brasileiros. E nenhum país tem mais direitos ou prerrogativas só porque possui mais falantes ou uma indústria editorial mais pujante.Uma velha tipografia manual em Goa pode ser tão preciosa para a Língua Portuguesa como a mais importante empresa editorial do Brasil, de Portugal ou de Angola. O importante é que todos respeitem as diferenças e que ninguém ouse impor regras só porque o difícil comércio das palavras assim o exige. Há coisas na vida que não podem ser submetidas aos negócios, por mais respeitáveis que sejam, ou às “leis do mercado”. Os afectos não são transaccionáveis. E a língua que veicula esses afectos, muito menos. Provavelmente foi por ter esta consciência que Fernando Pessoa confessou que a sua pátria era a Língua Portuguesa.
Pedro Paixão Franco, José de Fontes Pereira, Silvério Ferreira e outros intelectuais angolenses da última metade do Século XIX também juraram amor eterno à Língua Portuguesa e trataram-na em conformidade com esse sentimento nos seus textos. Os intelectuais que se seguiram, sobretudo os que lançaram o grito “Vamos Descobrir Angola”, deram-lhe uma roupagem belíssima, um ritmo singular, uma dimensão única. Eles promoveram a cultura angolana como ninguém. E o veículo utilizado foi o português. Queremos continuar esse percurso e desejamos que os outros falantes da Língua Portuguesa respeitem as nossas especificidades. Escrevemos à nossa maneira, falamos com o nosso sotaque, desintegramos as regras à medida das nossas vivências, introduzimos no discurso as palavras que bebemos no leite das nossas Línguas Nacionais. Sabemos que somos falantes de uma língua que tem o Latim como matriz. Mas mesmo na origem existiu a via erudita e a via popular. Do “português tabeliónico” aos nossos dias, milhões de seres humanos moldaram a língua em África, na Ásia, nas Américas. Intelectuais de todas as épocas cuidaram dela com o mesmo desvelo que se tratam as preciosidades.
Queremos a Língua Portuguesa que brota da gramática e da sua matriz latina. Os jornalistas da Imprensa conhecem melhor do que ninguém esta realidade: quem fala, não pensa na gramática nem quer saber de regras ou de matrizes. Quem fala quer ser compreendido. Por isso, quando fazemos uma entrevista, por razões éticas mas também técnicas, somos obrigados a fazer a conversão, o câmbio, da linguagem coloquial para a linguagem jornalística escrita. É certo que muitos se esquecem deste aspecto, mas fazem mal. Numa entrevista até é preciso levar aos destinatários particularidades da linguagem gestual do entrevistado.
Ninguém mais do que os jornalistas gostava que a Língua Portuguesa não tivesse acentos ou consoantes mudas. O nosso trabalho ficava muito facilitado se pudéssemos construir a mensagem informativa com base no português falado ou pronunciado. Mas se alguma vez isso acontecer, estamos a destruir essa preciosidade que herdámos inteira e sem mácula. Nestas coisas não pode haver facilidades e muito menos negócios. E também não podemos demagogicamente descer ao nível dos que não dominam correctamente o português.
Neste aspecto, como em tudo na vida, os que sabem mais têm o dever sagrado de passar a sua sabedoria para os que sabem menos. Nunca descer ao seu nível. Porque é batota! Na verdade nunca estarão a esse nível e vão sempre aproveitar-se social e economicamente por saberem mais. O Prémio Nobel da Literatura, Dário Fo, tem um texto fabuloso sobre este tema e que representou com a sua trupe em fábricas, escolas, ruas e praças. O que ele defende é muito simples: o patrão é patrão porque sabe mais palavras do que o operário!
Os falantes da Língua Portuguesa que sabem menos, têm de ser ajudados a saber mais. E quando souberem o suficiente vão escrever correctamente em português. Falar é outra coisa. O português falado em Angola tem características específicas e varia de província para província. Tem uma beleza única e uma riqueza inestimável para os angolanos mas também para todos os falantes. Tal como o português que é falado no Alentejo, em Salvador da Baía ou em Inhambane tem características únicas. Todos devemos preservar essas diferenças e dá-las a conhecer no espaço da CPLP. A escrita é “contaminada” pela linguagem coloquial, mas as regras gramaticais, não. Se o étimo latino impõe uma grafia, não é aceitável que através de um qualquer acordo ela seja simplesmente ignorada. Nada o justifica. Se queremos que o português seja uma língua de trabalho na ONU, devemos, antes do mais, respeitar a sua matriz e não pô-la a reboque do difícil comércio das palavras.
“Jornal de Angola“, editorial, 08.02.12
Published on June 18, 2014 06:45
June 17, 2014
Como travar o terror do Levante?
Os actos do ISIS obrigam a pensar que não basta derrotá-los no terreno, é preciso algo mais.Com Bush ironicamente de volta ao Iraque em forma de porta-aviões (o USS George H.W. Bush foi enviado pela Casa Branca para o mar Arábico, de forma a ajudar as forças iraquianas em combate) e com Tony Blair a justificar o seu passado (“Nós não causámos a crise no Iraque”), os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS) divulgaram ontem no Twitter uma série de fotografias onde são vistos a conduzir para valas e a fuzilar dezenas de homens desarmados. A confiar na sua versão, terão sido executados 1700 soldados iraquianos que descrevem como desertores, mas a BBC diz que eram soldados que, perdido o combate, se renderam aos fanáticos do ISIS. Seja isto verdade ou encenação (a versão “verdade” interessa às duas partes, ao ISIS para alardear a sua força, ao exército iraquiano para mostrar a impiedade dos adversários), não há a mínima dúvida de que o ISIS baseia a sua actividade, presente ou futura, no terror e na brutalidade mais abjecta. Fuzilar ou decapitar têm sido actos frequentes no seu avanço e agora que o mundo reparou neles com mais atenção vão tornar-se mais exibicionistas e mais perigosos. A aura de invencibilidade com que ocuparam cidades iraquianas como Tikrit ou Mossul, assim como a forma com que se insinuam no território (em parte com apoio da população sunita que a irresponsabilidade de Maliki marginalizou), obriga a pensar que não basta derrotá-los episodicamente no terreno, é preciso algo mais.É por isso que o discurso de Blair traz consigo, no entanto, algo de incómodo. Porque ao dizer que “a crise reside dentro da região, e não fora”, só confirma quão aventureira e inqualificável foi a invasão de 2003 que tão alegremente levou ao derrube de Saddam. Não porque com ele no poder o Iraque estivesse melhor (tinha o “sossego” criminoso das ditaduras), mas porque no fragor da “vitória” foi esquecido o dia seguinte. O resultado está à vista. E agora ninguém sabe como travar o terror do Levante.
Direcção Editorial do Público - 16/06/2014
Published on June 17, 2014 07:50
Mais de 350.000 emigraram desde a Troika
Mais de 350 mil pessoas decidiram emigrar desde a chegada da troika. Só no ano passado sairam do país 128 mil. Metade dos novos pensionistas do Estado pediu reforma antecipada, apesar da subida da taxa de penalização. Portugal deve apostar em África diz o presidente executivo da Mota-Engil. Construtora prepara cotação da 'sub-holding' africana na Bolsa de Londres. Estado encaixa 157 milhões de euros com saída da REN. Mais de 30% do capital da empresa está agora disperso em bolsa.
Published on June 17, 2014 03:13
Se aprender com os erros, Portugal dará uma grande resposta
Quando a Selecção Nacional perde um primeiro jogo no Mundial por indisciplina, arruacice e falta de empenho, torna-se muito difícil arranjar desculpas para uma derrota de 4-0.
Segue a análise do triste desempenho dos nossos jogadores.
É difícil extrair alguma coisa positiva do que aconteceu em Salvador. Não faz sentido procurar bodes expiatórios. Houve erros e antes de os corrigir é preciso assumi-los. por Sílvio Vieira Paulo Bento preparou os portugueses para momentos de sacrifício frente à Alemanha. O que ninguém esperava era por 90 minutos de desespero total.
Foi a Lei de Murphy no seu expoente máximo: correu mesmo mal. O momento em que Pepe perde a cabeça, mais do que o golo sofrido logo no início, foi o instante decisivo para o desastre. Faltou equilíbrio emocional aos homens de Paulo Bento. Já antes da grande penalidade, que resultou no primeiro golo dos alemães, Rui Patrício tinha cometido um erro primário ao oferecer um golo que Khedira desperdiçou. Ofegantes, não só pelo calor mas também por esse colete-de-forças mental, os jogadores portugueses pareciam esperar por Ronaldo. O melhor do mundo ainda tentou carregar a equipa, mas não havia equipa para carregar. Sinopse do filme de terror
Muller é o herói desta película. O avançado alemão marcou três golos e esteve no momento em que tudo muda, quando Pepe, vilão da história, não foi capaz de se controlar. Com o jogo ainda sem tendência clara, a Alemanha, mais organizada, chegou ao primeiro golo, através de uma grande penalidade cometida por João Pereira. Muller fez o primeiro. Meireles e Moutinho faziam parte do elenco, mas foram substituídos por duplos. Os dois médios não destruíram, não construíram e era por eles que poderia passar grande parte da reacção. A imperturbável Alemanha foi assistindo à queda da selecção nacional e aproveitou as ofertas. Hummels ganhou o duelo a Pepe, num canto, e marcou o segundo. O central português deixou-se levar pelo erro, ficou perturbado, e ainda antes do final da primeira parte deitou tudo a perder. Muller, aí está o protagonista, queixou-se de um toque e Pepe reagiu. O árbitro pode ter exagerado, mas um jogador do Real Madrid, da selecção portuguesa, um campeão europeu, não deve expor-se assim.
O gesto de Pepe pode ser um esboço de agressão, mas tem tanto de inútil como de provocatório e prejudicou, sem conserto, a equipa. A partir desse fatídico minuto 37 não havia muito mais a fazer. Ou Ronaldo vestia a capa de Super Homem, ou aconteceria o que acabou por acontecer.
O filme acaba no final dos primeiros 45 minutos. A segunda parte é, apenas, um extra para Muller. O avançado do Bayern marcou mais um e a Alemanha geriu Portugal à distância. Os azares e o árbitro
O peso dos números não foi o único problema. Além de Pepe, Portugal perde, ainda, Coentrão e Hugo Almeida, que motivaram alterações forçadas, devido a lesões.
Depois há Milorad Mazic. Não é um grande árbitro, cometeu erros, mas o sérvio não pode servir como bode expiatório para um fiasco como este.
Assumir os erros próprios pode ser um caminho interessante a seguir. Faltou chama a uma selecção sem alma, sem agressividade, vergada a uma poderosa Alemanha. Convém sublinhar que Portugal teria, mesmo, que viver momentos de sacrifício perante um sério candidato ao título.
A esperança reside na lição que Paulo Bento e os jogadores podem tirar de um pesadelo de 90 minutos. Portugal não passou a ser a pior selecção do mundo e ainda vai a tempo de despertar.
Segue a análise do triste desempenho dos nossos jogadores.
É difícil extrair alguma coisa positiva do que aconteceu em Salvador. Não faz sentido procurar bodes expiatórios. Houve erros e antes de os corrigir é preciso assumi-los. por Sílvio Vieira Paulo Bento preparou os portugueses para momentos de sacrifício frente à Alemanha. O que ninguém esperava era por 90 minutos de desespero total. Foi a Lei de Murphy no seu expoente máximo: correu mesmo mal. O momento em que Pepe perde a cabeça, mais do que o golo sofrido logo no início, foi o instante decisivo para o desastre. Faltou equilíbrio emocional aos homens de Paulo Bento. Já antes da grande penalidade, que resultou no primeiro golo dos alemães, Rui Patrício tinha cometido um erro primário ao oferecer um golo que Khedira desperdiçou. Ofegantes, não só pelo calor mas também por esse colete-de-forças mental, os jogadores portugueses pareciam esperar por Ronaldo. O melhor do mundo ainda tentou carregar a equipa, mas não havia equipa para carregar. Sinopse do filme de terror
Muller é o herói desta película. O avançado alemão marcou três golos e esteve no momento em que tudo muda, quando Pepe, vilão da história, não foi capaz de se controlar. Com o jogo ainda sem tendência clara, a Alemanha, mais organizada, chegou ao primeiro golo, através de uma grande penalidade cometida por João Pereira. Muller fez o primeiro. Meireles e Moutinho faziam parte do elenco, mas foram substituídos por duplos. Os dois médios não destruíram, não construíram e era por eles que poderia passar grande parte da reacção. A imperturbável Alemanha foi assistindo à queda da selecção nacional e aproveitou as ofertas. Hummels ganhou o duelo a Pepe, num canto, e marcou o segundo. O central português deixou-se levar pelo erro, ficou perturbado, e ainda antes do final da primeira parte deitou tudo a perder. Muller, aí está o protagonista, queixou-se de um toque e Pepe reagiu. O árbitro pode ter exagerado, mas um jogador do Real Madrid, da selecção portuguesa, um campeão europeu, não deve expor-se assim.
O gesto de Pepe pode ser um esboço de agressão, mas tem tanto de inútil como de provocatório e prejudicou, sem conserto, a equipa. A partir desse fatídico minuto 37 não havia muito mais a fazer. Ou Ronaldo vestia a capa de Super Homem, ou aconteceria o que acabou por acontecer.
O filme acaba no final dos primeiros 45 minutos. A segunda parte é, apenas, um extra para Muller. O avançado do Bayern marcou mais um e a Alemanha geriu Portugal à distância. Os azares e o árbitro
O peso dos números não foi o único problema. Além de Pepe, Portugal perde, ainda, Coentrão e Hugo Almeida, que motivaram alterações forçadas, devido a lesões.
Depois há Milorad Mazic. Não é um grande árbitro, cometeu erros, mas o sérvio não pode servir como bode expiatório para um fiasco como este.
Assumir os erros próprios pode ser um caminho interessante a seguir. Faltou chama a uma selecção sem alma, sem agressividade, vergada a uma poderosa Alemanha. Convém sublinhar que Portugal teria, mesmo, que viver momentos de sacrifício perante um sério candidato ao título.
A esperança reside na lição que Paulo Bento e os jogadores podem tirar de um pesadelo de 90 minutos. Portugal não passou a ser a pior selecção do mundo e ainda vai a tempo de despertar.
Published on June 17, 2014 03:07
June 16, 2014
Jihadistas divulgam imagens de execuções em massa de soldados iraquianos
Rita Siza, Público, 15/06/2014
Governo garante ter recuperado a iniciativa e travado o avanço dos combatentes do ISIS. Atentado no centro de Bagdad levanta dúvidas sobre a segurança na capital.
Intensificam-se os esforços para travar o avanço das forças rebeldes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS), que se instalaram no Norte do Iraque e numa rápida progressão têm vindo a conquistar terreno em direcção a Bagdad. O Exército do Iraque, apoiado por unidades de combate curdas e milícias populares xiitas, montou um cordão de segurança em torno da capital. Os Estados Unidos estacionaram o seu porta-aviões George HW Bush no Golfo Pérsico, e num gesto inédito, o Irão manifestou a sua disponibilidade para cooperar com Washington para garantir a segurança e estabilidade do Iraque.
As movimentações das tropas nacionais parecem, para já, ter surtido algum efeito no que diz respeito à protecção de Bagdad. Os extremistas do ISIS e os grupos sunitas armados que entretanto se juntaram à insurreição foram obrigados a abrandar o ritmo perante a oposição militar em redor da capital. As Forças Armadas iraquianas garantiam ontem que tinham recuperado a iniciativa contra os militantes, recuperando duas cidades a Norte da capital e “eliminando” 279 terroristas em 24 horas, informou o porta-voz do primeiro-ministro Nouri al-Maliki, numa conferência de imprensa transmitida em directo pela televisão. No entanto, um atentado no centro de Bagdad no domingo de manhã mostrava que a muralha em torno do centro político maioritariamente xiita é tudo menos inexpugnável: um bombista suicida fez-se explodir, matando nove pessoas e deixando mais de 20 feridos – e a capital em ponto de ebulição.
A 50 quilómetros de distância, na localidade de Khlais, um centro de recrutamento do Exército nacional foi atingido por quatro morteiros, que fizeram seis mortos: três soldados e três voluntários que se apresentavam para o combate contra os sunitas, respondendo ao apelo do clérigo xiita , o xeque Abdulmehdi al-Karbalai. Segundo a Reuters, o sermão da última sexta-feira motivou “milhares de xiitas” a procurar os centros do Exército para “pegar em armas e combater os terroristas, defender o seu país, o seu povo e os seus lugares sagrados”, conforme pediu o líder religioso.
Mais a Norte, entre Mossul e a fronteira síria, a violência tomou conta da cidade de Tal Afar, onde convivem xiitas e sunitas mas onde a maioria é de origem turca. Os confrontos agudizaram-se quando os residentes dos bairros sunitas recorreram ao ISIS, acusando a polícia e as forças armadas xiitas de estarem a varrer as suas áreas com fogo de artilharia. Os extremistas reagiram entrando em força na cidade e deixando as tropas nacionais, em minoria, sem reacção.
Fonte governamental disse que o Exército se viu forçado a responder de helicóptero – um avião militar iraquiano foi afastado por mísseis antiaéreos do ISIS. “A situação aqui é desastrosa. Os tiroteios são intensos e a maioria da população está feita refém dentro das suas casas, não pode abandonar a cidade. Se os combates se prolongarem vamos ter um massacre de civis”, estimou à Reuters um dirigente local.
"Este é o destino dos xiitas"
Através do Twitter, os jihadistas do ISIS divulgaram uma série de fotografias que mostram esquadrões de execução em actividade, informando que tinham executado 1700 soldados do exército iraquiano. Nas imagens, cuja autenticidade foi confirmada pelo porta-voz do Exército iraquiano, general Qassim al-Moussawi, vêem-se dezenas de homens a serem conduzidos para valas comuns onde depois terão sido fuzilados. As legendas das imagens informam que os mortos eram desertores do Exército do Iraque, que foram capturados pelos insurrectos - segundo o general al-Moussawi, as fotografias foram tiradas na província de Salahuddin, onde ocorreram violentos combates. Os mortos, diz a BBC, serão soldados que se renderam aos islamistas e não desertores.
“Este é o destino dos xiitas que [o primeiro-ministro] Nouri al-Maliki mandou combater os sunitas”, lê-se numa das legendas. Outra mensagem esclarece que a execução dos soldados iraquianos foi uma acção de retaliação e vingança pela morte do comandante extremista Abdul-Rahman al-Beilawy, que esteve envolvido na captura de Tikrit e Mossul, a segunda maior cidade do país. As duas mantêm-se sob o controlo dos extremistas.
A verificar-se, de forma independente, a sua autenticidade, este não será o único crime de guerra cometido nos últimos dias no Iraque, advertiu a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, referindo-se a relatos já confirmados de outras atrocidades.
A agência da ONU para os Refugiados, e a Organização Internacional para as Migrações, voltaram a alertar para a periclitante situação humanitária em que se encontram os mais de 500 mil iraquianos que abandonaram a cidade de Mossul e outras localidades tomadas pelo ISIS e se estão a encaminhar para a região do Curdistão. Um responsável municipal de Erbil, Rizgar Mustafa, dizia ontem à radio Voice of America que mais de 110 mil pessoas tinham procurado refúgio na cidade, e “esse número deverá aumentar nos próximos dias”.
Governo garante ter recuperado a iniciativa e travado o avanço dos combatentes do ISIS. Atentado no centro de Bagdad levanta dúvidas sobre a segurança na capital.
Intensificam-se os esforços para travar o avanço das forças rebeldes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS), que se instalaram no Norte do Iraque e numa rápida progressão têm vindo a conquistar terreno em direcção a Bagdad. O Exército do Iraque, apoiado por unidades de combate curdas e milícias populares xiitas, montou um cordão de segurança em torno da capital. Os Estados Unidos estacionaram o seu porta-aviões George HW Bush no Golfo Pérsico, e num gesto inédito, o Irão manifestou a sua disponibilidade para cooperar com Washington para garantir a segurança e estabilidade do Iraque.
As movimentações das tropas nacionais parecem, para já, ter surtido algum efeito no que diz respeito à protecção de Bagdad. Os extremistas do ISIS e os grupos sunitas armados que entretanto se juntaram à insurreição foram obrigados a abrandar o ritmo perante a oposição militar em redor da capital. As Forças Armadas iraquianas garantiam ontem que tinham recuperado a iniciativa contra os militantes, recuperando duas cidades a Norte da capital e “eliminando” 279 terroristas em 24 horas, informou o porta-voz do primeiro-ministro Nouri al-Maliki, numa conferência de imprensa transmitida em directo pela televisão. No entanto, um atentado no centro de Bagdad no domingo de manhã mostrava que a muralha em torno do centro político maioritariamente xiita é tudo menos inexpugnável: um bombista suicida fez-se explodir, matando nove pessoas e deixando mais de 20 feridos – e a capital em ponto de ebulição.
A 50 quilómetros de distância, na localidade de Khlais, um centro de recrutamento do Exército nacional foi atingido por quatro morteiros, que fizeram seis mortos: três soldados e três voluntários que se apresentavam para o combate contra os sunitas, respondendo ao apelo do clérigo xiita , o xeque Abdulmehdi al-Karbalai. Segundo a Reuters, o sermão da última sexta-feira motivou “milhares de xiitas” a procurar os centros do Exército para “pegar em armas e combater os terroristas, defender o seu país, o seu povo e os seus lugares sagrados”, conforme pediu o líder religioso.
Mais a Norte, entre Mossul e a fronteira síria, a violência tomou conta da cidade de Tal Afar, onde convivem xiitas e sunitas mas onde a maioria é de origem turca. Os confrontos agudizaram-se quando os residentes dos bairros sunitas recorreram ao ISIS, acusando a polícia e as forças armadas xiitas de estarem a varrer as suas áreas com fogo de artilharia. Os extremistas reagiram entrando em força na cidade e deixando as tropas nacionais, em minoria, sem reacção.
Fonte governamental disse que o Exército se viu forçado a responder de helicóptero – um avião militar iraquiano foi afastado por mísseis antiaéreos do ISIS. “A situação aqui é desastrosa. Os tiroteios são intensos e a maioria da população está feita refém dentro das suas casas, não pode abandonar a cidade. Se os combates se prolongarem vamos ter um massacre de civis”, estimou à Reuters um dirigente local.
"Este é o destino dos xiitas"
Através do Twitter, os jihadistas do ISIS divulgaram uma série de fotografias que mostram esquadrões de execução em actividade, informando que tinham executado 1700 soldados do exército iraquiano. Nas imagens, cuja autenticidade foi confirmada pelo porta-voz do Exército iraquiano, general Qassim al-Moussawi, vêem-se dezenas de homens a serem conduzidos para valas comuns onde depois terão sido fuzilados. As legendas das imagens informam que os mortos eram desertores do Exército do Iraque, que foram capturados pelos insurrectos - segundo o general al-Moussawi, as fotografias foram tiradas na província de Salahuddin, onde ocorreram violentos combates. Os mortos, diz a BBC, serão soldados que se renderam aos islamistas e não desertores.
“Este é o destino dos xiitas que [o primeiro-ministro] Nouri al-Maliki mandou combater os sunitas”, lê-se numa das legendas. Outra mensagem esclarece que a execução dos soldados iraquianos foi uma acção de retaliação e vingança pela morte do comandante extremista Abdul-Rahman al-Beilawy, que esteve envolvido na captura de Tikrit e Mossul, a segunda maior cidade do país. As duas mantêm-se sob o controlo dos extremistas.
A verificar-se, de forma independente, a sua autenticidade, este não será o único crime de guerra cometido nos últimos dias no Iraque, advertiu a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, referindo-se a relatos já confirmados de outras atrocidades.
A agência da ONU para os Refugiados, e a Organização Internacional para as Migrações, voltaram a alertar para a periclitante situação humanitária em que se encontram os mais de 500 mil iraquianos que abandonaram a cidade de Mossul e outras localidades tomadas pelo ISIS e se estão a encaminhar para a região do Curdistão. Um responsável municipal de Erbil, Rizgar Mustafa, dizia ontem à radio Voice of America que mais de 110 mil pessoas tinham procurado refúgio na cidade, e “esse número deverá aumentar nos próximos dias”.
Published on June 16, 2014 18:14
A colónia pernambucana
Paulo Curado, Público, 16/06/2014
"Portugal é longe?” Perguntou-me um jovem gasolineiro, com acento nordestino, num posto de abastecimento da Rodovia dos Bandeirantes, a meio caminho entre São Paulo e Campinas. Disse que sim e perguntei-lhe de onde era: “Sou do Pernambuco [Estado do Nordeste]. Aqui todo o mundo é de lá.” E com “todo o mundo” estamos a falar de aproximadamente 20 colegas de trabalho que corriam incessantemente de carro para carro. O trânsito era intenso na tarde deste sábado. “Todos? – estranhei – O patrão só gosta de gente de lá?”. Riu-se: “Que nada. É que os paulistanos não gostam muito disto. Têm de trabalhar todo o final de semana e só com um dia de folga.”
Confirmei a existência desta pequena colónia pernambucana ao pagar a conta na caixa da bomba, onde fui atendido por Marcos, natural de Caruaru, uma cidade do interior desse estado nordestino. “É português? É bonita a forma como falam, gostava de falar desse jeito. Um dia queria conhecer o Portugal. Como faz para ir lá?” Aconselhei avião ou barco. Franziu a testa como se reflectisse pela primeira vez sobre a existência de um oceano a separar os dois países. A conversa fez-me recordar uma outra, bem mais desconcertante, há alguns anos, perto de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Aqui verifiquei, pela primeira vez, a distância mental que muitos brasileiros têm acerca de Portugal, pelo menos quando o assunto é geografia.
No estacionamento de uma pequena gasolineira, um motorista de pesados estranhou o meu sotaque e perguntou-me de onde vinha. “Português? Do Portugal? Pensei que fosse argentino…” Atropelou-me com novas questões. “Portugal é perto da Europa? É bonito? Gostava de conhecer. Como faço para ir lá?" O avião pareceu-me a sugestão mais lógica, mas o meu interlocutor torceu imediatamente o nariz. “Nunca andei nesse bicho e não vou voar. Queria ir no meu caminhão!”
“De caminhão?!” Contive uma gargalhada. “Bem… não é possível. Há o mar a separar-nos… se não for de avião, só de barco…” A segunda hipótese também desagradou. “Não ando de barco nem morto. Queria ir por estrada.” Levei algum tempo a demonstrar a impossibilidade física da demanda e tenho dúvidas que tenha conseguido, mas guardei o episódio na memória.
Tempos depois, já em Lisboa, encontrei um amigo angolano que havia residido alguns anos em Olinda, no litoral pernambucano. Veio à baila a história do camionista, mas ele tinha uma experiência ainda mais perturbadora para a troca. Ao chegar de avião a Recife (capital pernambucana), após uma curta estadia em Luanda, apanhou um táxi no aeroporto. O motorista perguntou-lhe de onde vinha. “De Angola? É angolano? Sério? E como fala tão bem português?” O meu amigo não estranhou tanto, estava habituado às dúvidas que suscitavam o seu país de origem a muita gente por aquelas paragens.
“No meu país fala-se português”, explicou paciente. Espanto do motorista. “Sério? Sabia não. Pensei que só se falava no Brasil”. Ao ouvir isto, o angolano não se conteve: “Então e em Portugal? Não falam português?”. Resposta pronta do taxista: “Ah, mas não falam bem. É um português meio estranho…”
"Portugal é longe?” Perguntou-me um jovem gasolineiro, com acento nordestino, num posto de abastecimento da Rodovia dos Bandeirantes, a meio caminho entre São Paulo e Campinas. Disse que sim e perguntei-lhe de onde era: “Sou do Pernambuco [Estado do Nordeste]. Aqui todo o mundo é de lá.” E com “todo o mundo” estamos a falar de aproximadamente 20 colegas de trabalho que corriam incessantemente de carro para carro. O trânsito era intenso na tarde deste sábado. “Todos? – estranhei – O patrão só gosta de gente de lá?”. Riu-se: “Que nada. É que os paulistanos não gostam muito disto. Têm de trabalhar todo o final de semana e só com um dia de folga.”Confirmei a existência desta pequena colónia pernambucana ao pagar a conta na caixa da bomba, onde fui atendido por Marcos, natural de Caruaru, uma cidade do interior desse estado nordestino. “É português? É bonita a forma como falam, gostava de falar desse jeito. Um dia queria conhecer o Portugal. Como faz para ir lá?” Aconselhei avião ou barco. Franziu a testa como se reflectisse pela primeira vez sobre a existência de um oceano a separar os dois países. A conversa fez-me recordar uma outra, bem mais desconcertante, há alguns anos, perto de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Aqui verifiquei, pela primeira vez, a distância mental que muitos brasileiros têm acerca de Portugal, pelo menos quando o assunto é geografia.
No estacionamento de uma pequena gasolineira, um motorista de pesados estranhou o meu sotaque e perguntou-me de onde vinha. “Português? Do Portugal? Pensei que fosse argentino…” Atropelou-me com novas questões. “Portugal é perto da Europa? É bonito? Gostava de conhecer. Como faço para ir lá?" O avião pareceu-me a sugestão mais lógica, mas o meu interlocutor torceu imediatamente o nariz. “Nunca andei nesse bicho e não vou voar. Queria ir no meu caminhão!”
“De caminhão?!” Contive uma gargalhada. “Bem… não é possível. Há o mar a separar-nos… se não for de avião, só de barco…” A segunda hipótese também desagradou. “Não ando de barco nem morto. Queria ir por estrada.” Levei algum tempo a demonstrar a impossibilidade física da demanda e tenho dúvidas que tenha conseguido, mas guardei o episódio na memória.
Tempos depois, já em Lisboa, encontrei um amigo angolano que havia residido alguns anos em Olinda, no litoral pernambucano. Veio à baila a história do camionista, mas ele tinha uma experiência ainda mais perturbadora para a troca. Ao chegar de avião a Recife (capital pernambucana), após uma curta estadia em Luanda, apanhou um táxi no aeroporto. O motorista perguntou-lhe de onde vinha. “De Angola? É angolano? Sério? E como fala tão bem português?” O meu amigo não estranhou tanto, estava habituado às dúvidas que suscitavam o seu país de origem a muita gente por aquelas paragens.
“No meu país fala-se português”, explicou paciente. Espanto do motorista. “Sério? Sabia não. Pensei que só se falava no Brasil”. Ao ouvir isto, o angolano não se conteve: “Então e em Portugal? Não falam português?”. Resposta pronta do taxista: “Ah, mas não falam bem. É um português meio estranho…”
Published on June 16, 2014 17:51
Lisboa/Lisbon: Conservação/Preservation
Muitos são os animais que habitam nas grandes cidades e que passam despercebidos no "stress" do quotidiano. Aqui podem conhecer a vida selvagem que habita Lisboa.
Uma curta metragem documental sobre a biodiversidade da cidade de Lisboa e o trabalho que o LxCras tem vindo a desenvolver enquanto centro de recuperação de animais selvagens.
A short documentary about Lisbon's biodiversity and the work that LxCRAS has been developing as a wildlife recovery center.
Nature and Wildlife in Portugal.
Natureza e Vida Selvagem em Portugal.
Uma curta metragem documental sobre a biodiversidade da cidade de Lisboa e o trabalho que o LxCras tem vindo a desenvolver enquanto centro de recuperação de animais selvagens.
A short documentary about Lisbon's biodiversity and the work that LxCRAS has been developing as a wildlife recovery center.
Nature and Wildlife in Portugal.
Natureza e Vida Selvagem em Portugal.
Published on June 16, 2014 16:35
June 15, 2014
Duarte Nuno Vieira - Quando os medíocres governam, os grandes homens são despedidos
Prémio mundial das ciências forenses distingue Duarte Nuno Vieira O catedrático Duarte Nuno Vieira foi distinguido com o prémio mundial Douglas Lucas Medal 2014, estando agora entre os melhores "CSI" do mundo.Em Portugal, este cientista foi de enorme relevância, enquanto presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal (INMI), lutando pela criação da base de dados de ADN. Contudo, após 16 anos de trabalho, em Novembro de 2013, foi afastado do cargo pela ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, sem que lhe fosse prestada qualquer justificação. Segundo um artigo do DN, "as posições que defendia na organização dos serviços periciais, diferentes das do Executivo, contribuíram certamente para o desfecho (...) Soube que não tinha sido reconduzido quando estava em missão no Gana".
Ou seja, a facada nas costas, dada por má consciência!
Tratando-se da “mais alta distinção” no domínio das ciências forenses, o prémio vai ser entregue a Duarte Nuno Vieira durante o “20th World Meeting of the International Association of Forensic Sciences”, que decorrerá em Seul, na Coreia do Sul, em outubro, segundo uma nota da Reitoria da UC.
Segue a notícia do Jornal As Beiras:
Criado em 1999 pela Academia Americana de Ciências Forenses, o Prémio Douglas Lucas Medal é atribuído, de três em três anos, “a um especialista forense que se tenha destacado particularmente pela contribuição dada para o desenvolvimento das ciências forenses a nível internacional”, adianta.
Na sua decisão, aprovada por unanimidade, o júri realçou “o valioso trabalho desenvolvido pelo galardoado em diversos domínios das ciências forenses – e muito particularmente no âmbito da patologia e clínica forense – especialmente na defesa dos direitos humanos, bem como na organização de serviços médico-legais e forenses em vários países do mundo, e o forte impacto que o trabalho que concretizou até hoje teve na comunidade forense internacional”.
Citado na nota, Duarte Nuno Vieira, professor da Faculdade de Medicina de Coimbra, recebeu com “enorme surpresa e profunda emoção” a notícia da sua distinção “por um júri constituído pelos mais reputados e reconhecidos cientistas forenses internacionais”.
Entre os galardoados com o Prémio Douglas Lucas Medal, contam-se o britânico Alec Jeffreys (que descobriu a utilização do ADN para fins forenses), o norte-americano Clyde Snow (criador da antropologia forense e da sua aplicação aos direitos humanos) e o suíço Pierre Margot (considerado “a maior autoridade mundial no domínio da criminologia”).
Parabéns a Duarte Nuno Vieira! Uma vaia estrondosa para a ministra da Injustiça!
Published on June 15, 2014 08:41
Duarte Nuno Vieira _ Quando os medíocres governam, os grandes homens são despedidos
Prémio mundial das ciências forenses distingue Duarte Nuno Vieira O catedrático Duarte Nuno Vieira foi distinguido com o prémio mundial Douglas Lucas Medal 2014, estando agora entre os melhores "CSI" do mundo.Em Portugal, este cientista foi de enorme relevância, enquanto presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal (INMI), lutando pela criação da base de dados de ADN. Contudo, após 16 anos de trabalho, em Novembro de 2013, foi afastado do cargo pela ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, sem que lhe fosse prestada qualquer justificação. Segundo um artigo do DN, "as posições que defendia na organização dos serviços periciais, diferentes das do Executivo, contribuíram certamente para o desfecho (...) Soube que não tinha sido reconduzido quando estava em missão no Gana".
Ou seja, a facada nas costas, dada por má consciência!
Tratando-se da “mais alta distinção” no domínio das ciências forenses, o prémio vai ser entregue a Duarte Nuno Vieira durante o “20th World Meeting of the International Association of Forensic Sciences”, que decorrerá em Seul, na Coreia do Sul, em outubro, segundo uma nota da Reitoria da UC.
Segue a notícia do Jornal As Beiras:
Criado em 1999 pela Academia Americana de Ciências Forenses, o Prémio Douglas Lucas Medal é atribuído, de três em três anos, “a um especialista forense que se tenha destacado particularmente pela contribuição dada para o desenvolvimento das ciências forenses a nível internacional”, adianta.
Na sua decisão, aprovada por unanimidade, o júri realçou “o valioso trabalho desenvolvido pelo galardoado em diversos domínios das ciências forenses – e muito particularmente no âmbito da patologia e clínica forense – especialmente na defesa dos direitos humanos, bem como na organização de serviços médico-legais e forenses em vários países do mundo, e o forte impacto que o trabalho que concretizou até hoje teve na comunidade forense internacional”.
Citado na nota, Duarte Nuno Vieira, professor da Faculdade de Medicina de Coimbra, recebeu com “enorme surpresa e profunda emoção” a notícia da sua distinção “por um júri constituído pelos mais reputados e reconhecidos cientistas forenses internacionais”.
Entre os galardoados com o Prémio Douglas Lucas Medal, contam-se o britânico Alec Jeffreys (que descobriu a utilização do ADN para fins forenses), o norte-americano Clyde Snow (criador da antropologia forense e da sua aplicação aos direitos humanos) e o suíço Pierre Margot (considerado “a maior autoridade mundial no domínio da criminologia”).
Parabéns a Duarte Nuno Vieira! Uma vaia estrondosa para a ministra da Injustiça!
Published on June 15, 2014 08:41
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