Denise Bottmann's Blog, page 50
April 29, 2013
fala um tradutor de schwob
uma simpática entrevista de kit schluter, tradutor de marcel schwob, aqui.
indicação da entrevista: bernardo freire; indicação da imagem: federico carotti
indicação da entrevista: bernardo freire; indicação da imagem: federico carotti
Published on April 29, 2013 17:28
fala o tradutor de schwob
uma simpática entrevista de kit schluter, tradutor de marcel schwob, aqui.
indicação da entrevista: bernardo freire; indicação da imagem: federico carotti
indicação da entrevista: bernardo freire; indicação da imagem: federico carotti
Published on April 29, 2013 17:28
April 23, 2013
jorge
só para não passar em branco, hoje é o dia do padroeiro do não gosto de plágio:
um bom protetor também pelo dia internacional do livro
um bom protetor também pelo dia internacional do livro
Published on April 23, 2013 12:55
April 10, 2013
khadji-murat, o diabo branco
O diabo branco, usado ora como título, ora como subtítulo, é um detalhe que, por si só, já renderia uma crônica inteira sobre a fortuna de Khadji-Murat no Brasil. A obra de Tolstói fora adaptada para o cinema por Alexandre Volkoff numa produção alemã em 1930, que se celebrizou em sua versão francesa como Le Diable blanc. Ao que parece, o romance causou um pequeno furor editorial no Brasil naquela época: nada menos que cinco edições diferentes em dezoito anos!
Khadji-Murat sai inicialmente no Brasil em 1931, na "Bibliotheca de Auctores Russos" da editora Georges Selzoff & Cia., em tradução direta do russo. Embora não constem os créditos de tradução, foi um trabalho em parceria de Georges Selzoff e Allyrio Meira Wanderley.
Em 1934, temos O diabo branco [Khadji-Murat] pela Civilização Brasileira, em tradução do lusitano António Sérgio. O interessante é que António Sérgio fora o sócio de Álvaro Pinto na editora Annuario do Brasil, na época em que se refugiaram no Brasil - mais tarde, exilara-se em Paris, onde era encarregado da seção luso-brasileira da editora Quillet.* Essa sua tradução foi feita por encomenda direta do editor brasileiro, e apenas mais tarde, já nos anos 1950, é que sairá em Portugal, com o nome de O demónio branco. Suponho que tenha sido por interposição do francês.
* Para uma breve trajetória editorial de António Sérgio, veja aqui.
Numa edição sem data, que calculo por volta de 1945, a Edições e Publicações Brasil lança O diabo branco, numa cópia fiel e integral da tradução de Selzoff e Wanderley, da Bibliotheca de Auctores Russos (1931), sem menção à fonte. Na página de rosto, consta apenas "Obra Póstuma - Edição integral - Revista".
Em sua coleção "Grandes Romances Universais", a W. M. Jackson publica em 1947 seu sétimo volume, de nome Três novelas russas. Na página de rosto consta Khadji-Murat e na página de início da novela acrescenta-se entre parênteses (O diabo branco). A tradução é igualmente anônima e tomada à Bibliotheca, sem menção à editora original. No verso da página de rosto, temos: "Tradução revista e adaptada para esta Coleção pelo Departamento Editorial da W. M. Jackson, Inc.".
Em 1949, pela Vecchi, em sua coleção "Os maiores êxitos da tela", temos O diabo branco em tradução de Boris Schnaiderman, assinando como Boris Solomonov.
Vale notar que, quase quarenta anos depois, em 1986, pela Cultrix, sai uma tradução reformulada de Boris Schnaiderman, agora com o título de Khadji-Murát, e em 2010, novamente revista, pela Cosac Naify.
p.s.: creio que não deixa de ser uma simpática vinheta do destino que, entre as sete edições de khadji entre nós, seis sejam diretas do russo, três delas por selzoff/allyrio e três outras por solomonov/schnaiderman.
Khadji-Murat sai inicialmente no Brasil em 1931, na "Bibliotheca de Auctores Russos" da editora Georges Selzoff & Cia., em tradução direta do russo. Embora não constem os créditos de tradução, foi um trabalho em parceria de Georges Selzoff e Allyrio Meira Wanderley.
Em 1934, temos O diabo branco [Khadji-Murat] pela Civilização Brasileira, em tradução do lusitano António Sérgio. O interessante é que António Sérgio fora o sócio de Álvaro Pinto na editora Annuario do Brasil, na época em que se refugiaram no Brasil - mais tarde, exilara-se em Paris, onde era encarregado da seção luso-brasileira da editora Quillet.* Essa sua tradução foi feita por encomenda direta do editor brasileiro, e apenas mais tarde, já nos anos 1950, é que sairá em Portugal, com o nome de O demónio branco. Suponho que tenha sido por interposição do francês.
* Para uma breve trajetória editorial de António Sérgio, veja aqui.
Numa edição sem data, que calculo por volta de 1945, a Edições e Publicações Brasil lança O diabo branco, numa cópia fiel e integral da tradução de Selzoff e Wanderley, da Bibliotheca de Auctores Russos (1931), sem menção à fonte. Na página de rosto, consta apenas "Obra Póstuma - Edição integral - Revista".
Em sua coleção "Grandes Romances Universais", a W. M. Jackson publica em 1947 seu sétimo volume, de nome Três novelas russas. Na página de rosto consta Khadji-Murat e na página de início da novela acrescenta-se entre parênteses (O diabo branco). A tradução é igualmente anônima e tomada à Bibliotheca, sem menção à editora original. No verso da página de rosto, temos: "Tradução revista e adaptada para esta Coleção pelo Departamento Editorial da W. M. Jackson, Inc.".
Em 1949, pela Vecchi, em sua coleção "Os maiores êxitos da tela", temos O diabo branco em tradução de Boris Schnaiderman, assinando como Boris Solomonov.
Vale notar que, quase quarenta anos depois, em 1986, pela Cultrix, sai uma tradução reformulada de Boris Schnaiderman, agora com o título de Khadji-Murát, e em 2010, novamente revista, pela Cosac Naify.
p.s.: creio que não deixa de ser uma simpática vinheta do destino que, entre as sete edições de khadji entre nós, seis sejam diretas do russo, três delas por selzoff/allyrio e três outras por solomonov/schnaiderman.
Published on April 10, 2013 18:15
April 8, 2013
georges selzoff, VI
admira-me a pertinácia do editor e tradutor georges selzoff em sua coleção "bibliotheca de auctores russos".
dois meses antes de encerrar suas atividades, ele ainda faz estampar na quarta capa de ninho de fidalgos, penúltimo livro publicado pela editora, a relação dos livros que já estariam no prelo - nada menos que catorze, entre eles um cartapácio como oblomov:
a editora publica seu último título em abril de 1932: é o anunciado águas da primavera, em tradução de selzoff e brito broca.
acompanhe o levantamento sobre as publicações da georges selzoff & cia. aqui.
dois meses antes de encerrar suas atividades, ele ainda faz estampar na quarta capa de ninho de fidalgos, penúltimo livro publicado pela editora, a relação dos livros que já estariam no prelo - nada menos que catorze, entre eles um cartapácio como oblomov:
a editora publica seu último título em abril de 1932: é o anunciado águas da primavera, em tradução de selzoff e brito broca.
acompanhe o levantamento sobre as publicações da georges selzoff & cia. aqui.
Published on April 08, 2013 17:33
April 4, 2013
o que chamo de "encontrar o tom"
um artigo realmente muito bom de tim parks, aqui. não posso concordar mais:
And I realize that, beyond the duty of semantic accuracy, all I have to do (all!) is to sit down, for a few hundred hours, and perform this Leopardi—in whatever way seems most right, most authentically close to the tone and the feel of it, at the moment of writing (since every complex translation would be somewhat different if we had done it a month before, or a month later, or even an hour); yes, just hear the text and experience it absolutely as intensely as I can, allowing myself to fall into its way of thinking about things, then say it in English [...] Of course there will be interminable revisions, much polishing up, and an editor will have his or her say. But essentially this is the way it is with translation, whether it be me and Leopardi, or some other translator and the latest Chinese Nobel Laureate, or some Russian translator and De Lillo or Franzen: the book is fed through a hopefully receptive mind, which inevitably leaves its indelible stamp on the translation. Let the academics argue the issues back and forth; what I have to do now is read honestly, and pray for inspiration.
Published on April 04, 2013 15:15
April 2, 2013
j'accuse
no dia de nascimento de émile zola, vale lembrar as traduções brasileiras de sua célebre peça de acusação ao sistema judiciário francês no caso do capitão dreyfus.
acuso! - o julgamento do cap. dreyfus. tradução de orlando f. da silva.
edições e publicações brasil editora, s/d, c. 1935
acuso (o caso dreyfus). atlanta, c. 1948
eu acuso! - o processo do capitão dreyfus. hedra, 2007. tradução de ricardo lísias.
acompanha o artigo de ruy barbosa, de 1895.
j'accuse! (eu acuso!) - verdade em marcha. l&pm, 2009. tradução de paulo neves.
Published on April 02, 2013 08:52
March 31, 2013
thomas mann no brasil
até onde consegui apurar, o ingresso de thomas mann no brasil se dá em 1934, com três livros em rápida sequência.
o primeiro deles, a morte em veneza, pela editora guanabara (por volta de março de 1934);
o segundo, tonio kröger, também pela guanabara, em tradução de charlotte von orloff;
o terceiro, praticamente simultâneo a tonio, é mario e o mágico, em tradução de zoran ninitch, pela machado & ninitch (os dois em setembro ou outubro de 1934).
infelizmente não consegui imagem de capa nem identifiquei o tradutor desta que parece ter sido a primeira publicação em livro de thomas mann no brasil. (se lembrarmos que ainda em 1947 o crítico literário da gazeta de notícias do rio considerava thomas mann "por vezes um tremendo maçador", não admira muito que tais lançamentos, treze anos antes disso, tenham passado quase despercebidos nas seções culturais da grande imprensa.)
em 1940, a livraria martins publica o pensamento vivo de schopenhauer, apresentado por thomas mann, em tradução de pedro ferraz do amaral:
em 1942, temos os buddenbrook - decadência duma família, em tradução de herbert caro, na coleção nobel da globo. terá várias reedições em outras editoras, como o círculo do livro e a nova fronteira.
em 1943, sai uma estranha montanha mágica em tradução em nome de um irrastreável otto silveira, pela panamericana (epasa), faltando trechos. veja aqui.
em 1944, o cruzeiro publica uma coletânea de artigos contra o nazismo, os 10 mandamentos e um certo sr. hitler. entre eles está o texto de mann, "não terás outros deuses em minha presença", em tradução de millôr fernandes:
em 1945, temos as cabeças trocadas - uma lenda hindu, na coleção tucano da livraria do globo, em tradução de liane de oliveira e e. carrera guerra:
a partir de 1947, a globo lança a tetralogia de josé e seus irmãos em sua coleção nobel, com tradução de agenor soares de moura: vol. 1, josé e seus irmãos (1947); 2. o jovem josé (1948); 3. josé no egito (1949); 4. josé, o provedor (1951). [nos anos 80, já então na nova fronteira, o título do primeiro volume será retificado para as histórias de jacó.] aqui falta a capinha do primeiro volume.
em 1952, temos a montanha mágica, em tradução de herbert caro, pela globo, coleção nobel. saiu também pela bruguera em 1970; atualmente está no catálogo da nova fronteira.
em 1953, a pongetti publica sua alteza real em tradução de marina guaspari:
ainda em 1953, consta uma referência - mas não corroborada - à pulicação de morte em veneza, tristão e gladius dei pela opera mundi, em tradução de herbert caro. considero mais provável que o lançamento tenha sido em 1965 pela delta, com reedição em 1970 pela opera mundi.
em 1957, sai "tobias mindernickel" nas obras-primas do conto moderno (org. almiro rolmes barbosa), pela martins, porém sem indicação do tradutor.
ainda em 1957, "o pequeno senhor friedmann", em maravilhas do conto alemão, pela cultrix. como era a praxe nessa coleção de maravilhas, a cultrix não apresenta os créditos.
em 1959, temos "o armário", em maravilhas do conto amoroso, pela cultrix. idem.
em 1959, "o palhaço", em maravilhas do conto universal, pela cultrix - essa edição traz os créditos dos vários tradutores, mas não consegui localizar o correspondente ao conto.
em 1958, saem as traduções de maria deling para tônio kroeger e a morte em veneza, num só volume, pela boa leitura, em sua coleção "grandes autores". terão várias reedições pela abril a partir de 1971 e pela hemus em 1975. aqui em capa de 1960:
em 1962, temos alguma coisa em contos alemães, sem créditos de tradução, na coleção de jacob penteado, "primores do conto universal", pela edigraf.
também pela boa leitura, temos em 1963 as confissões de félix krull em tradução lusitana de domingos monteiro (reeditado pela hemus em 1975):
em 1964, sai "tobias mindernickel" numa antologia da literatura mundial publicada pela editora logos. não sei se é a mesma tradução publicada em 1957 pela martins.
a título de curiosidade, cito uma revista: em 1967, "gladius dei" sai no livro de cabeceira do ano, ano 1, vol. 4 , da civilização brasileira - não sei se é a mesma tradução da delta, de herbert caro.
em 1975, mário e o mágico, pela artenova, em tradução de cláudio leme. contém: "mário e o mágico", "experiências ocultas", "doce sono", "a queda", "a vontade de felicidade", "a morte", "a vingança", "anedota", "dezesseis anos". teve várias reedições pelo círculo do livro.
em 1975, sai a correspondência entre amigos (thomas mann e herman hesse), em tradução de lya luft, pela record:
entre 1981 e 1987, a nova fronteira lança várias obras de mann, a começar por confissões do impostor félix krull, em tradução de lya luft.
em 1982, os famintos e outras histórias, também em tradução de lya luft. o conto "tobias mindernickel" é reeditado em 2007 na antologia os melhores contos de cães e gatos, pela ediouro.
em 1984, carlota em weimar, em tradução de vera mourão.
em 1984, doutor fausto em tradução de herbert caro, para mim a obra mais abismalmente assombrosa de mann.
ainda em 1984, surgem novas traduções de morte em veneza e tonio kröger, agora de eloísa ferreira araújo silva (e também pelo círculo do livro a partir de 1987).
em 1985, sua alteza real, em nova tradução de lya luft.
em 1987, as cabeças trocadas - uma lenda indiana, em nova tradução de herbert caro.
em 1988, temos sai o volume ensaios (são oito), em seleção de anatol rosenfeld, pela perspectiva, com tradução de natan robert zins:
em 1989, vale uma menção ao posfácio de mann a a história maravilhosa de peter schlemihl, de adelbert chamisso, pela estação liberdade.
em 1999, mais um "gladius dei ", em mar de histórias, vol. VIII, em tradução de paulo rónai e aurélio buarque de hollanda, pela nova fronteira. saíra algo em 1966 em contos alemães, pela edições de ouro.
entre 2000 e 2001, a mandarim, selo da arx, lança quatro títulos, a começar por o eleito, em tradução de lya luft.
em 2001, duas novelas - a lei e a enganada, também em tradução de lya luft.
em 2001, seis primeiras histórias, em tradução de ricardo f. henrique. são elas: “visão”, “decaída”, “desejo de felicidade”, “a morte”, “vingada” e “anedota”.
em 2001, a gênese do doutor fausto, também em tradução de ricardo f. henrique.
em 2004, mais um "tobias mindernickel", agora em tradução de marcelo backes, em escombros e caprichos - o melhor do conto alemão no século 20, pela l&pm.
em 2009, ouvintes alemães! discursos contra hitler (1940-1945), em tradução de antonio carlos dos santos e renato zwick, pela zahar:
em 2011, o escritor e sua missão: goethe, dostoievski, ibsen e outros, em tradução de kristina michahelles, também pela zahar:
sem dúvida, deve haver vários contos em diversas antologias. à medida que localizá-los, acrescentarei aqui.
o primeiro deles, a morte em veneza, pela editora guanabara (por volta de março de 1934);
o segundo, tonio kröger, também pela guanabara, em tradução de charlotte von orloff;
o terceiro, praticamente simultâneo a tonio, é mario e o mágico, em tradução de zoran ninitch, pela machado & ninitch (os dois em setembro ou outubro de 1934).
infelizmente não consegui imagem de capa nem identifiquei o tradutor desta que parece ter sido a primeira publicação em livro de thomas mann no brasil. (se lembrarmos que ainda em 1947 o crítico literário da gazeta de notícias do rio considerava thomas mann "por vezes um tremendo maçador", não admira muito que tais lançamentos, treze anos antes disso, tenham passado quase despercebidos nas seções culturais da grande imprensa.)
em 1940, a livraria martins publica o pensamento vivo de schopenhauer, apresentado por thomas mann, em tradução de pedro ferraz do amaral:
em 1942, temos os buddenbrook - decadência duma família, em tradução de herbert caro, na coleção nobel da globo. terá várias reedições em outras editoras, como o círculo do livro e a nova fronteira.
em 1943, sai uma estranha montanha mágica em tradução em nome de um irrastreável otto silveira, pela panamericana (epasa), faltando trechos. veja aqui.
em 1944, o cruzeiro publica uma coletânea de artigos contra o nazismo, os 10 mandamentos e um certo sr. hitler. entre eles está o texto de mann, "não terás outros deuses em minha presença", em tradução de millôr fernandes:
em 1945, temos as cabeças trocadas - uma lenda hindu, na coleção tucano da livraria do globo, em tradução de liane de oliveira e e. carrera guerra:
a partir de 1947, a globo lança a tetralogia de josé e seus irmãos em sua coleção nobel, com tradução de agenor soares de moura: vol. 1, josé e seus irmãos (1947); 2. o jovem josé (1948); 3. josé no egito (1949); 4. josé, o provedor (1951). [nos anos 80, já então na nova fronteira, o título do primeiro volume será retificado para as histórias de jacó.] aqui falta a capinha do primeiro volume.
em 1952, temos a montanha mágica, em tradução de herbert caro, pela globo, coleção nobel. saiu também pela bruguera em 1970; atualmente está no catálogo da nova fronteira.
em 1953, a pongetti publica sua alteza real em tradução de marina guaspari:
ainda em 1953, consta uma referência - mas não corroborada - à pulicação de morte em veneza, tristão e gladius dei pela opera mundi, em tradução de herbert caro. considero mais provável que o lançamento tenha sido em 1965 pela delta, com reedição em 1970 pela opera mundi.
em 1957, sai "tobias mindernickel" nas obras-primas do conto moderno (org. almiro rolmes barbosa), pela martins, porém sem indicação do tradutor.
ainda em 1957, "o pequeno senhor friedmann", em maravilhas do conto alemão, pela cultrix. como era a praxe nessa coleção de maravilhas, a cultrix não apresenta os créditos.
em 1959, temos "o armário", em maravilhas do conto amoroso, pela cultrix. idem.
em 1959, "o palhaço", em maravilhas do conto universal, pela cultrix - essa edição traz os créditos dos vários tradutores, mas não consegui localizar o correspondente ao conto.
em 1958, saem as traduções de maria deling para tônio kroeger e a morte em veneza, num só volume, pela boa leitura, em sua coleção "grandes autores". terão várias reedições pela abril a partir de 1971 e pela hemus em 1975. aqui em capa de 1960:
em 1962, temos alguma coisa em contos alemães, sem créditos de tradução, na coleção de jacob penteado, "primores do conto universal", pela edigraf.
também pela boa leitura, temos em 1963 as confissões de félix krull em tradução lusitana de domingos monteiro (reeditado pela hemus em 1975):
em 1964, sai "tobias mindernickel" numa antologia da literatura mundial publicada pela editora logos. não sei se é a mesma tradução publicada em 1957 pela martins.
a título de curiosidade, cito uma revista: em 1967, "gladius dei" sai no livro de cabeceira do ano, ano 1, vol. 4 , da civilização brasileira - não sei se é a mesma tradução da delta, de herbert caro.
em 1975, mário e o mágico, pela artenova, em tradução de cláudio leme. contém: "mário e o mágico", "experiências ocultas", "doce sono", "a queda", "a vontade de felicidade", "a morte", "a vingança", "anedota", "dezesseis anos". teve várias reedições pelo círculo do livro.
em 1975, sai a correspondência entre amigos (thomas mann e herman hesse), em tradução de lya luft, pela record:
entre 1981 e 1987, a nova fronteira lança várias obras de mann, a começar por confissões do impostor félix krull, em tradução de lya luft.
em 1982, os famintos e outras histórias, também em tradução de lya luft. o conto "tobias mindernickel" é reeditado em 2007 na antologia os melhores contos de cães e gatos, pela ediouro.
em 1984, carlota em weimar, em tradução de vera mourão.
em 1984, doutor fausto em tradução de herbert caro, para mim a obra mais abismalmente assombrosa de mann.
ainda em 1984, surgem novas traduções de morte em veneza e tonio kröger, agora de eloísa ferreira araújo silva (e também pelo círculo do livro a partir de 1987).
em 1985, sua alteza real, em nova tradução de lya luft.
em 1987, as cabeças trocadas - uma lenda indiana, em nova tradução de herbert caro.
em 1988, temos sai o volume ensaios (são oito), em seleção de anatol rosenfeld, pela perspectiva, com tradução de natan robert zins:
em 1989, vale uma menção ao posfácio de mann a a história maravilhosa de peter schlemihl, de adelbert chamisso, pela estação liberdade.
em 1999, mais um "gladius dei ", em mar de histórias, vol. VIII, em tradução de paulo rónai e aurélio buarque de hollanda, pela nova fronteira. saíra algo em 1966 em contos alemães, pela edições de ouro.
entre 2000 e 2001, a mandarim, selo da arx, lança quatro títulos, a começar por o eleito, em tradução de lya luft.
em 2001, duas novelas - a lei e a enganada, também em tradução de lya luft.
em 2001, seis primeiras histórias, em tradução de ricardo f. henrique. são elas: “visão”, “decaída”, “desejo de felicidade”, “a morte”, “vingada” e “anedota”.
em 2001, a gênese do doutor fausto, também em tradução de ricardo f. henrique.
em 2004, mais um "tobias mindernickel", agora em tradução de marcelo backes, em escombros e caprichos - o melhor do conto alemão no século 20, pela l&pm.
em 2009, ouvintes alemães! discursos contra hitler (1940-1945), em tradução de antonio carlos dos santos e renato zwick, pela zahar:
em 2011, o escritor e sua missão: goethe, dostoievski, ibsen e outros, em tradução de kristina michahelles, também pela zahar:
sem dúvida, deve haver vários contos em diversas antologias. à medida que localizá-los, acrescentarei aqui.
Published on March 31, 2013 10:04
March 29, 2013
benjamin costallat editor
uma monografia muito interessante de patrícia de souza frança, "livro para leitores": a atuação literária e editorial de benjamin costallat no rio de janeiro dos anos 1920, disponível aqui.
o mais interessante, do ponto de vista de uma história da tradução no brasil, é a chamada "collecção benjamin costallat", uma linha de títulos variados que foi publicada por várias editoras entre 1932 e 1934; entre elas a guanabara, a flores & mano, a minha livraria e a civilização brasileira, introduzindo vários autores e títulos inéditos no brasil.
alguma hora me deterei sobre ela. por ora, duas capinhas:
tradução de elias davidovitch
idem
o mais interessante, do ponto de vista de uma história da tradução no brasil, é a chamada "collecção benjamin costallat", uma linha de títulos variados que foi publicada por várias editoras entre 1932 e 1934; entre elas a guanabara, a flores & mano, a minha livraria e a civilização brasileira, introduzindo vários autores e títulos inéditos no brasil.
alguma hora me deterei sobre ela. por ora, duas capinhas:
tradução de elias davidovitch
idem
Published on March 29, 2013 18:07
March 26, 2013
um mann meio estropiado
fico pensando: em 1943, já tínhamos no brasil mario e o mágico (1934), morte em veneza (1934), tonio kröger (1934), o pensamento vivo de schopenhauer (1940), os buddenbrook (1942), este último já marcando o início de um trabalho de fôlego continuado na globo. ou seja, nada que parecesse indicar conjuntura propícia para uma aventura tola - e no entanto é esta a impressão que me dá a montanha mágica publicada pela editora panamericana (epasa) em 1943. a tradução vem em nome de um otto silveira, sobre quem não encontrei nenhuma outra referência, seja antes, durante ou depois dessa edição.
se o lançamento passou praticamente despercebido nas seções culturais ou bibliográficas dos jornais e das revistas literárias, causa alguma espécie a frequência com que aparecia na seção de classificados do jornal do brasil ou d'a noite, entre anúncios de charretes, colchões, tratamentos de blenorragia, sabonetes contra axilose, máquinas de carpintaria.
mário luiz frungillo, aliás, atenta ao fato de que essa tradução de otto silveira pela panamericana "suprime algumas partes, como o capítulo 'Abundância de harmonia', deixando incompreensível por que Hans Castorp desaparece de nossas vistas cantando 'A tília' de Schubert".
apesar de uma alardeada 2a. edição, nunca mais se volta a ter notícia dessa publicação um tanto esdrúxula da panamericana.
decorrerão quase dez anos até termos uma nova tradução, esta sim respeitável: a de herbert caro, pela globo, em 1952, em circulação até hoje.
se o lançamento passou praticamente despercebido nas seções culturais ou bibliográficas dos jornais e das revistas literárias, causa alguma espécie a frequência com que aparecia na seção de classificados do jornal do brasil ou d'a noite, entre anúncios de charretes, colchões, tratamentos de blenorragia, sabonetes contra axilose, máquinas de carpintaria.
mário luiz frungillo, aliás, atenta ao fato de que essa tradução de otto silveira pela panamericana "suprime algumas partes, como o capítulo 'Abundância de harmonia', deixando incompreensível por que Hans Castorp desaparece de nossas vistas cantando 'A tília' de Schubert".
apesar de uma alardeada 2a. edição, nunca mais se volta a ter notícia dessa publicação um tanto esdrúxula da panamericana.
decorrerão quase dez anos até termos uma nova tradução, esta sim respeitável: a de herbert caro, pela globo, em 1952, em circulação até hoje.
Published on March 26, 2013 16:37
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