Deana Barroqueiro's Blog: Author's Central Page, page 35
January 15, 2015
Prémio Literário Agustina Bessa-Luís não foi atribuído
JN - 15 de Janeiro 2015O júri do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, referente a 2014, decidiu não atribuir o galardão por "falta de qualidade das obras apresentadas".
Agustina Bessa-LuísEsta decisão foi tomada "por maioria, na segunda reunião deliberativa realizada no Casino Estoril", no concelho de Cascais, disse à Lusa fonte da Estoril Sol, citando a ata da reunião dos jurados.
"Após demorada análise e debate sobre as obras apresentadas, o júri entendeu que nenhuma delas reunia as condições bastantes para a atribuição do galardão", disse a mesma fonte.
Esta não é a primeira vez que o galardão não é atribuído, logo na sua primeira edição, em 2008, e por idênticas razões, o júri, então presidido pelo escritor Vasco Graça Moura, decidiu também não entregar o prémio, que conta com o apoio da Gradiva para a edição da obra vencedora.
Raquel Ochoa, em 2009, com o romance "A Casa-Comboio", foi a primeira autora distinguida com este galardão que premeia autores portugueses, sem obra publicada e menores de 35 anos.
O júri da edição deste ano, a sétima do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, foi presidido por Guilherme D`Oliveira Martins, em representação do Centro Nacional de Cultura, e integrou também José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa de Críticos Literários, Maria Carlos Loureiro, pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual e, ainda, Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.
A lista de vencedores das diferentes edições do prémio, além de Raquel Ochoa, é constituída por Paulo Mourão Bugalho, com o romance "A Cabeça de Séneca", Tiago Manuel Ribeiro Patrício, com a obra "Trás-os-Montes", Marlene Correia Ferraz, com o romance "A vida inútil de José Homem", e Paula Cristina Rodrigues, com "Horizonte e Mar", que venceu no ano passado.
Em comunicado, a Estoril Sol afirma que relançará o Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, assim como o Prémio Literário Fernando Namora, além de vir a atribuir ainda, pela primeira vez, o Prémio Vasco Graça Moura. Este novo galardão, em homenagem ao autor, falecido no passado mês de abril, destina-se a "distinguir a cidadania cultural".
Agustina Bessa-LuísEsta decisão foi tomada "por maioria, na segunda reunião deliberativa realizada no Casino Estoril", no concelho de Cascais, disse à Lusa fonte da Estoril Sol, citando a ata da reunião dos jurados."Após demorada análise e debate sobre as obras apresentadas, o júri entendeu que nenhuma delas reunia as condições bastantes para a atribuição do galardão", disse a mesma fonte.
Esta não é a primeira vez que o galardão não é atribuído, logo na sua primeira edição, em 2008, e por idênticas razões, o júri, então presidido pelo escritor Vasco Graça Moura, decidiu também não entregar o prémio, que conta com o apoio da Gradiva para a edição da obra vencedora.
Raquel Ochoa, em 2009, com o romance "A Casa-Comboio", foi a primeira autora distinguida com este galardão que premeia autores portugueses, sem obra publicada e menores de 35 anos.
O júri da edição deste ano, a sétima do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, foi presidido por Guilherme D`Oliveira Martins, em representação do Centro Nacional de Cultura, e integrou também José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa de Críticos Literários, Maria Carlos Loureiro, pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual e, ainda, Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.
A lista de vencedores das diferentes edições do prémio, além de Raquel Ochoa, é constituída por Paulo Mourão Bugalho, com o romance "A Cabeça de Séneca", Tiago Manuel Ribeiro Patrício, com a obra "Trás-os-Montes", Marlene Correia Ferraz, com o romance "A vida inútil de José Homem", e Paula Cristina Rodrigues, com "Horizonte e Mar", que venceu no ano passado.
Em comunicado, a Estoril Sol afirma que relançará o Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, assim como o Prémio Literário Fernando Namora, além de vir a atribuir ainda, pela primeira vez, o Prémio Vasco Graça Moura. Este novo galardão, em homenagem ao autor, falecido no passado mês de abril, destina-se a "distinguir a cidadania cultural".
Published on January 15, 2015 06:56
Imagens de satélite revelam a devastação provocada pelo Boko Haram na Nigéria
Imagens de satélite revelam como um ataque de proporções catastróficas quase limpou a cidade de Doron Baga do mapa.A organização terrorista islâmica, Boko Haram, que tem espalhado o terror em África nas últimas semanas, pôs em prática o seu "maior e mais destrutivo" ataque de toda a sua campanha ao destruir milhares de casas em duas cidades nigerianas, segundo conta a Amnistia Internacional.
Estas novas imagens de satélite revelam as proporções da devastação nas duas cidades vizinhas de Baga e Doron Baga, depois de terem sido ocupadas pelos rebeldes islâmicos na última quarta-feira.
A Amnistia calcula que 3,700 casas e outros edifícios foram destruídos nas duas cidades. Doron Baga foi quase apagada do mapa.
"Estas detalhadas imagens de satélite mostram a devastação de proporções catastróficas em duas cidades, uma delas foi quase apagada do mapa em apenas quatro dias," afirmou Daniel Eyre, responsável pela Nigéria na Amnistia."De todos os ataques de Boko Haram, analisados pela Amnistia Internacional, este é o maior e o mais destrutivo de todos. Representa um ataque deliberado a civis cujas casas, clínicas e escolas estão, agora, em ruínas."
O ministro da defesa da Nigéria revelou que 150 pessoas morreram na ocupação destas cidades por parte de Boko Haram. No entanto, Daniel Eyre contraria esta afirmação referindo que "estas imagens, juntamente com as histórias daqueles que sobreviveram ao ataque, sugerem que o número final de mortos é muito maior." De referir, também, que o Presidente nigeriano ainda não prestou qualquer declaração sobre estes acontecimentos.
A Amnistia calcula que a organização Boko Haram matou, pelo menos, quatro mil civis em 2014, sendo que centenas de milhares de pessoas foram forçadas a fugir para o norte da Nigéria. Calcula-se também que os rebeldes controlem, neste momento, cerca de 32000 km de território em redor dos estados vizinhos de Borno e Yobe.
Published on January 15, 2015 05:49
January 14, 2015
Muhammad cartoons Documentary
Um documentário muito detalhado da história das caricaturas de Maomé e da sua manipulação pelos imãs das comunidades muçulmanas da Europa, para desencadear a revolta e a violência, a fim de conseguirem maior poder e fazer pressão sobre os governos e imporem as suas proibições. Chegaram ao ponto de acrescentar caricaturas falsas para acirrar os ódios. En inglês não legendado em português.
Published on January 14, 2015 11:23
Uma breve história das caricaturas de Maomé
From NBCNews.com... http://www.nbcnews.com/watch/nbcnews-com/before-the-attack-a-timeline-of-the-danish-muhammad-cartoons-381358147541Before the Attack: A Timeline of the Danish Muhammad Cartoons
COPENHAGEN - Danish newspaper Jyllands-Posten, which angered Muslims by publishing cartoons of the Prophet Muhammad 10 years ago, will not republish Charlie Hebdo's cartoons due to security concerns.
"It shows that violence works," the newspaper stated in its editorial on Friday. Denmark's other major newspapers have all republished cartoons from the French satirical weekly as part of the coverage of the attack, which killed 12 people in Paris on Wednesday. Many other European newspapers also republished Charlie Hebdo cartoons to protest against the killings. When Jyllands-Posten published 12 cartoons by various artists in September 2005, most of which depict the Prophet Muhammad, it sparked a wave of protests across the Muslim world in which at least 50 people died.
"We have lived with the fear of a terrorist attack for nine years, and yes, that is the explanation why we do not reprint the cartoons, whether it be our own or Charlie Hebdo's," Jyllands-Posten said. "We are also aware that we therefore bow to violence and intimidation." Jyllands-Posten decided to tighten its security level in the wake of the Paris attack. "The concern for our employees' safety is paramount," it said in Friday's editorial.
Published on January 14, 2015 11:00
Violence works’ - No to Hebdo reprint
VIDEO
‘Violence works’ - No to Hebdo reprint, Flemming Rose, HARDtalk - BBC World News
www.bbc.co.ukWhy the paper which ran Muhammad cartoons in 2005 is not standing with Charlie Hebdo
através da aplicação The BBC websiteSe tivesse havido esse movimento de defesa da liberdade e da nossa civilização, talvez as coisas estivessem diferentes.
English:
Danish newspaper Jyllands-Posten which controversially published 12 cartoons depicting the Prophet Muhammad in 2005 has decided to not reprint Charlie Hedbo’s post-attack front cover. "Sometimes the sword is mightier than the pen," said Flemming Rose, the newspaper’s cultural editor.
Mr Rose explained that their newspaper had been living with death threats and several foiled terrorists attacks since it published the cartoons which were republished by several European newspapers in 2006, sparking worldwide protests among some Muslims.
14 Jan 2015
Published on January 14, 2015 10:53
Será que o terror venceu a Liberdade de Expressão?
Milhões de pessoas nas manifestações do "Je suis Charlie", indignação generalizada dos jornais e jornalistas do mundo ocidental, porém, nos dias seguintes, ao anunciarem a publicação histórica do Charlie Hebdo, pelos sobreviventes do massacre dos terroristas islâmicos, esses mesmos jornais não publicaram a capa que mostra uma caricatura,embora pacífica,de Maomé, ou publicaram-na tapando a cara do profeta.
Por medo seguramente de represálias dos terroristas, portanto estes ganharam a batalha!
Se TODOS os jornais de França, da Europa e do resto do mundo civilizado publicassem a capa sem medo, o impacto seria muito maior do que qualquer manifestação, por maior que seja. Contudo, os jornais preferem publicar a propaganda dos jihadistas, que é disso que se trata, quando mostram fotos e vídeos dos seus crimes. Que tremenda hipocrisia!
Por medo seguramente de represálias dos terroristas, portanto estes ganharam a batalha!
Se TODOS os jornais de França, da Europa e do resto do mundo civilizado publicassem a capa sem medo, o impacto seria muito maior do que qualquer manifestação, por maior que seja. Contudo, os jornais preferem publicar a propaganda dos jihadistas, que é disso que se trata, quando mostram fotos e vídeos dos seus crimes. Que tremenda hipocrisia!
Published on January 14, 2015 03:58
January 13, 2015
Assim se destrói um bom Serviço Nacional de Saúde...
Em Democracia também se pode destruir o tecido social do país, lançar o povo na miséria e privá-lo dos seus direitos fundamentais. E de maneira legítima, por obra daqueles que foram eleitos democraticamente para o governar.
Esses direitos que nos trouxe a Revolução do 25 de Abril, como o direito à Liberdade de Expressão, à Educação, à Justica, ao Trabalho e à Saúde, estão a ser progressiva e sistematicamente suprimidos. Assusta-me ver Portugal a regredir para uma situação que lembra o estado da nação, durante a ditadura de Salazar.
A destruição do Serviço Nacional de Saúde está à vista de todos os que necessitam de cuidados médicos e não têm dinheiro para se tratarem nas clínicas e hospitais privados. Pessoas morrem quando podiam ser curadas.
Segue o testemunho do Bastonário da Ordem dos Médicos:
As 10 razões da congestão das urgências POR JOSÉ MANUEL SILVA12.01.2015
De Norte a Sul do país, mesmo antes da epidemia de gripe, as urgências estão em ruptura, algumas em caos. Já ocorreram várias mortes desnecessárias, que ficarão indeléveis no curriculum dos efeitos colaterais das medidas tomadas pelo Ministério da Saúde. Gerir a Saúde não é o mesmo que gerir uma repartição de Finanças. Mas porquê a congestão? É a consequência dos cortes excessivos na Saúde.
1. Por razões economicistas, o Ministério reduziu o tempo de abertura dos centros de saúde e USF, não contrata os médicos de família reformados de que necessita (reformaram-se 1400 nos últimos cinco anos), fechou múltiplos SAP (em Dezembro de 2013 ainda foram feitos dois milhões de atendimentos em SAP, que desapareceram na monitorização mensal da ACSS de 2014), e atrasou a reforma dos cuidados de saúde primários. Os doentes com doença aguda não urgente ficaram sem alternativa às urgências hospitalares.
2. Fecharam ou encerraram as camas de agudos dos hospitais concelhios e as respectivas urgências, concentrando os doentes num menor número de urgências hospitalares.
3. Encerraram milhares de camas hospitalares de internamento de agudos, quando Portugal já tinha um número insuficiente de camas. Segundo os mais recentes dados da OCDE, Portugal tem 3,4 camas por cada mil habitantes, enquanto, por exemplo, a Alemanha tem 8,3, a Bélgica tem 6,3, o Luxemburgo tem 5,2 e a Holanda tem 4,7.
4. Conforme o próprio relatório da Gulbenkian referiu, Portugal tem uma população idosa particularmente doente, frágil e só, sem apoios sociais suficientes, obrigando-a a recorrer frequentemente às urgências e internamento hospitalar.
5. Em muitos hospitais as equipas das urgências foram reduzidas abaixo dos limites mínimos de segurança, até para a procura de rotina, e o espaço físico é insuficiente para o afluxo de doentes.
6. Os hospitais foram proibidos de contratar médicos directamente em prestação de serviço para as urgências, mesmo dentro dos limites legais de remuneração, impedindo o hospital de os escolher pela qualidade e de os integrar nas equipas de trabalho.
7. Foi imposta a contratação através de empresas de mão-de-obra temporária, que muitas vezes não têm médicos para os turnos a que concorrem, desorganizando completamente as urgências e, pela permanente rotação de médicos desconhecidos, impedindo a formação de equipas de trabalho.
8. Os hospitais não têm autonomia, foram asfixiados financeiramente, com cortes acima das imposições da troika, e levados à falência técnica pelo Ministério da Saúde.
9. Não foi feito o planeamento e preparação atempada para o Inverno.
10. Os cuidados continuados não têm capacidade de resposta às necessidades e não têm meios para tratar as intercorrências clínicas dos doentes institucionalizados, obrigando ao recurso às urgências hospitalares.
Esses direitos que nos trouxe a Revolução do 25 de Abril, como o direito à Liberdade de Expressão, à Educação, à Justica, ao Trabalho e à Saúde, estão a ser progressiva e sistematicamente suprimidos. Assusta-me ver Portugal a regredir para uma situação que lembra o estado da nação, durante a ditadura de Salazar.
A destruição do Serviço Nacional de Saúde está à vista de todos os que necessitam de cuidados médicos e não têm dinheiro para se tratarem nas clínicas e hospitais privados. Pessoas morrem quando podiam ser curadas.
Segue o testemunho do Bastonário da Ordem dos Médicos:
As 10 razões da congestão das urgências POR JOSÉ MANUEL SILVA12.01.2015De Norte a Sul do país, mesmo antes da epidemia de gripe, as urgências estão em ruptura, algumas em caos. Já ocorreram várias mortes desnecessárias, que ficarão indeléveis no curriculum dos efeitos colaterais das medidas tomadas pelo Ministério da Saúde. Gerir a Saúde não é o mesmo que gerir uma repartição de Finanças. Mas porquê a congestão? É a consequência dos cortes excessivos na Saúde.
1. Por razões economicistas, o Ministério reduziu o tempo de abertura dos centros de saúde e USF, não contrata os médicos de família reformados de que necessita (reformaram-se 1400 nos últimos cinco anos), fechou múltiplos SAP (em Dezembro de 2013 ainda foram feitos dois milhões de atendimentos em SAP, que desapareceram na monitorização mensal da ACSS de 2014), e atrasou a reforma dos cuidados de saúde primários. Os doentes com doença aguda não urgente ficaram sem alternativa às urgências hospitalares.
2. Fecharam ou encerraram as camas de agudos dos hospitais concelhios e as respectivas urgências, concentrando os doentes num menor número de urgências hospitalares.
3. Encerraram milhares de camas hospitalares de internamento de agudos, quando Portugal já tinha um número insuficiente de camas. Segundo os mais recentes dados da OCDE, Portugal tem 3,4 camas por cada mil habitantes, enquanto, por exemplo, a Alemanha tem 8,3, a Bélgica tem 6,3, o Luxemburgo tem 5,2 e a Holanda tem 4,7.
4. Conforme o próprio relatório da Gulbenkian referiu, Portugal tem uma população idosa particularmente doente, frágil e só, sem apoios sociais suficientes, obrigando-a a recorrer frequentemente às urgências e internamento hospitalar.
5. Em muitos hospitais as equipas das urgências foram reduzidas abaixo dos limites mínimos de segurança, até para a procura de rotina, e o espaço físico é insuficiente para o afluxo de doentes.
6. Os hospitais foram proibidos de contratar médicos directamente em prestação de serviço para as urgências, mesmo dentro dos limites legais de remuneração, impedindo o hospital de os escolher pela qualidade e de os integrar nas equipas de trabalho.
7. Foi imposta a contratação através de empresas de mão-de-obra temporária, que muitas vezes não têm médicos para os turnos a que concorrem, desorganizando completamente as urgências e, pela permanente rotação de médicos desconhecidos, impedindo a formação de equipas de trabalho.
8. Os hospitais não têm autonomia, foram asfixiados financeiramente, com cortes acima das imposições da troika, e levados à falência técnica pelo Ministério da Saúde.
9. Não foi feito o planeamento e preparação atempada para o Inverno.
10. Os cuidados continuados não têm capacidade de resposta às necessidades e não têm meios para tratar as intercorrências clínicas dos doentes institucionalizados, obrigando ao recurso às urgências hospitalares.
Published on January 13, 2015 18:16
January 12, 2015
Blogger saudita que “insultou o Islão” recebeu as primeiras 50 de 1000 chicotadas
A Arábia Saudita é um dos países muçulmanos mais fundamentalistas e repressivos dos direitos humanos (sobretudo das mulheres) e da liberdade de expressão. Pura hipocrisia a participação do seu representante na manifestação de Paris.
Raif Badawi, co-fundador do site Rede Liberal Saudita, foi condenado a dez anos de prisão e 1000 chicotadas. As primeiras foram aplicadas numa praça pública
Ana Rute Silva 10/01/2015
Centenas de espectadores numa praça pública em Jidá viram, sexta-feira, Raef Badawi a ser chicoteado 50 vezes. Durante 15 minutos, em silêncio e sem chorar, Raef Badawi foi sujeito ao castigo decidido pelas autoridades da Arábia Saudita que incluem, além de dez anos de prisão, mil chicotadas repartidas por 20 semanas por ter insultado o Islão.
Uma testemunha anónima contou à Associated Press que o co-fundador do site Rede Liberal Saudita, e laureado em 2014 com o prémio Repórteres sem Fronteiras, estava algemado mas com a cara descoberta. Foi transportado da prisão para o local, pouco depois de terem terminado as orações do meio-dia numa mesquita próxima. Cumpriu, assim, as primeiras 50 chicotadas por ter criticado o poder dos líderes religiosos na Arábia Saudita, no blogue que fundou com a activista dos direitos das mulheres Suad al-Shammari e onde defendeu o fim da influência da religião na vida pública daquele país.
Outra testemunha disse à Amnistia Internacional que a multidão se juntou em círculo. "Quem passava juntou-se e a multidão cresceu. Mas ninguém sabia porque é que Raif estava a ser castigado. Era um assassino? Um criminoso? Não reza?", perguntavam. Depois, "um polícia aproximou-se por trás e começou a bater-lhe. Raif levantou a cabeça em direcção ao céu, fechou os olhos. Estava em silêncio mas era visível pela expressão do rosto e movimento do corpo que estava a sofrer". O polícia bateu nas pernas e nas costas, contando até 50.
Activistas dos direitos humanos acreditam que as autoridades sauditas estão a utilizar Raef Badawi, pai de três filhos, como exemplo do que pode acontecer a quem ousa criticar o poder instalado. “Castigos físicos não são novidade na Arábia Saudita mas punir publicamente um activista pacífico que apenas manifestou as suas ideias é uma mensagem de intolerância horrível», criticou Sarah Leah Whitson, directora para o Médio Oriente e Norte de África da Human Rights Watch. A organização sedeada em Nova Iorque apelou ainda ao Rei Abdullah para anular a sentença e perdoar “imediatamente” o blogger.
O pedido também foi reforçado pela Repórteres sem Fronteiras (RSF) que classificou a punição de “odiosa”. “Apesar de as autoridades sauditas terem, até aqui, ignorado os pedidos repetidos pelas organizações internacionais, a RSF afirma que vai continuar o seu combate para que este cidadão, que apenas abriu o debate público sobre a evolução da sociedade através do seu blogue, possa ser libertado rapidamente”, disse Lucie Morillon, uma das directoras da organização francesa.
Aliados próximos da Arábia Saudita, os Estados Unidos criticaram a “punição inumana” e pediram a anulação da sentença “brutal”. Apelaram ainda à “reavaliação do dossier de Badawi e da sua condenação”.
A União Europeia (UE) veio, igualmente, lamentar a flagelação, dizendo que as “punições físicas são inaceitáveis e contra a dignidade humana”. Um porta-voz da diplomacia da UE, citado pela AFP, reiterou a “forte oposição” de Bruxelas à sentença e apelou às autoridades sauditas de “suspender todas as punições a Badawi e a colocar um fim à utilização de flagelação”. Riade deve travar estas "sentenças violentas no contexto da reforma judicial" em curso, e que “abre a possibilidade de melhorar a protecção dos direitos individuais”, indica a mesma fonte.
Em 2013, Badwi foi condenado a sete anos de prisão e 600 chicotadas mas depois de um recurso o juiz agravou o castigo. A mulher e os filhos vivem no Canadá, para onde foram viver logo após a detenção.
O co-fundador da Rede Liberal Saudita foi acusado de criticar a política religiosa e já tinha sito acusado de renúncia à fé, crime que pode levar à pena de morte. As autoridades desistiram desta acusação mas detiveram Badwi, em 2012, na altura com 35 anos.
Notícia corrigida às 07h14 de 11 de Janeiro de 2015: Altera número de chicotadas a que Raif Badawi foi condenado, de 600 para 1000.
Raif Badawi, co-fundador do site Rede Liberal Saudita, foi condenado a dez anos de prisão e 1000 chicotadas. As primeiras foram aplicadas numa praça pública
Ana Rute Silva 10/01/2015
Centenas de espectadores numa praça pública em Jidá viram, sexta-feira, Raef Badawi a ser chicoteado 50 vezes. Durante 15 minutos, em silêncio e sem chorar, Raef Badawi foi sujeito ao castigo decidido pelas autoridades da Arábia Saudita que incluem, além de dez anos de prisão, mil chicotadas repartidas por 20 semanas por ter insultado o Islão.Uma testemunha anónima contou à Associated Press que o co-fundador do site Rede Liberal Saudita, e laureado em 2014 com o prémio Repórteres sem Fronteiras, estava algemado mas com a cara descoberta. Foi transportado da prisão para o local, pouco depois de terem terminado as orações do meio-dia numa mesquita próxima. Cumpriu, assim, as primeiras 50 chicotadas por ter criticado o poder dos líderes religiosos na Arábia Saudita, no blogue que fundou com a activista dos direitos das mulheres Suad al-Shammari e onde defendeu o fim da influência da religião na vida pública daquele país.
Outra testemunha disse à Amnistia Internacional que a multidão se juntou em círculo. "Quem passava juntou-se e a multidão cresceu. Mas ninguém sabia porque é que Raif estava a ser castigado. Era um assassino? Um criminoso? Não reza?", perguntavam. Depois, "um polícia aproximou-se por trás e começou a bater-lhe. Raif levantou a cabeça em direcção ao céu, fechou os olhos. Estava em silêncio mas era visível pela expressão do rosto e movimento do corpo que estava a sofrer". O polícia bateu nas pernas e nas costas, contando até 50.
Activistas dos direitos humanos acreditam que as autoridades sauditas estão a utilizar Raef Badawi, pai de três filhos, como exemplo do que pode acontecer a quem ousa criticar o poder instalado. “Castigos físicos não são novidade na Arábia Saudita mas punir publicamente um activista pacífico que apenas manifestou as suas ideias é uma mensagem de intolerância horrível», criticou Sarah Leah Whitson, directora para o Médio Oriente e Norte de África da Human Rights Watch. A organização sedeada em Nova Iorque apelou ainda ao Rei Abdullah para anular a sentença e perdoar “imediatamente” o blogger.
O pedido também foi reforçado pela Repórteres sem Fronteiras (RSF) que classificou a punição de “odiosa”. “Apesar de as autoridades sauditas terem, até aqui, ignorado os pedidos repetidos pelas organizações internacionais, a RSF afirma que vai continuar o seu combate para que este cidadão, que apenas abriu o debate público sobre a evolução da sociedade através do seu blogue, possa ser libertado rapidamente”, disse Lucie Morillon, uma das directoras da organização francesa.
Aliados próximos da Arábia Saudita, os Estados Unidos criticaram a “punição inumana” e pediram a anulação da sentença “brutal”. Apelaram ainda à “reavaliação do dossier de Badawi e da sua condenação”.
A União Europeia (UE) veio, igualmente, lamentar a flagelação, dizendo que as “punições físicas são inaceitáveis e contra a dignidade humana”. Um porta-voz da diplomacia da UE, citado pela AFP, reiterou a “forte oposição” de Bruxelas à sentença e apelou às autoridades sauditas de “suspender todas as punições a Badawi e a colocar um fim à utilização de flagelação”. Riade deve travar estas "sentenças violentas no contexto da reforma judicial" em curso, e que “abre a possibilidade de melhorar a protecção dos direitos individuais”, indica a mesma fonte.
Em 2013, Badwi foi condenado a sete anos de prisão e 600 chicotadas mas depois de um recurso o juiz agravou o castigo. A mulher e os filhos vivem no Canadá, para onde foram viver logo após a detenção.
O co-fundador da Rede Liberal Saudita foi acusado de criticar a política religiosa e já tinha sito acusado de renúncia à fé, crime que pode levar à pena de morte. As autoridades desistiram desta acusação mas detiveram Badwi, em 2012, na altura com 35 anos.
Notícia corrigida às 07h14 de 11 de Janeiro de 2015: Altera número de chicotadas a que Raif Badawi foi condenado, de 600 para 1000.
Published on January 12, 2015 17:59
January 11, 2015
Mini-entrevista para o Jornal i
Published on January 11, 2015 04:20
January 10, 2015
Al-Qaeda reivindica atentados em França
Al-Qaeda no Iémen reivindica atentados e avisa que França vai sofrer novos ataques
10 Jan, 2015
Al-Qaeda no Iémen reivindica atentados e avisa que França vai sofrer novos ataques - Mundo -...Numa mensagem que está a circular na internet, Hareth al-Nadhari diz que o massacre ensinou aos franceses os limites da liberdade de expressão e que se tratou de uma vingança pelos insultos ao profeta. Ao todo, o conjunto de ataques em França fez 20 mortos, para além dos quatro reféns que morreram no supermercado, os terroristas mataram também uma mulher polícia e outras 12 pessoas no Charlie Hebdo. As autoridades franceses continuam à procura da companheira do homem que atacou esta sexta-feira um supermercado em Paris e que terá fugido durante o assalto policial.
Diz algo sobre www.rtp.pt|De RTP, Rádio e Televisão de Portugal - Sandra Salvado
10 Jan, 2015
Al-Qaeda no Iémen reivindica atentados e avisa que França vai sofrer novos ataques - Mundo -...Numa mensagem que está a circular na internet, Hareth al-Nadhari diz que o massacre ensinou aos franceses os limites da liberdade de expressão e que se tratou de uma vingança pelos insultos ao profeta. Ao todo, o conjunto de ataques em França fez 20 mortos, para além dos quatro reféns que morreram no supermercado, os terroristas mataram também uma mulher polícia e outras 12 pessoas no Charlie Hebdo. As autoridades franceses continuam à procura da companheira do homem que atacou esta sexta-feira um supermercado em Paris e que terá fugido durante o assalto policial.Diz algo sobre www.rtp.pt|De RTP, Rádio e Televisão de Portugal - Sandra Salvado
Published on January 10, 2015 06:08
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