Denise Bottmann's Blog, page 101
August 8, 2011
henry james, o peso da tarraxa
.
outro grande autor usado, mal usado e abusado cá entre nós é henry james. de seus 23 romances, quase cento e vinte contos, uma infinidade de ensaios e artigos de crítica literária, uma vasta e variada correspondência com nathaniel hawthorne, emily wharton e outros, no brasil temos apenas umas duas dúzias de gatos pingados, entre romances, novelas, contos e um pouco de crítica literária.
o frenesi editorial se concentra em the turn of the screw, cujo título usualmente é vertido num inexplicável decalque como a volta do parafuso ou a outra volta do parafuso, às vezes variando como os inocentes, decerto na esteira do filme the innocents, com roteiro de truman capote.
os outros volumes publicados entre nós são: A herdeira, A fera na selva, Os papéis de Aspern, Os embaixadores, As asas da pomba, Um peregrino apaixonado e outras histórias, Retrato de uma senhora, Os espólios de Poynton, Pelos olhos de Maisie, Lady Barberina, Daisy Miller, Os quatro encontros, A morte do leão, Até o último fantasma e outras histórias, A lição do mestre, O pupilo, A roda do tempo, O mentiroso, Um incidente internacional, A vida privada e outras histórias, A taça de ouro, Gustave Flaubert, A Madona do futuro, A arte da ficção (ou do romance, varia, e nem na íntegra), e certamente uma quantidade de contos espalhados em antologias sem identificação de conteúdo nem de tradução para consulta digital.
a vinda do the turn foi tardia: lançado em 1898, só chegou aqui em 1961. talvez para compensar o atraso, em menos de cinquenta anos sucederam-se nada menos de dez traduções e três adaptações: brenno silveira, olivia krähenbühl, wallace leal rodrigues, marcos maffei, marcelo pen, paulo henriques britto, chico lopes, guilherme braga, luciano alves meira, cláudia lopes (trad. e adapt.), marques rebelo (adapt.), ana carolina rodriguez (adapt.).
acho uma pena e um desperdício. henry james morreu faz quase um século, e pelo visto não existe sequer o mais remoto esboço
de um projeto editorial para criar um corpus jamesiano minimamente expressivo no país.

outro grande autor usado, mal usado e abusado cá entre nós é henry james. de seus 23 romances, quase cento e vinte contos, uma infinidade de ensaios e artigos de crítica literária, uma vasta e variada correspondência com nathaniel hawthorne, emily wharton e outros, no brasil temos apenas umas duas dúzias de gatos pingados, entre romances, novelas, contos e um pouco de crítica literária.
o frenesi editorial se concentra em the turn of the screw, cujo título usualmente é vertido num inexplicável decalque como a volta do parafuso ou a outra volta do parafuso, às vezes variando como os inocentes, decerto na esteira do filme the innocents, com roteiro de truman capote.
os outros volumes publicados entre nós são: A herdeira, A fera na selva, Os papéis de Aspern, Os embaixadores, As asas da pomba, Um peregrino apaixonado e outras histórias, Retrato de uma senhora, Os espólios de Poynton, Pelos olhos de Maisie, Lady Barberina, Daisy Miller, Os quatro encontros, A morte do leão, Até o último fantasma e outras histórias, A lição do mestre, O pupilo, A roda do tempo, O mentiroso, Um incidente internacional, A vida privada e outras histórias, A taça de ouro, Gustave Flaubert, A Madona do futuro, A arte da ficção (ou do romance, varia, e nem na íntegra), e certamente uma quantidade de contos espalhados em antologias sem identificação de conteúdo nem de tradução para consulta digital.
a vinda do the turn foi tardia: lançado em 1898, só chegou aqui em 1961. talvez para compensar o atraso, em menos de cinquenta anos sucederam-se nada menos de dez traduções e três adaptações: brenno silveira, olivia krähenbühl, wallace leal rodrigues, marcos maffei, marcelo pen, paulo henriques britto, chico lopes, guilherme braga, luciano alves meira, cláudia lopes (trad. e adapt.), marques rebelo (adapt.), ana carolina rodriguez (adapt.).
acho uma pena e um desperdício. henry james morreu faz quase um século, e pelo visto não existe sequer o mais remoto esboço
de um projeto editorial para criar um corpus jamesiano minimamente expressivo no país.
Published on August 08, 2011 19:28
hawthorne no brasil II
dando continuidade a
hawthorne no brasil I
:
acho engraçado que tanto se mencionem as resenhas de edgar allan poe sobre as twice-told tales de hawthorne, que até tenha se publicado uma tradução do texto de poe, com o título "nathaniel hawthorne", no volume ensaístas americanos, mas não se conheça a maioria desses contos dele em português.
sei lá, parece tudo meio fragmentário e desconexo, cheio de lacunas. existem algumas antologias que não tive tempo nem paciência de procurar, que trazem algum conto de hawthorne.
por exemplo: a coletânea que vinícius de moraes montou e publicou em 1945 (contos norte-americanos);
a de jacob penteado, dos anos 50 (primores do conto universal, vol. 3, contos norte-americanos);
a de araújo nabuco, de 1952 (as mais lindas histórias de natal dos maiores escritores do mundo), com "a consoada do quaker", que acho que é tradução portuguesa;
a de flávio moreira da costa, de 2007 (os melhores contos que a história já escreveu);
outra de flávio moreira da costa, os melhores contos de medo, horror e morte, de 2005, que traz "o experimento do dr. heidegger", mas não sei se é a mesma tradução de olívia krähenbühl de 1964;
a de bráulio tavares em 2010 (contos fantásticos: no labirinto de borges);
a de alberto manguel, de 2007, com "a marca de nascença" (contos de amor do século XIX).
é um inferno isso de não botarem o conteúdo das antologias e muito menos os nomes dos tradutores nos sites, releases e registros de obra. a gente tem de ir atrás de um em um, e muitas vezes precisa comprar o exemplar para checar ao vivo.
como o pobre hawthorne está esfrangalhado em português, pouco me anima essa trabalheira. o que dá para ver, pelo que levantei, é que tem muito do mesmo: o conto do dr. heidegger tem umas três traduções, a letra escarlate, quatro; as adaptações dos mitos gregos também foram picotadas e desmembradas, uma ou outra recebendo duas ou três traduções, totalmente fora de contexto. quanto aos romances, empacamos nos três de sempre. quanto aos contos, vejam-se os dez selecionados por olívia que citei no post anterior , somem-se os avulsos que arrolei, considere-se na melhor das hipóteses que os quatro acima não identificados seriam inéditos: mal e mal temos vinte contos!
só os dois volumes de twice-told tales somam bem mais que isso.
veja aqui. abaixo, seguem os contos linkados, todos disponíveis online.Volume 1, Twice-Told Tales (1837, 1851) Preface (1851)
The Gray Champion (1835, 1837)
Sunday at Home (1837)
The Wedding-Knell (1836, 1837)
The Minister's Black Veil (1836, 1837)
The May-Pole of Merry Mount (1836, 1837)
The Gentle Boy (1832, 1837)
Mr. Higginbotham's Catastrophe (1834, 1837)
Little Annie's Ramble (1835, 1837)
Wakefield (1835, 1837)
A Rill from the Town-Pump (1835, 1837)
The Great Carbuncle (1837)
The Prophetic Pictures (1837)
David Swan (1837)
Sights from a Steeple (1831, 1837)
The Hollow of the Three Hills (1830, 1837)
The Toll-Gatherer's Day (1837, 1842)
The Vision of the Fountain (1835, 1837)
Fancy's Show Box (1837)
Dr. Heidegger's Experiment (1837)
Volume 2, Twice-Told Tales (1837, 1851)
Legends of the Province House I. Howe's Masquerade (1838, 1842)
II. Edward Randolph's Portrait (1838, 1842)
III. Lady Eleanore's Mantle (1838, 1842)
IV. Old Esther Dudley (1839, 1842)
The Haunted Mind (1835, 1842)
The Village Uncle (1835, 1842)
The Ambitious Guest (1835, 1842)
The Sister Years (1835, 1842)
Snow-Flakes (1838, 1842)
The Seven Vagabonds (1833, 1842)
The White Old Maid (1835, 1842)
Peter Goldthwaite's Treasure (1838, 1842)
Chippings with a Chisel (1838, 1842)
The Shaker Bridal (1838, 1842)
Night Sketches (1838, 1842)
Endicott and the Red Cross (1838, 1842)
The Lily's Quest (1839, 1842)
Foot-prints on the Sea-shore (1838, 1842)
Edward Fane's Rosebud (1837, 1842)
The Threefold Destiny (1838, 1842)
não que pessoalmente eu goste muito de hawthorne, mas, por sua importância literária, mereceríamos ter edições mais sistemáticas e coerentes de sua obra, como a globo fez com edgar allan poe nos anos 1940, graças ao trabalho hercúleo de oscar mendes e sobretudo de milton amado.
quanto a hawthorne, começa que seus romances (três deles) demoraram quase cem anos para chegar ao brasil. outras obras, faz uns 170/ 180 anos que foram escritas e não deram sinal de vida por aqui. já entre o material que chegou, não deixa de ser curioso que um mesmo conto, ainda o "dr. heidegger", tenha sido inicialmente publicado numa coletânea de histórias cômicas e burlescas, e sessenta anos depois integre uma coletânea de histórias de medo e horror. e por aí vai....
acho engraçado que tanto se mencionem as resenhas de edgar allan poe sobre as twice-told tales de hawthorne, que até tenha se publicado uma tradução do texto de poe, com o título "nathaniel hawthorne", no volume ensaístas americanos, mas não se conheça a maioria desses contos dele em português.
sei lá, parece tudo meio fragmentário e desconexo, cheio de lacunas. existem algumas antologias que não tive tempo nem paciência de procurar, que trazem algum conto de hawthorne.
por exemplo: a coletânea que vinícius de moraes montou e publicou em 1945 (contos norte-americanos);
a de jacob penteado, dos anos 50 (primores do conto universal, vol. 3, contos norte-americanos);
a de araújo nabuco, de 1952 (as mais lindas histórias de natal dos maiores escritores do mundo), com "a consoada do quaker", que acho que é tradução portuguesa;
a de flávio moreira da costa, de 2007 (os melhores contos que a história já escreveu);
outra de flávio moreira da costa, os melhores contos de medo, horror e morte, de 2005, que traz "o experimento do dr. heidegger", mas não sei se é a mesma tradução de olívia krähenbühl de 1964;
a de bráulio tavares em 2010 (contos fantásticos: no labirinto de borges);
a de alberto manguel, de 2007, com "a marca de nascença" (contos de amor do século XIX).
é um inferno isso de não botarem o conteúdo das antologias e muito menos os nomes dos tradutores nos sites, releases e registros de obra. a gente tem de ir atrás de um em um, e muitas vezes precisa comprar o exemplar para checar ao vivo.
como o pobre hawthorne está esfrangalhado em português, pouco me anima essa trabalheira. o que dá para ver, pelo que levantei, é que tem muito do mesmo: o conto do dr. heidegger tem umas três traduções, a letra escarlate, quatro; as adaptações dos mitos gregos também foram picotadas e desmembradas, uma ou outra recebendo duas ou três traduções, totalmente fora de contexto. quanto aos romances, empacamos nos três de sempre. quanto aos contos, vejam-se os dez selecionados por olívia que citei no post anterior , somem-se os avulsos que arrolei, considere-se na melhor das hipóteses que os quatro acima não identificados seriam inéditos: mal e mal temos vinte contos!
só os dois volumes de twice-told tales somam bem mais que isso.
veja aqui. abaixo, seguem os contos linkados, todos disponíveis online.Volume 1, Twice-Told Tales (1837, 1851) Preface (1851)
The Gray Champion (1835, 1837)
Sunday at Home (1837)
The Wedding-Knell (1836, 1837)
The Minister's Black Veil (1836, 1837)
The May-Pole of Merry Mount (1836, 1837)
The Gentle Boy (1832, 1837)
Mr. Higginbotham's Catastrophe (1834, 1837)
Little Annie's Ramble (1835, 1837)
Wakefield (1835, 1837)
A Rill from the Town-Pump (1835, 1837)
The Great Carbuncle (1837)
The Prophetic Pictures (1837)
David Swan (1837)
Sights from a Steeple (1831, 1837)
The Hollow of the Three Hills (1830, 1837)
The Toll-Gatherer's Day (1837, 1842)
The Vision of the Fountain (1835, 1837)
Fancy's Show Box (1837)
Dr. Heidegger's Experiment (1837)
Volume 2, Twice-Told Tales (1837, 1851)
Legends of the Province House I. Howe's Masquerade (1838, 1842)
II. Edward Randolph's Portrait (1838, 1842)
III. Lady Eleanore's Mantle (1838, 1842)
IV. Old Esther Dudley (1839, 1842)
The Haunted Mind (1835, 1842)
The Village Uncle (1835, 1842)
The Ambitious Guest (1835, 1842)
The Sister Years (1835, 1842)
Snow-Flakes (1838, 1842)
The Seven Vagabonds (1833, 1842)
The White Old Maid (1835, 1842)
Peter Goldthwaite's Treasure (1838, 1842)
Chippings with a Chisel (1838, 1842)
The Shaker Bridal (1838, 1842)
Night Sketches (1838, 1842)
Endicott and the Red Cross (1838, 1842)
The Lily's Quest (1839, 1842)
Foot-prints on the Sea-shore (1838, 1842)
Edward Fane's Rosebud (1837, 1842)
The Threefold Destiny (1838, 1842)
não que pessoalmente eu goste muito de hawthorne, mas, por sua importância literária, mereceríamos ter edições mais sistemáticas e coerentes de sua obra, como a globo fez com edgar allan poe nos anos 1940, graças ao trabalho hercúleo de oscar mendes e sobretudo de milton amado.
quanto a hawthorne, começa que seus romances (três deles) demoraram quase cem anos para chegar ao brasil. outras obras, faz uns 170/ 180 anos que foram escritas e não deram sinal de vida por aqui. já entre o material que chegou, não deixa de ser curioso que um mesmo conto, ainda o "dr. heidegger", tenha sido inicialmente publicado numa coletânea de histórias cômicas e burlescas, e sessenta anos depois integre uma coletânea de histórias de medo e horror. e por aí vai....
Published on August 08, 2011 13:34
hawthorne no brasil I
Nathaniel Hawthorne foi um dos expoentes da chamada Renascença americana, com Emerson, Thoreau, Melville (o qual, aliás, lhe dedicou seu Moby Dick) e Whitman. Estilista fino, na linha do romantismo sombrio, é tido como um dos pais da short story ao lado de Edgar Allan Poe.
Entre nós, Hawthorne é mais conhecido por seus romances The Scarlet Letter, House of Seven Gables e The Marble Faun. O primeiro é o mais traduzido entre nós,* enquanto os dois últimos continuam a ser reeditados em respeitáveis, mas vetustas traduções, e valeriam uma renovação. Além deles, temos os mitos gregos adaptados em Tanglewood Tales e A Wonder-Book for Girls and Boys, uma dúzia e meia de contos e só.
A casa das sete torres, Ligia Autran Rodrigues Pereira, Livraria Martins, 1942
"A experiência do dr.Heidegger", in Os mais belos contos humorísticos, satíricos e jocosos dos mais famosos autores, Manuel R. da Silva, Vecchi, 1944 (2a. ed.)
"O homem que morreu três vezes", in Os mais belos contos policiais dos mais famosos autores, Alfredo Ferreira [et al.], Vecchi, 1947
A letra escarlate, Sodré Viana, José Olympio, 1948 (2a. ed.)
A letra escarlate, em nome de Isaac Mielnik, Clube do Livro, 1949**
O paraíso juvenil, Manuel R. da Silva,Vecchi, 1950
"Davi Swan", in Mar de Histórias (Romantismo), Aurélio B. de Hollanda e Paulo Rónai, José Olympio, c. 1951
O fauno de mármore, Constantino Paleólogo, O Cruzeiro, 1952
A letra escarlate, A. Pinto de Carvalho, Saraiva, 1957
"David Swan", in Maravilhas do conto norte-americano,
anônimo, Cultrix, 1957
"A filha de Rappaccini", in Novelas norte-americanas,
Eurico Dowens [?], Cultrix, 1963
Histórias de Nathaniel Hawthorne, Olívia Krähenbühl, Cultrix, 1964
Contos da Grécia antiga, Oscar Mendes,Melhoramentos, 1965
"O jovem mestre Brown", in As melhores histórias insólitas,
Alair de Oliveira Gomes, Bruguera, s/d (c. 1970)
"A filha de Rappaccini", in O melhor da ficção científica do século XIX, Barbara Theoto Lambert, Melhoramentos, 1988
"Meu parente, o major Molineux", in América,
Clássicos do conto norte-americano, Celso M. Paciornik,
Iluminuras, 2001
Um livro de maravilhas para meninas e meninos, Monica Veronezi Rizzolo e Afonso Teixeira Filho, Landy, 2001
"O hóspede ambicioso", in A selva do dinheiro,
Roberto Muggiati, Record, 2002
Toque de ouro, Tatiana Belinky, Editora 34, 2002
"O jovem Goodman Brown", in Contos fantásticos do século XIX, Ricardo Lísias, Companhia das Letras, 2004
Wakefield, Silveira de Souza,
Virtualbooks, 2004
"Wakefield", Zaida Maldonado,
Bestiário ano 1, n. 5, 2004
"O banquete de Natal", in Os mais belos contos de amor e esperança, Chico Lopes, Prestígio, 2005
O minotauro, adapt. Edmir Perrotti,
Paulinas, 2005
"O baile de máscaras de Howe", Josimara Tonella-Estigarribia,
Bestiário, ano 2, n. 15, 2005
Vinte dias com Julian & Coelhinho, por papai, Sônia Coutinho, José Olympio, 2006
"O jovem Goodman Brown", in Os melhores contos fantásticos,
Maria Luiza X. de A. Borges, Nova Fronteira, 2006
A letra escarlate, Christian Schwartz,
Companhia das Letras, 2011
Não incluí aqui resumos e adaptações juvenis d'A letra escarlate, nem as reedições da antologia de Olívia Krähenbühl (1964) sob novos títulos na Cultrix em 1987 e também na Ediouro (1966 e 1989). Os contos selecionados e traduzidos por ela são "O paladino grisalho", "O véu negro do ministro", "Os retratos proféticos", "O experimento do dr. Heidegger", "O sinal de nascença", "A estrada de ferro celestial", "Cabeça-de-pena: uma lenda moral", "O egoísmo ou a serpente no peito", "Drowne e sua imagem de madeira", "O grande rosto de pedra" e "Ethan Brand".
Voltarei a Hawthorne num artigo geral sobre a American Renaissance e sua recepção no Brasil. A quem se interessar, há várias menções a ele em Lendo Walden - basta consultar no quadrinho de busca do Google, na coluna à direita do blog.
* Está cadastrada no ISBN/FBN uma tradução de The Scarlet Letter de Guilherme Braga, para a editora BestSeller, em 2010, mas, até onde sei, ainda não foi lançada.
** Tenho algumas dúvidas sobre a autenticidade desta tradução.
.

Entre nós, Hawthorne é mais conhecido por seus romances The Scarlet Letter, House of Seven Gables e The Marble Faun. O primeiro é o mais traduzido entre nós,* enquanto os dois últimos continuam a ser reeditados em respeitáveis, mas vetustas traduções, e valeriam uma renovação. Além deles, temos os mitos gregos adaptados em Tanglewood Tales e A Wonder-Book for Girls and Boys, uma dúzia e meia de contos e só.
A casa das sete torres, Ligia Autran Rodrigues Pereira, Livraria Martins, 1942
"A experiência do dr.Heidegger", in Os mais belos contos humorísticos, satíricos e jocosos dos mais famosos autores, Manuel R. da Silva, Vecchi, 1944 (2a. ed.)
"O homem que morreu três vezes", in Os mais belos contos policiais dos mais famosos autores, Alfredo Ferreira [et al.], Vecchi, 1947
A letra escarlate, Sodré Viana, José Olympio, 1948 (2a. ed.)
A letra escarlate, em nome de Isaac Mielnik, Clube do Livro, 1949**
O paraíso juvenil, Manuel R. da Silva,Vecchi, 1950
"Davi Swan", in Mar de Histórias (Romantismo), Aurélio B. de Hollanda e Paulo Rónai, José Olympio, c. 1951
O fauno de mármore, Constantino Paleólogo, O Cruzeiro, 1952
A letra escarlate, A. Pinto de Carvalho, Saraiva, 1957
"David Swan", in Maravilhas do conto norte-americano,anônimo, Cultrix, 1957
"A filha de Rappaccini", in Novelas norte-americanas,Eurico Dowens [?], Cultrix, 1963
Histórias de Nathaniel Hawthorne, Olívia Krähenbühl, Cultrix, 1964
Contos da Grécia antiga, Oscar Mendes,Melhoramentos, 1965
"O jovem mestre Brown", in As melhores histórias insólitas,Alair de Oliveira Gomes, Bruguera, s/d (c. 1970)
"A filha de Rappaccini", in O melhor da ficção científica do século XIX, Barbara Theoto Lambert, Melhoramentos, 1988
"Meu parente, o major Molineux", in América, Clássicos do conto norte-americano, Celso M. Paciornik,
Iluminuras, 2001
Um livro de maravilhas para meninas e meninos, Monica Veronezi Rizzolo e Afonso Teixeira Filho, Landy, 2001
"O hóspede ambicioso", in A selva do dinheiro,Roberto Muggiati, Record, 2002
Toque de ouro, Tatiana Belinky, Editora 34, 2002
"O jovem Goodman Brown", in Contos fantásticos do século XIX, Ricardo Lísias, Companhia das Letras, 2004
Wakefield, Silveira de Souza,Virtualbooks, 2004
"Wakefield", Zaida Maldonado,Bestiário ano 1, n. 5, 2004
"O banquete de Natal", in Os mais belos contos de amor e esperança, Chico Lopes, Prestígio, 2005
O minotauro, adapt. Edmir Perrotti,Paulinas, 2005
"O baile de máscaras de Howe", Josimara Tonella-Estigarribia,Bestiário, ano 2, n. 15, 2005
Vinte dias com Julian & Coelhinho, por papai, Sônia Coutinho, José Olympio, 2006
"O jovem Goodman Brown", in Os melhores contos fantásticos,Maria Luiza X. de A. Borges, Nova Fronteira, 2006
A letra escarlate, Christian Schwartz,Companhia das Letras, 2011
Não incluí aqui resumos e adaptações juvenis d'A letra escarlate, nem as reedições da antologia de Olívia Krähenbühl (1964) sob novos títulos na Cultrix em 1987 e também na Ediouro (1966 e 1989). Os contos selecionados e traduzidos por ela são "O paladino grisalho", "O véu negro do ministro", "Os retratos proféticos", "O experimento do dr. Heidegger", "O sinal de nascença", "A estrada de ferro celestial", "Cabeça-de-pena: uma lenda moral", "O egoísmo ou a serpente no peito", "Drowne e sua imagem de madeira", "O grande rosto de pedra" e "Ethan Brand".
Voltarei a Hawthorne num artigo geral sobre a American Renaissance e sua recepção no Brasil. A quem se interessar, há várias menções a ele em Lendo Walden - basta consultar no quadrinho de busca do Google, na coluna à direita do blog.
* Está cadastrada no ISBN/FBN uma tradução de The Scarlet Letter de Guilherme Braga, para a editora BestSeller, em 2010, mas, até onde sei, ainda não foi lançada.
** Tenho algumas dúvidas sobre a autenticidade desta tradução.
.
Published on August 08, 2011 12:55
responsabilidade acadêmica
No programa de curso de uma disciplina na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, agora para o segundo semestre de 2011, um docente alerta:

Os textos de Aristóteles, Maquiavel, Hobbes, Locke, Rousseau e Montesquieu podem ser encontrados em diferentes edições, e em vários idiomas, na Biblioteca Setorial de Ciências Sociais e Humanidades (BSCSH), em outras bibliotecas da UFRGS e nas livrarias. As edições indicadas acima são as que utilizarei, mas os alunos podem optar por outras. Caso os alunos queiram adquirir os livros, sugiro evitar os livros da Editora Martin Claret, cujas traduções não são confiáveis.
Published on August 08, 2011 10:09
woolf no brasil
.a primeira tradução de virginia woolf no brasil foi a de mário quintana, mrs. dalloway (aliás, a única até hoje). pena que não consegui uma imagem maior da capa da primeira edição.
Mrs. Dalloway,
Mário Quintana, Globo, 1946
Orlando,
Cecília Meireles, Globo, 1948
"Três quadros" e "O legado", in Contos e novelas de língua estrangeira, Yolanda L. dos Santos e Nádia Santos, Logos, 1955
O farol,
Luiza Lobo, Gráfica Record, 1968
"Beau Brummel", in Livro de cabeceira da mulher ano II, vol. 8, anônimo, Civilização Brasileira, 1968
Passeio ao farol,
Oscar Mendes, Labor do Brasil, 1976
Noite e dia,
Raul de Sá Barbosa, Nova Fronteira, 1979
As ondas,
Lya Luft, Nova Fronteira, 1980
O quarto de Jacob,
Lya Luft, Nova Fronteira, 1980
Entre os atos,
Lya Luft, Nova Fronteira, 1981
Os anos,
Raul de Sá Barbosa, Nova Fronteira, 1982
A cortina da tia Bá,
Ruth Rocha, Ática, 1983
Uma casa assombrada,
José Antônio Arantes, Nova Fronteira, 1984
Momentos de vida,
Paula Maria Rosas, Nova Fronteira, 1985
Um teto todo seu,Vera Ribeiro, Nova Fronteira, 1985
Os diários de Virginia Woolf,
José Antônio Arantes, Companhia das Letras, 1989
Objetos sólidos,
Hélio Pólvora, Siciliano, 1992
A viagem,
Lya Luft, Siciliano, 1993
Kew Gardens, O status intelectual da mulher, Um toque feminino na ficção, Profissões para mulheres, Patricia de Freitas Camargo e José Arlindo de Castro, Paz e Terra, 1996
A casa de Carlyle e outros esboços,
Carlos Tadeu Galvão, Nova Fronteira, 2003
Flush - memórias de um cão,
Ana Ban, L&PM, 2003
"O legado", in A selva do amor,
Roberto Muggiati [?], Record, 2003

"Segunda ou terça-feira", in Bestiário, ano 1, n. 1,
Roberto Schmitt-Prym, 2004
Contos completos,
Leonardo Fróes, Cosac Naify, 2005
"Azul & verde", in Bestiário, ano 2, n. 12,
Leonardo Vieira de Almeida, 2005,
"Uma casa assombrada", in Bestiário, ano 2, 18,
Leonardo Vieira de Almeida, 2005
Cenas londrinas,
Myriam Campelo, José Olympio, 2006
O leitor comum,
Luciana Viégas, Graphia, 2007
..
Mrs. Dalloway,Mário Quintana, Globo, 1946
Orlando,Cecília Meireles, Globo, 1948
"Três quadros" e "O legado", in Contos e novelas de língua estrangeira, Yolanda L. dos Santos e Nádia Santos, Logos, 1955
O farol,Luiza Lobo, Gráfica Record, 1968
"Beau Brummel", in Livro de cabeceira da mulher ano II, vol. 8, anônimo, Civilização Brasileira, 1968
Passeio ao farol,Oscar Mendes, Labor do Brasil, 1976
Noite e dia,Raul de Sá Barbosa, Nova Fronteira, 1979
As ondas,Lya Luft, Nova Fronteira, 1980
O quarto de Jacob,Lya Luft, Nova Fronteira, 1980
Entre os atos,Lya Luft, Nova Fronteira, 1981
Os anos,Raul de Sá Barbosa, Nova Fronteira, 1982
A cortina da tia Bá,Ruth Rocha, Ática, 1983
Uma casa assombrada,José Antônio Arantes, Nova Fronteira, 1984
Momentos de vida,Paula Maria Rosas, Nova Fronteira, 1985
Um teto todo seu,Vera Ribeiro, Nova Fronteira, 1985
Os diários de Virginia Woolf,José Antônio Arantes, Companhia das Letras, 1989
Objetos sólidos,Hélio Pólvora, Siciliano, 1992
A viagem,Lya Luft, Siciliano, 1993
Kew Gardens, O status intelectual da mulher, Um toque feminino na ficção, Profissões para mulheres, Patricia de Freitas Camargo e José Arlindo de Castro, Paz e Terra, 1996
A casa de Carlyle e outros esboços,Carlos Tadeu Galvão, Nova Fronteira, 2003
Flush - memórias de um cão,Ana Ban, L&PM, 2003
"O legado", in A selva do amor,Roberto Muggiati [?], Record, 2003

"Segunda ou terça-feira", in Bestiário, ano 1, n. 1,
Roberto Schmitt-Prym, 2004
Contos completos,Leonardo Fróes, Cosac Naify, 2005
"Azul & verde", in Bestiário, ano 2, n. 12,Leonardo Vieira de Almeida, 2005,
"Uma casa assombrada", in Bestiário, ano 2, 18,Leonardo Vieira de Almeida, 2005
Cenas londrinas,Myriam Campelo, José Olympio, 2006
O leitor comum,Luciana Viégas, Graphia, 2007
..
Published on August 08, 2011 06:12
August 7, 2011
interessâncias
interessante o catálogo digitalizado da exposición del libro brasileño contemporáneo, madri, 1959, na divisão de obras
raras da biblioteca nacional (fbn): veja aqui.
.
Published on August 07, 2011 09:56
livronauta
sempre cito o site da estante virtual, com um inestimável acervo para pesquisas e consultas bibliográficas. recentemente nasceu mais um portal, o
livronauta
: vale a pena!
old bookshop
.
old bookshop
.
Published on August 07, 2011 09:11
August 6, 2011
autor como cotradutor
.
minha boutade do mês está em "osmose literária", na revista da livraria cultura deste mês. disponível aqui.
.
minha boutade do mês está em "osmose literária", na revista da livraria cultura deste mês. disponível aqui.
.
Published on August 06, 2011 20:20
joyce no brasil
aqui o levantamento de james joyce em traduções brasileiras, em suas primeiras edições.* imagino que deve existir mais algum material avulso, publicado em revistas e jornais.
"contrapartes", almiro rolmes barbosa, livraria martins, 1944 (aqui capa de 1962)
josé geraldo vieira, globo, 1945
"o bazar", anônimo [jpp?], cultrix, 1957
"arábia", alfredo mesquita, edigraf, 1962
hamilton trevisan, civilização brasileira, 1964
augusto e haroldo de campos, excertos, imprensa oficial, 1965
antônio houaiss, civilização brasileira, 1966
antônio houaiss, record, c. 1984
paulo leminski, brasiliense, 1985
"po'mas, pechincha", marcelo tápia, expressão: timbre, 1986
"compensações", aurélio b. de hollanda e paulo rónai, nova fronteira, 1988 (2a. ed.)

mary pedrosa, massao ohno, 1988
dublinenses, josé roberto o'shea, siciliano, 1992
bernardina da silveira pinheiro, siciliano, 1992
marcelo tápia e luís dolhnikoff, poemas (penyeach and chamber music), olavobrás, 1992
alípio correia de franca neto, iluminuras, 1998
josé antônio arantes, iluminuras, 1999
donald schüler, ateliê editorial, 1999 (5 vols.)
eric ponty, virtualbooks, 2000
"prefácio" a aforismos de oscar wilde, duda machado e renata cordeiro, landy, 2000
alípio correia de franca neto, iluminuras, 2001
"molly bloom censurado", ivan neisz kuck e elis abreu, ediouro, 2003
alípio correia de franca neto, iluminuras, 2003
bernardina da silveira pinheiro, objetiva, 2005
"anna livia plurabelle", dirce waltrick do amarante, iluminuras, 2009
"contrapartidas", leo schlafman, agir, 2010
há alguns anos anuncia-se o lançamento de stephen hero em tradução de alípio correia da franca neto, pela iluminuras, mas ainda não saiu; para o ano que vem, deve sair ulisses em tradução de caetano galindo, pela companhia das letras.
* a exceção é mar de histórias, cuja edição inicial em dois volumes é de 1945. em 1958, sai uma edição bastante ampliada, mas não sei se joyce estava presente.
fontes e imagens: peter o'neill; fbn; estante virtual; google images

"contrapartes", almiro rolmes barbosa, livraria martins, 1944 (aqui capa de 1962)
josé geraldo vieira, globo, 1945
"o bazar", anônimo [jpp?], cultrix, 1957
"arábia", alfredo mesquita, edigraf, 1962
hamilton trevisan, civilização brasileira, 1964
augusto e haroldo de campos, excertos, imprensa oficial, 1965
antônio houaiss, civilização brasileira, 1966
antônio houaiss, record, c. 1984
paulo leminski, brasiliense, 1985
"po'mas, pechincha", marcelo tápia, expressão: timbre, 1986
"compensações", aurélio b. de hollanda e paulo rónai, nova fronteira, 1988 (2a. ed.)
mary pedrosa, massao ohno, 1988
dublinenses, josé roberto o'shea, siciliano, 1992
bernardina da silveira pinheiro, siciliano, 1992
marcelo tápia e luís dolhnikoff, poemas (penyeach and chamber music), olavobrás, 1992
alípio correia de franca neto, iluminuras, 1998
josé antônio arantes, iluminuras, 1999
donald schüler, ateliê editorial, 1999 (5 vols.)
eric ponty, virtualbooks, 2000
"prefácio" a aforismos de oscar wilde, duda machado e renata cordeiro, landy, 2000
alípio correia de franca neto, iluminuras, 2001
"molly bloom censurado", ivan neisz kuck e elis abreu, ediouro, 2003
alípio correia de franca neto, iluminuras, 2003
bernardina da silveira pinheiro, objetiva, 2005
"anna livia plurabelle", dirce waltrick do amarante, iluminuras, 2009
"contrapartidas", leo schlafman, agir, 2010há alguns anos anuncia-se o lançamento de stephen hero em tradução de alípio correia da franca neto, pela iluminuras, mas ainda não saiu; para o ano que vem, deve sair ulisses em tradução de caetano galindo, pela companhia das letras.
* a exceção é mar de histórias, cuja edição inicial em dois volumes é de 1945. em 1958, sai uma edição bastante ampliada, mas não sei se joyce estava presente.
fontes e imagens: peter o'neill; fbn; estante virtual; google images
Published on August 06, 2011 04:58
August 5, 2011
Denise Bottmann's Blog
- Denise Bottmann's profile
- 23 followers
Denise Bottmann isn't a Goodreads Author
(yet),
but they
do have a blog,
so here are some recent posts imported from
their feed.

