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Agustina Bessa-Luís Agustina Bessa-Luís > Quotes

 

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“São os espíritos superficiais que mais crêem nos êxitos retumbantes, nas fórmulas fáceis para vencer, pois isso lhes lisonjeia a incapacidade e a fraqueza de vontade.Os lances engenhosos, em que se torce a moral para obter um mais rápido efeito, conseguem grande público.Mas a vida, cujas leis são infinitamente mais sóbrias, mais puras que as dos homens, não as aceita”
Agustina Bessa-Luís, A Sibila
“O sofrimento é como a liberdade: só aos corações de grande fortaleza pode aproveitar, aos outros humilha-os e corrompe-os, e mais nada.”
Agustina Bessa-Luís, Contemplação Carinhosa da Angústia
“É nas coisas simples e sem originalidade que reside o segredo do sentimento humano.”
Agustina Bessa-Luís, Mundo Fechado
“As coisas feias são tão próprias do mundo como as bonitas. Tu és muito nova, menina, e, no colégio, não fazem outra coisa senão tapar-te os olhos- o que é um engano, menina. Conhecer o mal é já uma defesa. Onde não há inocência, pode haver pecado; mas onde não há sabedoria, há sempre desgraça.”
Agustina Bessa-Luís, A Sibila
“Conhecer o mal é já uma defesa. Onde não há inocência, pode haver pecado; mas onde não há sabedoria, há sempre desgraça.”
Agustina Bessa-Luís, A Sibila
“É muito importante a dificuldade, é muito importante os passos serem dados lentamente e a pessoa sentir que não é fácil escrever. Como não é fácil viver, de resto.”
Agustina Bessa-Luís
“A pena que tenho sempre que me vou embora não está no momento da partida, mas em todas as mudanças que sou obrigada a fazer, quando retiro outra vez o meu pente e a escova de dentes da prateleira do lavatório. Aqueles espaços vazios significam mais do que saudade, dão-me a impressão de que alguma coisa acabou, e que eu tenho culpa de que isso acontecesse". Isto não era um diário, mas simplesmente uma carta para sua mãe. E acrescentaria, anos depois: "Mudar de hábitos e de lugar, que é senão uma fútil maneira de encarar a morte?”
Agustina Bessa-Luís, A Sibila
“Francamente – porque pensam que eu escrevo? Para incomodar o maior número de pessoas, com o máximo de inteligência. Por narcisismo, que é um facto civilizador.”
Agustina Bessa-Luís, Contemplação Carinhosa da Angústia
“A memória elabora a melhor das artes; a imaginação só as respeita quando não as perturba.”
Agustina Bessa-Luís, Contemplação Carinhosa da Angústia
“A nossa era é consagrada ao sucesso, e não à eternidade do homem.”
Agustina Bessa-Luís, Contemplação Carinhosa da Angústia
“É esta a mais grandiosa história dos homens, a de tudo o que estremece, sonha, espera e tenta, sob a carapaça da sua consciência, sob a pele, sob os nervos, sob os dias felizes e monótonos, os desejos concretos, a banalidade que escorre das suas vidas, os seus crimes e as suas redenções, as suas vítimas e os seus algozes, a concordância dos seus sentidos com a sua moral. Tudo o que vivemos nos faz inimigos, estranhos, incapazes de fraternidade. Mas o que fica irrealizado, sombrio, vencido, dentro da alma mais mesquinha e apagada, é o bastante para irmanar esta semente humana cujos triunfos mais maravilhosos jamais se igualam com o que, em nós mesmos, ficará para sempre renúncia, desespero e vaga vibração. O mais veemente dos vencedores e o mendigo que se apoia num raio de sol, para viver um dia mais, equivalem-se, não como valores de aptidões ou de razão, não talvez como sentido metafísico ou direito abstrato, mas pelo que em si é a atormentada continuidade do homem, o que, sem impulso, fica sob o coração, quase esperança sem nome.”
Agustina Bessa-Luís, A Sibila
“Cada indivíduo tem um espaço muito limitado de operação e o seu cérebro trabalha num pequeno circuito de observações; a sua evolução é restrita ao que o rodeia e aos factores exteriores mais próximos.A educação sem grandes exigências de comportamento social e intelectual, leva-os a formar uma personalidade mesquinha, às vezes ressentida e admiradora de extremos, como da liderança de um chefe.”
Agustina Bessa-Luís, Antes do Degelo
“Não há sentido mais amplo do que o que realiza a personalidade, consumando a liberdade. Tudo o que eu escrevo se destina a interessar as pessoas na sua própria entidade. Daí, muitas vezes, ela ter um efeito devastador, a obra e a pessoa que a produz. Sobretudo a pessoa, devo dizer. Eu desmarco os outros da rotina, espanto a manada. Depois os efeitos são maravilhosos, combinam com a imortalidade.”
Agustina Bessa-Luís
“Não há um letrado que não veja nas letras senão uma ferramenta, e não um estado de graça.”
Agustina Bessa Luís, Os Meninos de Ouro
“De certa maneira era uma mulher misteriosa. O hábito da infelicidade impusera-se-lhe, quase se lhe afeiçoara. O que ultrapassava nela todos os conceitos morais era a fidelidade ao seu destino”
Agustina Bessa-Luís, As Pessoas Felizes
“A avó, já velhíssima então, proporcionava-lhe um assombro inquieto, pois, perdendo o equilíbrio das suas faculdades, parecia que se desumanizava. Falava muito, sempre coisas da sua juventude, e não compreendia que o marido tivesse morrido. “Quando o teu pai vier...” — dizia a Quina. Ou: “Prepara-lhe aí um bocado de vinho quente, para que o tome quando chegar.” E Quina respondia, invariavelmente e com modo cheio de doçura. “Sim, minha mãe. Já vou, senhora.” Nestes momentos, Germa cravava nas duas os olhos atemorizados e duvidosos; era como se o espaço extensíssimo duma época que não vivera se lhe colocasse diante, sem que ela deixasse de sentir-se expulsa, mais do que distante, desse tempo morto, porém inesgotável.”
Agustina Bessa-Luís, A Sibila
“Mas a história nunca principia. Ela permanece incubada ou precipita-se, e na realidade vive mais nas suas hipóteses do que na sua evolução concreta.”
Agustina Bessa-Luís, As Pessoas Felizes
“Viu que estava irremediavelmente longe da mediana história local, e que os seus tesouros eram afinal uma sentença que a colocava em liberdade vigiada para toda a vida.”
Agustina Bessa Luís, Os Meninos de Ouro
“Mas o amor é uma canificina em que não se morre logo.Fica-se estendido no campo de batalha, vendo os corvos a passar no ar, e o sentimento é de ser-se um excremento que o sol vai reduzindo até que um escaraveho o pode usar para seu proveito.”
Agustina Bessa-Luís, Antes do Degelo
“O medo provém dum certo cultivo da imaginação, da consideração extrema pela vida, que é coisa distinta do amor por ela; considera-se aquilo que se teme perder, mas amar é sempre um estado de audácia, de êxtase, situação de jogador que lança os seus dados e arrisca.”
Agustina Bessa-Luís, A Sibila
“As coisas feias são tão próprias do mundo como as bonitas.”
Agustina Bessa-Luís, A Sibila
“Tudo o que vivemos nos faz inimigos, estranhos, incapazes de fraternidade. Mas o que fica irrealizado, sombrio, vencido, dentro da alma mais mesquinha e apagada, é o bastante para irmanar esta semente humana cujos triunfos mais maravilhosos jamais se igualam com o que, em nós mesmos, ficará para sempre renúncia, desespero e vaga vibração. O mais veemente dos vencedores e o mendigo que se apoia num raio de sol para viver um dia mais, equivalem-se, não como valores de aptidões ou de razão, não talvez como sentido metafísico ou direito abstracto, mas pelo que em si é a atormentada continuidade do homem, o que, sem impulso, fica sob o coração, quase esperança sem nome.”
Agustina Bessa-Luís
“Tinha lido tanto que do seu regime do coração pouco ou nada se aproveitava.Era muito interessante tudo o que ela dizia, só que ligeiramente, ou mais que ligeiramente, deturpado. A verdade era que o pouco uso dado ao cérebro sem o acordo do coração apressava a senilidade.”
Agustina Bessa-Luís, Antes do Degelo
“Pessoas como Nel não são alienáveis; existem em função das fascinações que se destinam apenas a manter nas suas vidas um compromisso autónomo de qualquer sinceridade para com as situações" Não é fácil entender esta Agustina...”
Agustina Bessa-Luís, As Pessoas Felizes
“Passamos bem sem quem nos ama, mas não sem quem nos diverte.”
Agustina Bessa-Luís, Antes do Degelo
“Deveras não tinha queixas dos amos e não era movida pela cupidez ou a leviandade; era possuída dum vício que seria dominante do seu carácter pela vida fora, aquilo que determinaria a sua vocação, a sua fortuna, e havia de muitas vezes atrair-lhe a fama de ingrata e de coração árido, essa paixão, esse grave apetite da alma era a insatisfação de todo o convívio, o que fazia despertar nela uma espécie de desprezo pelas regalias obtidas, pelos amigos e fidelidades fixas, pela estabilidade sentimental e as razões de bom proveito, Mal a rotina lhe aparecia com a sua nitidez de paredes conhecidas e gente sem segredos, ela entrava em crise, projectava fugas, intrigava pela liberdade; no príncipio davam crédito aos seus lamentos algo alucinados, auxiliavam-na e ouviam-na com uma estupefacção maravilhada, depois abandonavam-na um tanto ao seu capricho de viver sempre na folga de todas as dedicações, no desprendimento de todas as forças que constrangessem a sua vontade e a sua boémia de coração.”
Agustina Bessa-Luís, O Sermão do Fogo
“Há tipos extraordinários sob roupagens subtraídas a mitos vulgares. Parecem destinar-se à opulência, desenvolver-se ao sabor das experiências, revestir-se das forças mais complexas, e afinal não se moveram um passo dos berços, não deixaram de segurar a mão terrível da mãe, e de esperar uma revelação que não é deste mundo. Paramentam-se com os belos trapos, aspiram e rejeitam todas as oportunidads, sugam o sangue dos amantes, endividam-se com a morte, rivalizam com uma geração inteira de vencedores, de inveções, planos, paisagens e conflitos geniais. Um dia são surpreendidos por um estranho medo, começam a sentir a fobia dos recintos fechados, a ter convulsões e agonias, a querer ver gente reunida e a julgar-se perseguidos ou que os inoram propositadamente. Não são capazes de passar uma hora sozinhos, de meditar sobre um livro, ainda que o recitem de cor; procuram os excitantes e preferem as companhias ruidosas, não são amigos de ninguém, são espectadores de toda a gente. Certo dia estão cadavéricos e prostrados, com rugas precoces e olhos fundos, outras vezes apresentam-se cheios duma mocidade impertinente, afrontando até as razões do coração com uma espécie de vandalismo insuportável. Esta irregularidade marca em geral o princípio duma neurastenia, e em breve se desenha um surto de razoabilidade, parecem de repente as pessoas mais coerenttes do mundo, aprofundam a alma, voltam-se para as coisas superiores, abeiram-se dos problemas sérios, discutem sociologia e política. Mas ainda isso é uma farsa; apenas buscam alimento para o tédio, para a doença da vontade, para o tremendo desencontro que têm de viver entre a sua inaptidão natural e a exigência duma sociedade em que estão sempre intrusos. Essa ideia de serem intrusos na família, na profissão, nos contactos humanos, acompanha-os por toda parte. Vivem num estado de alarme contínuo, encolerizam-se quando deviam ser fleumáticos, mostram-se passivos quando deviam reagir com energia; não têm nunca apetite e percorrem cem quilómetros para comer um bife requentado num ambiente exótico ou numa sala cheia de lacaios fardados; não gostam de música e envolvem-se em ruídos enervantes, em sinfonias caricaturais; não amam a boémia nem o vino e embriagam-se por intolerância de si mesmos.”
Agustina Bessa-Luís, O Sermão do Fogo
“Quer-se a dor para sempre quando ela nos trouxe ao peito e foi a nossa ama”
Agustina Bessa-Luís, Fanny Owen
“Luís Matias tinha a qualidade mais inefável no amor e na política: não possuía memória, excepto do que agrada e ilumina a vaidade.”
Agustina Bessa-Luís, Ordens Menores
“Não há borboletas que despregam as asas de vivas cores para aterrorizarem os seus predadores? Na mulher, essa informação da beleza (...) atua como algo de ameaçador”
Agustina Bessa-Luís, Fanny Owen

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