Igor Marcondes's Blog, page 10

October 12, 2019

Amor-próprio

Eu tinha tudo

quando comia

nas suas mãos

o vazio que recebia

do nada que você me dava

achando que fazia muito

sem nem mover um dedo

e quando a fome chegou

eu vi crescer em mim

a força de um alimento novo

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Published on October 12, 2019 06:44

October 10, 2019

Confissão

O medo

maior que a vontade:

aí está o erro

que não consigo evitar

quando o que quero

me leva pra fora

da realidade

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Published on October 10, 2019 15:39

October 9, 2019

Minha experiência como autor independente – parte V: as ferramentas de trabalho*

Ok, esse pode parecer um tema óbvio para quem não está no mercado editorial. Afinal, o que um autor precisa além de caneta e papel ou um computador, certo? Num mundo ideal, é só escrever. Porém, não é bem assim que acontece.


Atualmente, uso o Canva.com para me ajudar com posts de Instagram, meu celular, as ferramentas do Kindle Direct Publishing, alguns editores de imagem para leigos, redes sociais, WordPress e muitos livros.


Olhando assim, parece nada, mas é muito. Basicamente escrevo, edito e posto meu conteúdo, bem como analiso os dados resultantes para entender que caminho tomar. Claro, eu não me tornei especialista em nenhum outro campo, mas o básico dessas habilidades tive que desenvolver por necessidade.


Nas últimas semanas, por exemplo, além de traduzir um dos meus livros para espanhol e inglês, tenho trabalhado na edição física dele, utilizando a ajuda da Amazon. Está sendo difícil, mas acredito que até dezembro esses projetos se tornem realidade.


Nesse sentido, um autor independente não pode apenas escrever, do contrário, não atingirá leitores. Ele precisa usar o que tem à mão. Ferramentas on-line e gratuitas, ainda que sejam básicas, ajudam. E num primeiro momento, acredito que isso é melhor do que não estar presente de forma alguma no mercado.


Somado a isso, a ajuda de amigos é imprescindível. No meu caso, tenho muita sorte. Além de me ajudarem com as capas, eles já escreveram sinopses e revisaram meus livros pra mim. Então, aproveito para deixar meu agradecimento eterno a essas pessoas maravilhosas que tive a oportunidade de conhecer.


De qualquer forma, acredito que a única coisa com a qual um autor realmente tem que se preocupar é com a qualidade do que escreve. De resto, ele pode fazer o seu melhor, que pode ser o básico, e torcer para que seja suficiente. Nessa atitude, está embutida a ideia de que as coisas levam tempo para acontecer.


No futuro, espero não precisar de todas essas ferramentas que, em alguns casos, me distraem da minha verdadeira função, mas até que esse dia chegue, preciso me virar com o que tenho.


E o que eu tenho agora são três livros digitais na Amazon, Uma cura para a vida (lançado recentemente!!!), Um poema para cada dia em que não te vi e Cinza São Paulo. Além disso, publiquei dois contos com um preço bem acessível para que novos leitores possam experimentar minha escrita: Após o beijo e A cadeira vazia. Aqui no Autorias.com.br, sempre tem poemas, crônicas, contos, textos críticos e até playlists. Ah, e eu posto todo dia no @igorautor.


*Texto publicado originalmente no LinkedIn.

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Published on October 09, 2019 14:21

Tão pequeno

Ele não tem paciência,

quer o desejo

e nada mais,

se perde no discurso

que condena

um suposto moralismo,

mas se esquece

que o outro não é objeto

e não está ao dispor

de um valor

que se supõe ter o egoísmo

para ele, cinco minutos

valem mais que uma vida,

por isso o prazer dele

é tão curto,

pois entender o gozo maior

é muito trabalhoso

pra quem só vive no agora

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Published on October 09, 2019 09:44

October 8, 2019

Reticências

O imediatismo era seu vício, não poderia esperar, era pra ontem, ela estava atrasada no amor. Falou do cachorro que adotou semana passada, com o qual ela fazia fotos felizes, mas não suportava cuidar. Falou da viagem de férias que estava programada. Paris, cidade do amor que ela visitaria sozinha. Falou de como estava no ápice da carreira profissional, salário bom e benefícios incríveis que lhe causaram ansiedade. A resposta daquela que era seu objetivo veio como pergunta. Feliz, eu? Um “Claro” com reticências a deixou pensativa. Para si mesma, refez a pergunta mentalmente. Sim, sou feliz! A afronta não poderia ser perdoada. Como ela se atrevia a questionar tudo o que tinha conquistado? Deslizou o dedo algumas vezes na tela do celular. Excluir.

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Published on October 08, 2019 17:37

October 7, 2019

Reflexões: sobre a empatia

Pense na coisa mais simples que você faz no seu dia a dia. Agora, imagine ser impedido de fazê-la. Para realizar essa ação tão banal, agora, na sua imaginação, você precisará da ajuda de alguém. Porém, considere que essa pessoa também tem uma rotina, tarefas a fazer e, consequentemente, não pode te auxiliar imediatamente. Imaginou? Talvez tenha considerado como é bom tomar banho ou como é prazeroso cozinhar sua própria comida. Não, talvez tenha pensado algo ainda mais simples, pensou como é gostoso dormir na sua própria cama, na posição que quiser. Todas as ações que vieram à sua cabeça são importantes na sua vida. Portanto, reflita sobre como algo tão simples pode ser tão significativo. Essa não é uma questão de espiritualidade, traga essa ação que imaginou para a complexidade da vida, entenda como é possível que tudo, absolutamente tudo mude daqui a poucos segundos e você já não possa mais realizar a coisa mais habitual do seu dia a dia. Provavelmente, não sentirá, mas perder essa liberdade dói muito. Penso que entender isso é importante, pois ajuda a cultivar a humildade e, principalmente, a empatia. Nesse sentido, pergunto: quem, hoje, você conhece que precisa de auxílio para realizar algo comum como escovar os dentes? Ajude essa pessoa, mas também a si mesmo. Valorize os atos triviais como dançar, abraçar, cozinhar, ler, conversar, o que seja, pois são essas coisas consideradas insignificantes que farão mais falta quando, porventura, estivermos impedidos de realizá-las. Seja empático, por favor, pois as pessoas que já estão nessa situação sempre guardam um pouco de remorso e nostalgia pelo que não conseguem mais fazer sozinhas.

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Published on October 07, 2019 05:33

October 6, 2019

Não se defina pelo tempo

Não há momento definidor

pois o movimento é constante

a vida pode demorar na dor

mas no total é só um instante


então respire enquanto o ar vem

e caminhe para aonde quiser

o fim chegará quando puder

e a instabilidade é o que faz bem


Não há momento definidor

pois a realidade é mutante

olhe pra trás e respeite a dor

no total ela será insignificante

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Published on October 06, 2019 09:17

October 5, 2019

Uma pergunta retórica

Folheei meu caderno

em busca de um poema

mas decidi falar sobre a verdade

que não rima

não tem estrutura definida

e é óbvia:

a vida é a morte

talvez eu tenha perdido o tato

me desculpe

é que a beleza mórbida da vida

me sugere uma dor constante

pra mim

a vida é um morrer lentamente

por isso é tão dolorosa

então eu te pergunto:

o que você faz pra diminuir a dor?

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Published on October 05, 2019 06:00

October 4, 2019

O medo da solidão cria sua espiritualidade
não te acho fr...

O medo da solidão cria sua espiritualidade

não te acho fraco por ser assim

só reflito sobre a sua dificuldade

de aceitar que você é seu próprio fim

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Published on October 04, 2019 06:29

October 3, 2019

Que engraçado, você está me ensinando
a necessidade de ac...

Que engraçado, você está me ensinando

a necessidade de acreditar num deus

ouço com atenção como está se enganando:

os erros não são do destino, são seus

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Published on October 03, 2019 09:51

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Igor Marcondes
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